quinta-feira, 30 de setembro de 2021

A  União  Europeia  (UE)

Merkel foi embora. 

E agora Alemanha? Parece que não vai ser fácil constituir governo. Há quem afiance que pelo Natal tudo estará resolvido.

A este propósito recordo que a União Europeia descende da CEE (Comunidade Económica Europeia) que, por sua vez, descende da CECA (Comunidade Económica do Carvão e do Aço).

Formalmente, a UE é uma família de países Europeus democráticos que trabalham em conjunto para melhorar a vida dos seus cidadãos e construir um mundo melhor.

A UE assenta em valores concretos, e nenhum estado que não os reconheça deverá / poderá integrar a UE. 

Valores designadamente como, o respeito pela dignidade e pelos direitos humanos, liberdade, democracia plural, respeito pela lei, liberdade de circulação entre países da UE, liberdades individuais, tolerância, não discriminação. Isto decorre dos tratados. Da construção Europeia. 

Mas, entretanto, o Reino Unido saiu da UE. Agora faltam condutores de camiões de combustíveis, um dos trabalhos chatos para brancos, não é verdade?

Mas, entretanto, a UE não tem política externa, não tem política de defesa, nem chega a ser um ridículo anão militar. E continua com outras acções altamente discutíveis mas às quais, por exemplo, mas não só, os nossos governantes nada ligam. Como quanto à política agrícola, às pescas, à lenta germinação de uma hipotética guarda costeira UE, etc.

Como vem sendo moda, vem crescendo a imposição de “valores europeus" por parte nomeadamente da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu. Porquê? Porque, concretamente, em certos países como por exemplo a Hungria e parece que pelo menos também na Eslovénia, talvez na Polónia, os poderes políticos que estão nesses países desagradam aos representantes formais da UE. Embora de facto se vão sabendo algumas coisas nesses países para mim também estranhas, fica-me  sempre a dúvida: onde está a moral para questionar os outros, os votos dos outros?

Há uns senhores inchados na soberba que mal terminou a nossa presidência Europeia (dita por esses mesmos senhores como uma prestação extraordinária!) logo afiançaram que com a Eslovénia viria mais depressa o perigo do colapso da UE.

À mínima referência a preocupações dentro de um país - e saltam logo os polícias das mentes e do politicamente correcto com os carimbos NACIONALISTAS.

Portanto, posso estar a ver mal esta coisas mas, esquecer ou mesmo desprezar os valores na origem da nossa herança judaico-cristã é, para mim, ERRADO
Mas errado é persistir sem ponderação cuidada que esses valores e a democracia e estado de direito não são automaticamente implantados por decreto ou sanções da UE. 
A coisa não é fácil mas, como vem sendo feito, não me parece que o resultado venha a ser o que seria desejável.
AC

Sem comentários:

Enviar um comentário