ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2021
DIA de REFLEXÃO !
A que assistimos durante estas campanhas, sim campanhas, pois muito antes da fase oficial de campanha eleitoral, como sempre, todos andam nas ruas a gritar e a espalhar panfletos (para o Pacheco Pereira guardar), de mão em mão, ou nas caixas de correio de cada um. Que aconteceu?
Salvo melhor opinião, eleitoralismo bafiento, muitas vezes nojento, incoerente, vergonhoso nas promessas, desonesto intelectualmente e não só, na esmagadoramente maioria dos casos com cartazes inacreditáveis nos mais diversos aspectos, com debates em rádios locais e nas TV muitas vezes verdadeiramente confrangedores.
Nestas semanas de bombardeamento demagógico não segui com toda a atenção o que se foi passando. Mas alguma coisa fui observando.
Os resumos apresentados na TV por Ricardo Araújo Pereira foram eloquentes. Não cobriram as 308 autarquias, mas foi muito elucidativo.
Afonso Costa, perdão, António Costa foi sendo acusado de eleitoralismo, quer da parte da esquerda quer da direita. A meu ver com boa parte de razão. Mas especificamente sobre António Costa, amanhã, Domingo, talvez escreva qualquer coisa.
Votar é um direito. Por cá ninguém é obrigado a ir votar mas, na minha perspectiva, este em simultâneo dever devia ser obrigatório. Devemos ser livres, mas particularmente de pensar e ponderar.
A sensação que me dá, mais uma vez nestas eleições, é que a maioria está anestesiada. Vou aguardar pelos resultados da votação, oxalá eu esteja enganado.
Em grande parte dos debates e em muitas das promessas, demagogos de todas as cores voltaram a falar no problema da habitação. Os Lisboetas, amanhã, é quase certo que vão dar poder a Medina, o tal fantástico autarca amigo de Salgado e companhia que, quanto a habitação, é fazer as contas ás promessas em anos sucessivos. É ver a concretização das promessas. Mas parece que os Lisboetas apreciam este tipo de gente.
Dos demagogos de todas as cores, para lá da habitação, o que ficou desta campanha? Sim, eu sei que posso andar distraído e ter tomado pouca atenção aos demagogos. Mas, pessoalmente, tenho uma noção razoável sobre os concelhos de, Lisboa, Cascais, Porto, Oeiras, Alcochete, Montijo, Idanha-a-Nova, Penamacor e Castelo Branco.
Isto dito, depois de ouvir uns quantos demagogos, ocorrem-me sobre esses territórios várias questões sem qualquer importância como por exemplo, os planos directores municipais, as contas financeiras das autarquias, o património cultural, os serviços públicos de higiene e limpeza e o que se constata nas ruas, as cantinas de certas escolas, as disciplinas nas escolas sem professores, os prédios abandonados, o estado dos autocarros dos transportes públicos, o atirar de milhares de euros para colectividades e outros às portas das eleições, a segurança nas ruas e, muito em particular, as trafulhices.
Tudo coisas sem grande importância, nomeadamente as trafulhices. Interessante o artigo do Público sobre a mulher de um conhecidíssimo ex-autarca muito apreciado pelo falecido Jorge Coelho. Tudo ninharias, tudo sem importância. Mas há tantas!
O que tivemos nesta campanha? Basicamente o mesmo de sempre, mas para pior.
AC
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