quinta-feira, 28 de setembro de 2017

PORTUGAL: QUE CRITÉRIOS para AVALIAÇÃO ??
Como se avalia a "saúde" de uma sociedade, de um país?
Portugal está doente? Sim ou não? Andam a disfarçar?
Breves pistas, aleatórias, qual a SAÚDE deste País, ele está mesmo de boa saúde?
> Por ter uma Constituição/ Lei Primeira formalmente em vigor?
Ter a CRP é um parâmetro indispensável para ser considerado um Estado de direito, uma democracia plena, uma sociedade respeitadora dos direitos humanos e, desde logo, uma sociedade onde se respeite a liberdade dos cidadãos. Mas, liberdade, funda, a sério, será que existe, hoje, para todos?
> Pelo nível de participação nos actos eleitorais?
A regular convocação de eleições, livres, é um factor de boa saúde democrática. Mas "neste corpo" alastra uma doença terrível, a cada vez mais escassa participação dos eleitores; o nível de abstenção é um cancro já com várias metástases. Cancro terminal, já sem tratamento?
> Pelo cumprimento rigoroso da lei? Basta atentar, por exemplo, no que diz a legislação respeitante à Proteção civil  e ir verificar o cumprimentos das entidades envolvidas, como a Assembleia da República e o Governo e as autarquias; atente-se no regabofe por exemplo de ausência de relatórios, ou da análise de existentes, etc.
> Pelo montante da dívida externa? Aqui a febre é já de muito mais de 40º C.
> Pelo montante da dívida das famílias? Febre idêntica.
> Pela eficácia no combate aos incêndios? E não basta olhar ao mais dramático e recente caso.
> Pelo nível de agilidade e eficiência com que os serviços e forças de segurança se relacionam com os seus congéneres?
> Pelos roubos de armas de forças de segurança, ao longo dos anos?  Idem para o que se passa há anos nas Forças Armadas, e para lá de Tancos.
> Pela lotação das prisões?
> Pelo nível de transparência nos processos de nomeação / concursos para cargos nas máquinas do Estado?
> Pelos pantomineiros que produziram/ produzem legislação diversa para safar, amigos, partidários, clientes? 
> Pelo número de pantomineiros pobrezinhos? que de seu nada possuem a não ser uma bicicleta ou uma mota náutica
> Pelo sistema de pensões, que continua a ter medidas avulsas, algumas muito aplaudidas porque levadas a cabo pela criatura que alcandoraram a supra-sumo do sistema de previdência, e que em cima das autárquicas liberta migalhas? 
> Pelo número de descarrilamentos nas linhas ferroviárias? 
> Pelo número de camiões que se viram, sempre por culpa da chuva ou do piso mau, nunca pela animalidade da condução?  Na Ponte Vasco da Gama não é invulgar ir a 100 km/h e ser ultrapassado com ligeireza por camiões TIR!!!
> Pelo arrancar de parquímetros, e apesar da indignação, aparentemente, nada acontece no plano da justiça? 
> Pelo provável alargamento de condição de jovem quase até aos 35 anos? 
> Por haver um partido que gasta em campanha um  balúrdio de €€€€€ e insurge-se contra quem, por lei, lhe pode chamar à atenção para a irregularidade?
> Por no Parlamento, alguns dos principais titulares de órgãos de soberania,  se comportarem como verdadeiros pesporrentes, sem sentido de Estado? 
> Por se verificarem verdadeiras baldas em algumas áreas do chamado funcionalismo público?
> Pela pouca vergonha que é o flagelo anual dos incêndios? E mais a mescambilha das aparentes negociatas à volta deste problema? Pesquise-se a fundo os temas, material para combate a incêndios, planos de emergência, Kamov, SIRESP, Motorola, SLN, olhem para as revistas (havia uma que se chamava salvo erro O Bombeiro)
> Por permanecerem em segredo os responsáveis pela gestão danosa da maioria dos bancos, apesar de decisões dos tribunais?
> Pela popularidade ou o seu inverso, do Presidente da República e do Primeiro-Ministro?
> pelos impasses que se observam  no que respeita a decisões de tribunais não acatadas, ou ainda não acatadas, sendo que algumas (caso CGD) dão em arquivamento?  Ou levar 20 anos a decidir que o Estado tem de indemnizar alguém?
> Pela docilidade (para ser pouco antipático) dos jornalistas para com gente importante, para com titulares de órgãos de soberania?
> Pelas doses cavalares de futebol e telenovelas?
> Pelo corporativismo avassalador?
> Pela continuada pouca vergonha em que uma maioria persiste em, prometer o que não tem, em que dá o que não lhe pertence, e magnanimamente perdoa quem não os ofendeu?
Fico por aqui.
António Cabral (AC)


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