sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

PLURALISMO, OPINIÕES
Como sempre acontece, relativamente ao debate (???) de ontem na RTP1 entre os dois candidatos a chefiar o PSD, jornais, canais TV, bloguistas, desdobraram-se em defesa de Rui Rio, ou de Santana Lopes, alguns sugerindo empates. Houve comentários de género variado, desde derrota, a encosto ás cordas.
Em alguns casos, ficou-me a sensação de que a atribuição da vitória derivou mais de ser acólito ou seguidor do que de análise crua e imparcial. Respeito, como sempre as outras opiniões.
Como já o referi, compreendo que PSL seja considerado um animal político mas, no meu entendimento, sempre tratou de pensar na vidinha pessoal. 
Não me parece que se encontrem muitas coisas positivas da sua governação da CMLisboa. Não conheço nada acerca da Figueira da Foz. 
Quanto a secretário de estado da cultura é sempre interessante ouvir falar pessoas do meio, sobre ele e os outros que se lhe seguiram.
Quanto a primeiro-ministro efémero repito, um político que no discurso de posse dá o espectáculo deplorável que ele deu, gaguejando, passando folhas, enganando-se, ministros que ficam na altura a saber para onde iam, isso devia ser coisa suficiente para evitar dizer, com a maior das latas, que não sabe a que trapalhadas outros se referem.
Não sei se tudo se deve à sua vida pessoal, ou ter ligações ao futebol. Mas não me merece nenhuma confiança para governar este desgraçado País.
Naturalmente que sei que a esmagadora maioria das pessoas vai atrás dos animaiszinhos políticos, dos engraçadinhos, das demagogias anunciadas, das expectativas atiradas aos olhos, nunca concretizadas. 
Tenho pena que a esmagadora maioria dos meus concidadãos continue a não perceber que o dinheiro não cai do céu.
Tenho pena que não ponderem porque Portugal continua um País mais atrasado que outros na Europa.
Que não façam uma revisão, sobre a cambada que destruiu o tecido industrial português, porque demorou tantos anos a corrigir alguma coisa a CRP de modo a permitir alguma recuperação, à acção de políticos como Mário Soares, Álvaro Cunhal, Durão Barroso, António Guterres, Santana Lopes, José Sócrates, Vasco Gonçalves, etc etc.
Como acertadamente  um amigo diz, a esmagadora maioria trata a política como o futebol, e os partidos como clubes. Sempre o velho lema - “se não estás comigo, estás contra mim”, ou numa famosa versão - "para os amigos tudo, aos inimigos nada, aos outros aplique-se a lei".
Pluralismo e liberdade de opinião dentro de um partido deviam prevalecer sempre. 
Ainda sobre Santana Lopes, ontem, só a desfaçatez permite dizer com aquela cara que tanta excitação causa em certos meios - "de que nunca lhe falaram nas trapalhadas".
No que respeita a Rui Rio, conheço opiniões várias de tripeiros, de muitos que no início do seu primeiro mandato estavam muito cépticos. A realidade é que foi crescendo e geriu o Porto em três mandatos seguidos. Irrefutável.
Agora, ser um bom presidente de câmara municipal de uma grande cidade garante um bom mandato como primeiro -ministro?
Duvido e muito.
Isto dito, tirando um certo ar arrogante que devia eliminar, estou tentado a pensar que com Rui Rio as pouca vergonhas talvez não fossem tantas no País. Mas...............
Pessoalmente creio que vai ganhar PSL.
Aguardemos.
António Cabral (AC)

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