terça-feira, 23 de outubro de 2018

SEMÂNTICA e ALDRABÕES VIGARISTAS
Em 1 de Março de 1974 vim morar para a terra onde continuo a ter a residência fiscal.
Uma das terras que maior importância tinha e continua a ter no âmbito da suinicultura.
A seguir ao 25 de abril de 1974 passei pelas cenas de ser parado no cruzamento de Coina, como muitas centenas de pessoas, para revista de carro, efectuada por civis com G3.
Na terra onde os ascendentes da minha mulher eram família conhecida, antiga, tradicional, fui conhecendo muita gente, e vários ligados aos negócios.
Uma noite, em fase final de PREC, e época de várias oscilações de preço da carne de porco pago ao produtor, assisti na Praça da República a um encontro de vários homens de negócios da terra, conhecendo já alguns mas outros muito mal.
Discutia-se o PREC mas sobretudo os negócios.
A dada altura, um "porqueiro", lamentava-se que tinha perdido nesse dia cerca de 200 contos!!!!
Um dos presentes, com quem eu tinha maior familiaridade, segredou-se - não se impressione, ele não perdeu 200, só ganhou 100 contos.
Vem isto a propósito do que, no presente, ouço sair da boca dos alarves institucionais e de alarves outros, que nos massacram diariamente.
O que me aflige cada vez mais é a quase completa ausência de ponderação dos meus concidadãos, seja acerca da vida do dia a dia, do que lhe prometem de facilidades através do OE 2019, de investigações, de turismo, de Forças Armadas, de paz social, da comunicação social que (não) temos.
Mas anda tudo muito contente. 
AFLITIVO.
AC

Sem comentários:

Enviar um comentário