AS MÃOS
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema - e são de terra.
Com mãos se faz a guerra - e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedra estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
(Manuel Alegre)
Macron, Xi, Starmer, Metz, Trump, Rutte, mais os aihatolas, e etc., não conhecem certamente este poema.
Mas sabem, certamente, que a guerra tem saído das mãos deles.
Pelo que se vai vendo não se incomodam excessivamente.
AC
Sem comentários:
Enviar um comentário