O QUÊ?
Foi a 4 de Outubro de 1143 que teve início a vulgarmente designada Conferência de Zamora, entre D. Afonso VII de Leão e Castela e D. Afonso Henriques em que este é reconhecido como Rei de Portugal.
Melhor dizendo, e com a inestimável ajuda de um grande amigo meu e reputadíssimo professor doutor em história do nosso País, - É a partir desse encontro, em que também esteve presente um legado do Papa, o cardeal Guido de Vico, que o rei de Leão e Castela, Afonso VII, passa a reconhecer Afonso Henriques como rei de Portugal. No entanto, não existe nenhum "Tratado de Zamora" em que tal título seja atribuído ao rei português; o que há é dois ou três documentos da chancelaria régia leonesa dessa altura que passam a designar o português como rei de Portugal. Como Afonso VII se intitulava Imperador, era, para ele, um factor de prestígio ter um rei como seu vassalo.
Ao mesmo tempo, Afonso Henriques negociou com o representante da Santa Sé (e sem Afonso VII saber...) que só reconhecia vassalidade ao Papa. Portanto, de Zamora, saíram todos contentes: Afonso Henriques porque era reconhecido como rei pelo primo Afonso VII e, em simultâneo, afirmava-se unicamente vassalo do Papa; Afonso VII também saía feliz porque ele, imperador, reconhecia um rei (seu inferior) que, como vassalo, era seu "subordinado".
E como diz o meu amigo - "Ou de como a diplomacia "resolve" tudo a contento da respectiva parte"......
Ao mesmo tempo, Afonso Henriques negociou com o representante da Santa Sé (e sem Afonso VII saber...) que só reconhecia vassalidade ao Papa. Portanto, de Zamora, saíram todos contentes: Afonso Henriques porque era reconhecido como rei pelo primo Afonso VII e, em simultâneo, afirmava-se unicamente vassalo do Papa; Afonso VII também saía feliz porque ele, imperador, reconhecia um rei (seu inferior) que, como vassalo, era seu "subordinado".
E como diz o meu amigo - "Ou de como a diplomacia "resolve" tudo a contento da respectiva parte"......
AC
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