segunda-feira, 13 de abril de 2020

EMERGÊNCIA,  26º  DIA de DEGREDO 
Cá estou, em casa, depois de uma primeira volta higiénica ao maior parque da cidade. Quase nem uma alma avistei, excepção ao pai da minha nora que saia da fisioterapia à coluna.
Como de costume tentarei ver o menos possível a TV. 
A minha mulher acaba de me dizer que em Espanha parece que vão começar a folgar alguma coisa, vamos aguardar para confirmar ou não se estão a optar parcialmente pelo processo "imunidade de grupo".
Por cá, desde o hipocondríaco ao intrujão-mor, ao questionar de orientações do MSaúde por parte de alguns autarcas, tudo continua mais ou menos na tristeza habitual de comportamentos, de demagogia, de manipulação, de completa e descarada ausência de vergonha na cara.
Além desta descarada ausência de vergonha na cara, cada dia que passa mais me convenço que estes pantomineiros, ainda que constantemente a cirandar pelo País Continental, desconhecem o Portugal real.
Porque de facto, se encontramos exemplos criticáveis de concidadãos que não respeitam disposições legais determinadas pelos poderes públicos, a verdade é que a maioria acata essas determinações legais.E preocupa-me muito,
> não o grito dos maus mas os silêncios dos bons,
> a injúria vil e sem razão (Camões),
> que a "casa" em Portugal continue a não estar arrumada, pois a primeira coisa a ter em conta numa casa são as necessidades de quem a habita,
> que não se planeie pois, quem não planeia e anda entre o 8 e o 80, está a planear o insucesso,
> ver que os dignitários do regime continuam apenas muito preocupados com a sua carreira política mau grado a demagogia e propaganda distribuídas a rodos, desde patéticos agradecimentos a enfermeiros lá fora a visitas aos programas bimbos nas TV, esquecendo-se que a verdade é filha do tempo,
> que o rasto indecoroso de clientelismo prossiga, como se viu na tentativa do TV Fest, 
> que não tenham em conta que o medo é o pior dos conselheiros,
> ver que, como indecentes se mostram continuamente, se esquecem que para um processo de decência, a ética deve comandar a política, a política deve comandar o direito, e este comandar a economia.

E faltam tantos gestos de decência. 
E tudo isto porque nunca subestimo designadamente o grande poder de estúpidos clientelares.

Mas a minha dignidade, honra e coluna vertebral continuam como sempre - NOT  4  SAIL.
António Cabral (AC)

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