terça-feira, 21 de junho de 2022

O  CALDEIRÃO  EUROPEU
No dia 19, sob o título - Recordando história - abordei sinteticamente ligeiros contornos de acontecimentos ocorridos entre 1940 e 1956 e concretamente a mancha Estalinista.
Recordei que a URSS retirou largo benefício territorial da sua vitória na II GG. 
Convém nunca esquecer.
Confirmou a anexação dos países Bálticos feita em 1940, e a Bessarábia; retomou as áreas da Ucrânia e da Bielorússia cedidas à Polónia em 1921, anexando mesmo o leste da Prússia Oriental em especial Königsberg. 
Recordar que, tendo o exército vermelho libertado a Polónia, Bulgária, Roménia, Hungria, e Checoslováquia bem como a parte Oriental da Alemanha, a influência soviética era e foi determinante para a evolução política da Europa Central e Oriental.

Entre 1945 e 1949 todos esses países adoptaram regimes similares ao regime soviético, alinhados pela política de Estaline, (excepção da então Jugoslávia e da Albânia) e assim todas as "democracias populares" da Europa de Leste se tornaram satélites da URSS.
Estou a voltar a este assunto pois acabo de me aperceber que a Lituânia parece que impedirá o acesso suponho que de bens e materiais Russos para o seu enclave actualmente conhecido como Kaliningrado. Para lá chegar, a Rússia tem de passar por determinados circuitos (estrada, ferrovia) dentro da Lituânia e que, presumo, estão formalmente estabelecidos.

Kaliningrado é a antiga Königsberg!

Esta interdição decorre das sanções decretadas pela UE?
É birra da Lituânia?
Acontece porque a Lituânia sendo o que é no presente, apenas por si ou instigada pelos EUA, está a tentar ver se consegue que a Rússia faça uma estupidez grave?

Claro que poderá dizer-se que Kaliningrado pode sempre ser abastecida por via marítima, uma vez que se calhar também lhe querem negar a via aérea a somar à terrestre e ferroviária.

Não auguro nada de bom com a continuação de medidas tomadas sejam elas quais forem sem uma ponderação profunda mas em que não haja à mistura histerismo e patetice. 

Se a inaceitável agressão militar da Rússia à Ucrânia merece sem qualquer margem para dúvidas uma reprovação política, diplomática, a que se devem juntar mecanismos comerciais que façam sentir à Rússia a nossa condenação severa pelas suas inqualificáveis acções, espero que tudo seja ponderado com frieza, com rigor, mas sem parvoíces de lunáticos.

Para loucos já me chegam Putin e quadrilha
Temo que os EUA tudo façam para arranjar mais peões para lutar à distância com a Rússia. Oxalá a Lituânia não seja o próximo.
AC

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