quinta-feira, 23 de junho de 2022

RECORDANDO
Cheney foi à Ucrânia, onde tentou também dividir os dirigentes políticos, estimulando a primeira-ministra, Iúlia Timoshenko, anti-russa, contra o Presidente, Victor Yushchenko, mais apaziguador. 
Tudo em nome da NATO. Isto é: a NATO, criada como organização defensiva, no início da «guerra fria», está a tornar-se, por pressão dos neo-cons americanos, uma ameaça à paz. Cuidado União Europeia! Moratinos, o ministro espanhol dos Estrangeiros, bem advertiu, numa entrevista ao El País: «A Rússia actual não é a soviética, mas também não é a de Ieltsin. Devemos evitar que nos imponha uma agenda do tempo da guerra fria.» E eu acrescento: não ameaçar a Rússia, negociar, com firmeza, com ela.

Enquanto isto, a ONU esteve estranhamente ausente e silenciosa. Que diferença entre este secretário-geral, Ban Ki-moon, um homem, até agora, apagado e quase invisível, mais burocrata do que político, e o seu antecessor, o saudoso, prudente e corajoso Kofi Annan… 
A ONU vai ter de se reestruturar e democratizar, após as eleições americanas, para desempenhar o seu tão decisivo papel na construção de uma nova ordem internacional e da paz, neste nosso novo século tão conturbado.
(Mário Soares, Visão, 11Set2008, página 30) (sublinhados meus)

Perante isto e a actualidade:
- A ONU do presente traria Mário Soares satisfeito ?
- Que diria Mário Soares hoje perante as perspectivas de nova ordem internacional ?
- As negociações presentes/ sanções/ idas a Kiev/ declarações do secretário da defesa americano em Kiev e fora de Kiev, tudo caberia na sua definição de não ameaçar mas ser muito firme?
António Cabral (AC)

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