domingo, 19 de junho de 2022

RECORDANDO   HISTÓRIA
Tenho como fraquinhos (
não pretendo injuriar, olho só aquilo que me parece ser real) a memória e sobretudo os conhecimentos de muitos dos meus concidadãos (idem lá por fora). Deixo uns apontamentos breves sobre o período 8 de Maio de 1945 a 1956.
O mapa supra recorda, com clareza, como se estendia a mancha Estalinista!

Recordando datas:
8 MAI 1945 - rendição das forças nazis
1946-1949 - guerra civil na Grécia
JUN 1947 proposta de ajuda aos países Europeus, plano Marshall
OUT 1947 - criação do Kominform
25 FEV 1948 - golpe de Praga
4 ABR 1949 - criação da OTAN/ NATO
MAI-OUT 1949 - Criação das duas Alemanhas, RFA e RDA
18 ABR 1951 - tratado de Paris, CECA
5 MAR 1953 - morte de Estaline
14 MAI 1955 - Criação do Pacto de Varsóvia
OUT-NOV 1956 - insurreições em Varsóvia e Budapeste

1947 é o ano em que claramente se verifica um aumento exponencial da pressão soviética sobre os países de Leste, designadamente com a criação do Kominform. Por outro lado, na Bélgica, França e Itália, comunistas deixam os governos por bem sucedida pressão americana. A URSS e os seus satélites recusam a ajuda Marshall.
1947 é nitidamente o ano que marca a criação/ início do mundo bipolar vigente durante décadas após a II GG.
Em 1946, Churchill proclamara o seu famoso discurso sobre a cortina de ferro.

Se é certo que se concretizou a mancha Estalinista, certo é também que houve resistências em vários países. Antes de recordar dois dos exemplos, lembrar que a URSS retirou largo benefício territorial da sua vitória na II GG. Convém nunca esquecer.
Confirmou a anexação dos países Bálticos feita em 1940, e a Bessarábia; retomou as áreas da Ucrânia e da Bielorússia cedidas à Polónia em 1921, anexando mesmo o leste da Prússia Oriental em especial Konigsberg. 
Recordar que, tendo o exército vermelho libertado a Polónia, Bulgária, Roménia, Hungria, e Checoslováquia bem como a parte Oriental da Alemanha, a influência soviética era e foi determinante para a evolução política da Europa Central e Oriental.

Entre 1945 e 1949 todos estes países adoptaram regimes similares ao regime soviético, alinhados pela política de Estaline, (excepção da então Jugoslávia e da Albânia) e assim todas as "democracias populares" da Europa de Leste se tornaram satélites da URSS.

Um exemplo, naquele que então se chamava Checoslováquia.
Aí houve eleições em 1946, ganhas pelo partido comunista local. O país passou a ser governado por uma coligação que se veio mais tarde a desfazer. Em 25 de Fevereiro de 1948, depois de crises várias, o presidente Benés aceitou um novo governo dirigido pelo comunista Gottwald. Nesse governo, todos os ministros são comunistas excepto o dos negócios estrangeiros, Jan Masaryk que, curiosamente, se suicidou a 10 de Março. Completava-se assim o chamado golpe de Praga.

Grécia, os comunistas foram claramente um suporte importante na libertação do país do jugo nazi. 
Através de um tal Markos tentam ganhar o poder, nunca o conseguindo. 
Desenrola-se uma guerra civil de 1946 a 1949. 
As tropas governamentais foram ajudadas pela missão militar americana que estava no país, e os chamados guerrilheiros comunistas acabam por ter que se refugiar na Albânia e na Bulgária.

Em Abril de 1949, na sequência de acordos de Washington, nasce a RFA, com eleições previstas para Outubro seguinte. 
Logo em 7 de Outubro nasce a RDA comunista.

A luta na Europa entre as duas superpotências (EUA, URSS) foi uma realidade de décadas, e teve resistências diversas.

Salvo melhor opinião, no presente, continuam a degladiar-se EUA e Rússia, agora na Ucrânia. 
Desgraçados cidadãos Ucranianos que, temo, ainda não perceberam o que na realidade está em jogo, e acreditam na Ursula e em muitos outros, dentro e fora do país. 
A somar à tragédia presente, não auguro nada de bom.
António Cabral (AC)

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