terça-feira, 30 de dezembro de 2014

O passado é terrível. E, ainda, o fingimento de falta de memória.
Cada dia que passa se percebe, se percebe ainda melhor confirmando o que se sabia, a desfaçatez mais a pouca vergonha e mais todos os adjectivos mesmo assim insuficientes para qualificar a malandragem.
"Luta que trava para não acontecer a outros" - claro que sim, mas não no sentido com que querem enganar o comum cidadão.
Desde os que não aplicaram a ética republicana em Macau ou nas savanas africanas, até ao rol imenso de "comensais" quer à mesa do orçamento, quer à mesa dos favores de todos os tipos, a tempestuosa e inqualificável investida contra a PGR e os juízes e alguns em particular tem um só objetivo.
Claríssimo, e mais que denunciado em blogues e alguns órgãos de comunicação social.
Li algures, escrito, que Sócrates sofre de défice moral. Concordo totalmente, mas falta acrescentar à lista imensa gentinha, de todos os partidos mas com mais ênfase para alguns tradicionais e para os que se preparam para ser, gentinha dos grandes escritórios, das ordens, das lojinhas, de politiqueiros.
Em português corrente, falta juntar a grande canalha.
AC

sábado, 27 de dezembro de 2014

Como o mundo muda, meu Deus.
Muda. Se muda. Todos os dias. Os glaciares continuam a derreter, coisa a que já assisti. As elites (????) mudam muito, normalmente sempre para pior, os resultados das eleições obrigam a mudar alguma coisa. Envelhecemos a cada instante.
"A coisa pública é minha", dizem uns puros e éticos, "eu é que a criei como ela está agora", continuam os mesmos. "Se agora nesta fase não é minha é porque vocês são uns indecentes", ainda os mesmos!
"Quando a coisa era nossa", dizem os tais, "aí é que era bom, legislar e governar democraticamente como só nós sabemos", suspiram ainda os mesmos.
"É indecente e anti-democrático que nos apliquem certa legislação, só porque fomos nós que a pensámos, propusemos, aprovámos, referendámos", ainda os ditos mesmos.

Perante isto, que concluir? Deixo á consideração de cada um. Por mim há muito que tirei as minhas conclusões. Não de há pouco tempo, vem já de 1991.
AC

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

NATAL 2014
Bom dia.
A todos os meus concidadãos que tiverem a gentileza de me visitar, os meus votos amigos de que tenham tido uma boa consoada junto das vossas Famílias.
Desejo-vos um santo dia de NATAL.
E que 2015 não vos traga aflições, sobretudo no campo da saúde.
Mudando a agulha, reparei que o advogado do ex-Primeiro Ministro declarou que todos devemos estar em liberdade. Não posso estar mais de acordo.
Mas esse senhor advogado, talvez por estar a pensar no jantar de consoada e, depois, porventura, presumindo que tem netos poderia estar a pensar na distribuição das prendas aos mais pequenitos, esqueceu-se de acrescentar que, a meu ver naturalmente, todos devemos gozar de liberdade mas todos nos devemos abster de libertinagem, em todos os sentidos, e particularmente na gestão da coisa pública.
Somos todos da mesma massa. Mas não somos todos da mesma fôrma.
Mas todos devemos ser iguais perante a lei.
Não pode haver excepções. Só assim se pode caminhar para uma sociedade mais equilibrada.
Festas felizes.
AC

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

"Dorso de Monstro a crescer para nós até tomar conta de todo o Céu".
Fernando Namora

AC

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Os OCS que temos.
Um jornal, esta manhã, titulava DE FORMA NO MÍNIMO PECULIAR, um pequeno artigo acerca do actual inquilino do último andar do edifício cor de rosa no Restelo. E dizia, que estava com irmãos de armas.
SÓ DÁ VONTADE DE RIR. Até a própria criatura é capaz de se agarrar à barriga quando estiver sozinho.
AC

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

domingo, 21 de dezembro de 2014

O Direito. A moral. E como eu sinto isto tudo.
Nota prévia: não sou jurista. Sou filho de gente humilde, decente, que me inculcou valores basilares, estruturantes de uma vida sã e digna. E as regras da profissão que abracei fizeram o resto. Outros falaram e falarão de mim.
1. A moral assenta no lado interior das condutas humanas. É uma ordem das consciências. Pretenderá orientar as pessoas para o bem. 
2. O direito é um instrumento capaz de promover mudanças na sociedade. É um sistema complexo, normativo, sem pretender moralizar condutas, sistema de normas de regulação de conduta social, com normas e princípios jurídicos, e assistido por protecção coactiva. Pretende, portanto, o bem comum, a justiça e a segurança.
3. A sociedade por esse mundo fora, em Portugal naturalmente, rodeou-se de um complexo e amplo campo normativo. Existem normas jurídicas aos “pontapés". Normas que são, objectivamente, dispositivos associando à verificação de determinados factos certas consequências a nível do direito. Prescrições gerais de conduta e correspondentes sanções coercivas. 
A ordem jurídica ordena os aspectos mais importantes da convivência social, prosseguindo a justiça e a segurança, para que todos os cidadãos, desejavelmente, olhando à sua envolvente, e cientes embora de que as diferenças sociais e de classe são uma realidade de todos os tempos, constatem no entanto, e fiquem descansados, de que apesar dessas diferenças todos são iguais perante a lei. 
Somos todos da mesma massa, não somos todos da mesma fôrma, mas devemos todos ser iguais perante a lei. 
Assim, todos iguais perante a lei e não, como alguns alarves continuam a dizer e a defender, que “há uns mais iguais que outros. A dizer isto, e por todos os meios obscuros a tentar que assim seja para uns quantos dos seus apaniguados, que muito têm desgraçado Portugal.
4. Sem liberdade não haverá civilização. É assim, ponto.
Mas há, e haverá sempre, criminosos, pessoas que partem montras, ou assaltam casas, que roubam por esticão, ou que oferecem andares a sobrinhos de alguns para que certos terrenos passem a urbanizáveis, ou que agridem a mulher ou o marido ou os sogros, ou que violentam crianças. Há e haverá sempre políticos com pouca memória quanto ao que receberam no passado, políticos de cores várias que legislam para periódicos perdões fiscais, etc. Há, e haverá sempre, pessoas que, dizem que dão/deram (mas não deram) formação nas suas fábricas para depois receberem subsidios da UE, e se tornarem reis das mais valias, comprando em seguida  acções de certas instituições dominando-as, que não pagam contribuições sociais, que fogem ao fisco, e etc. 
5. Por isto e muito mais, se procura sancionar as violações de bens jurídicos que estão relacionados com a organização administrativa da sociedade. Naturalmente, há graduação de ilícitos e, de uma forma pouco técnica e muito simples, ponderação do que fazer perante crimes, perante transgressões ou contra-ordenações. O comum cidadão houve constantemente falar de crimes transgressões e contraordenações, de prisão, de multa, de coima.
Bem, se a “coisa” é bem complexa, acresce que a esmagadora maioria dos cidadãos “acha que”, e pouco ou nada passa daqui. Se olharmos para os OCS a coisa não melhora, pelo contrário, agrava. 
6. A esmagadora maioria dos cidadãos apercebe-se bem, no entanto, das dificuldades da vida, e compara as suas com o que se passa à sua volta. Não será de admirar que se insurjam contra injustiças de tratamento, contra os vários episódios que conhecem na sua freguesia, no seu concelho, em outras zonas do País. Em cima disto tudo cai a questão dos inquéritos preliminares, o segredo de justiça e da falha dele, os mesmos especializados advogados ano após ano. E o cidadão comum o que vê? O que sente? Todos iguais perante a lei? 
7. Estou convicto de que a maioria dos meus concidadãos terá muita dificuldade em, por exemplo, perceber como foi agora arquivado o caso dos submarinos, ao fim de oito anos. Sobretudo depois de lerem nos jornais dos últimos dias, meias confissões acerca de vários offshores e de gentinha vária que diz que se fosse agora não fazia como fizeram anos atrás. A maioria dos meus concidadãos vê o seu dinheiro fugir nos impostos, no supermercado, na farmácia, na electricidade, na água, etc. A maioria dos meus concidadãos vê o dinheiro da malandragem a ser fémea porque dá para comprar tudo e mais alguma coisa, vê concessões de empréstimos que o comum dos mortais nunca obterá, ou vê voar milhões de registos bancários (quando os há) sem culpa de ninguém. Acresce que muitos concidadões não sabem que o dinheiro voa, porque nem sequer lhes entra nos bolsos!
8. Mas é claro que com os esquemas, os códigos, as lojas, os escritórios, as listas de favores em dinheiro ou colocações de familiares, tudo se conjuga para o resultado que se constacta em Portugal - “um continuado exaltar de virtudes democráticas de banditagem” por parte de quem deve favores e, por isso, foi/foram em tempo devido colocado/s para nos azucrinar constantemente os ouvidos e a vista quando se sentam em estúdios de TV. Aliás, são excelentes democratas todos aqueles que não os beliscam nos seus jogos e vigarices, caso contrário, são etiquetados como alguém que precisa de se democratizar. Quando alguém ou alguma instituição procura a real verdade dos factos, e por indícios que se mostram fortes e suspeitíssimos se apontam baterias a certos senhores, há logo “aqui del’ Rei” por parte dos famosos donos da ética republicana (que a não aplicaram em Macau ou na selva africana), 
A triste realidade é que, mesmo pessoas com elevada craveira intelectual e auto-apregoada independência, se esquecem de confrontar parceiros de debate, confrontar amigos. É sempre incómodo colocar questões objectivas, directas, perguntas ásperas que, se respondidas, deveriam explicar o voar de dinheiros, o desaparecimento de documentação (contractual incluída) em que estavam espelhadas as decisões de certa banditagem, não é??
9. Como eu sinto isto tudo? Sinto que prossegue a bandalheira, e os esforços concertados de máfias várias. Sinto que o resultado das alterações a códigos e outra legislação ainda permite dilações, esquemas, etc. Sinto que os esforços e a desinformação que por aí vai por parte de éticos, puros, “e os únicos democratas” de Portugal, vão provavelmente atingir os seus objectivos.
Sinto que não deve ser por acaso que sucessivos ministros da justiça tenham retardado tudo e mais alguma coisa para que hoje, cada vez mais, fique a sensação da continuada falta de meios no MP e na PJ. 
Sinto que a aversão da maioria dos partidos à questão da inversão do ónus da prova (defendida em tempos por Jorge Sampaio) poderá querer dizer, objectivamente, que os deputados e outros politiqueiros e mafiosos vários do sistema se continuam a defender e aos seus. Tudo bons rapazes.
10. De uma forma ampla, a realização do direito deveria dar à sociedade portuguesa o nosso sossego. Temos tido alguns casos, detenções, decisões judiciais de primeira instância pesadas. Mas temos arquivamentos muito esquisitos. Os poderes políticos, melhor dito, os expoentes principais desses poderes políticos de diferentes cores e que formalmente nos têm (des) governado, garantem cada vez menos a nossa segurança, a justiça efectiva e o nosso bem-estar. O resultado da regulação da vida colectiva a que estavam obrigados, através da aprovação de leis e da imposição do seu cumprimento, está bem à vista. Continuam os portugueses a não ser todos iguais perante a lei. Não há direito. Também por isto, creio que de facto “Portugal continua pequeno, mas um torrãozinho de açúcar", como diria o “Brigadeiro Chagas” do tempo do Eça de Queiroz. Eu não gosto deste torto direito.
AC

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

FANTÁSTICA, a justiça em Portugal(!!??!!....)
Ah,.... "ganda" ministério público, "gandas" ex-mandões do ministério público que agora se riem agarrados à barriga. Jacinto Capelo Rego és um "ganda" maroto, topo-te bem, sempre atrasado como o teu mentor, mas de atraso em atraso, de manobra dilatória em manobra dilatória lá te safaste.
Mas olha, oh Jacintinho, nenhum português decente, que os há aos milhões, engole a vigarice que o teu mentor e os da tal famosa entidade em Londres em tempos engendraram.
Só falta mesmo dizerem que a culpa é da Marinha de Guerra Portuguesa.
Oito anos para finalmente arquivarem a trampa que fizeram.
Há que ter esperança, esse e outros velhacos não irão ficar impunes a vida toda.
AC

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Do PAIO ás vítimas disto tudo, passando por criaturas variadas como os donos da ética republicana (não aplicável na savana africana), antes a fotografia.


AC

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O PAIO!
Tenho de admitir que o defeito seja meu.
Assisti a pouco da audição dos senhores que foram à AR para falar acerca do estado actual da RTP. Um estado que se me afigura cada vez mais bolorento. Entre outras pérolas tomei conhecimento do PAIO - Plano de Actividades, Investimento e Orçamento para 2015.
Não é minha intenção ser deselegante nem pretendo ofender a honorabilidade de ninguém, palradores e quem os escutou.
E, insisto, vi pouco, mas do que observei, estou em crer que não estamos perante Paios nenhuns, nem talvez chouriços.
Chouriças rançosas? E nós a pagar.
AC

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A pouca vergonha que grassa.
A seguir ao jantar tive que ir aos "mandados" no supermercado, como diziam os mais antigos. Liguei o rádio do carro e, entre outras preciosidades, ouvi parte de declarações do advogado de José Sócrates, creio que de hoje. Perguntado por um jornalista em que se baseava para considerar ilegal a proibição do detido 44 dar entrevistas respondeu - "em muita coisa"!
Para o comum cidadão isto é de facto esclarecedor. Por que raio, a criatura não identifica ao menos uma razão concreta, de direito, para se basear na indignação?
A menos que de facto não exista, não faço ideia. O que estou convicto é que, entre o que escorre para jornais, entre o que certas comentadeiras escrevem, e com criaturas como este advogado, o comum cidadão fica certamente cada vez mais elucidado.
Porque será tão difícil falar com rigor, e com clareza? Ou existe mesmo muita porcaria, e estão a ver como dar a volta?
Na fotografia abaixo, mostro uma parte de um castelo, construído séculos atrás, está em razoáveis condições, tem muralhas construídas com blocos de granito enormes, e aproveitaram imensos penedos na zona colocados pela mãe natureza. Alguém têm dúvidas?
AC


Uns querem a imagem, outros o reflexo
A realidade nunca é bem como alguns querem. Mesmo quando assinaram as leis. Uns querem que acreditemos no reflexo, outros na realidade. Mas quanto à realidade, informam-nos, pelos mais variados malandros, que o que vemos não é bem o que nos parece. Desculpem a linguagem, CHIÇA!!
AC

sábado, 13 de dezembro de 2014

ESMAGADOR

António Cabral
TROCA-TINTAS
Os troca-tintas partem do principio de que a esmagadora maioria dos portugueses não tem ou tem fraca memória. Já aqui falei de um finório da pior espécie. Volto à mesma criatura, criatura que não se cansa de tentar estoirar com os nossos ouvidos com as arengas que sucessivamente vomita. É preciso ter muita pachorra. Indigna-se com as greves na TAP. Eu também, mas não exactamente por todas as mesmas razões que a criatura berra. Além do mais, e é aqui que coloco o foco, é preciso ter coerência. 
Quem, nos actos concretos e de rotina, despreza instituições como as Forças Armadas, como foi o caso (um dos vários) do enorme atraso com que chegou à cerimónia do Dia da Marinha em 2004, em Viana do Castelo, para já não falar do triste espectáculo com que brindou os portugueses no Verão do ano passado, não merece credibilidade alguma. E não venha com justificações bacocas: um ministro, um presidente, só chegam atrasados se quiserem, pois têm à sua disposição todos os meios do Estado, GNR, batedores, helicóptero, etc.
Um finório da pior espécie. 
AC

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Aves, passarada, passarões, pardalitos!
Garça branca, levantando voo.
Oxalá os passarões continuem a penar!
AC
O estado da justiça em Portugal
A justiça em Portugal melhorou certamente muito comparativamente a tempos atrás.
Há quem se insurja sobre diferentes aspectos, mas sobretudo sempre que se toca, ligeiramente que seja, na banditagem que vai esfacelando a sociedade portuguesa. 
Pela minha parte, neste blogue e noutros tempos mais recuados, por mais de uma vez destilei a minha revolta pelo estado em que ainda estamos.
De uma coisa estou certo, a máquina da justiça é realmente muito lenta. Insuportável, e sempre com a maior desconsideração para com o cidadão comum.
Veja-se um simples aspecto administrativo, por mim vivido.
No início de Maio passado, estive num tribunal do interior de Portugal Continental, convocado por esse tribunal, porque uns meses antes um amigo indicou-me para testemunha num processo em que ele estava envolvido.
Logo na manhã em que cheguei ao tribunal, requeri na respectiva secretaria, ao abrigo do Artº 644º do CPP, que fosse ressarcido das despesas suportadas com a deslocação a que fora obrigado judicialmente. 
Indiquei a quilometragem e as portagens.
Chegou hoje de manhã a carta do tribunal em que indicam o que me vão pagar. 
Sete meses, repito, SETE MESES. Claro que se pode imaginar, podia ser pior. 
Agora (é o que verbalmente me informaram) ainda deve passar pelo menos mais um mês até que o Instituto de Gestão Financeira e Infra-Estruturas da Justiça faça o pagamento definido. Pagam apenas a quilometragem. É o Estado português.
É o estado disto tudo, só bom para os donos disto tudo, das mais varridas cores, embora todos os dias me queiram convencer de que, donos disto tudo, só há de uma cor, ou de uma certa classe social. Os outros estão livres e são todos donos da mais pura ética republicana (que não se aplica na savana africana, claro)
Vão gozar com a tia, como dizia o outro!
Todos uns verdadeiros e genuínos ACPN, Autoridades Competentes de Porra Nenhuma!.
António Cabral

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Dos jornais
"ASSEMBLEIA DA REPUBLICA

Parlamento cheira mal. De novo

EM ATUALIZAÇÃO
O Parlamento voltou a ser invadido por um cheiro intenso a gasolina. O cheiro incomodou os deputados que saíram do plenário, adiando o início dos trabalhos".

Outra vez, e há muito tempo. Mas sobretudo pelo que deviam fazer e não fazem. É só ler o que diz a Constituição da República, por exemplo: Artº159º alínea a), e por aí adiante.
AC

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Culpado disto tudo!
Pois é, decididamente, eu é que sou o culpado disto tudo. Bem, não sou só eu, sou eu e mais uns milhões de portugueses, que temos passado a vida a dar cabo da reputação, bom nome, de alguns concidadãos que, muito justamente, e amargamente, se queixam cada vez mais das malfeitorias que nós, os culpados disto tudo, lhes andamos a fazer há décadas.
Coitadinhos. Que filhos da mãe que eu e os outros milhões de portugueses somos.
No mínimo vamos para o purgatório, merecidamente!
António Cabral

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Coisas curiosas
Estive a folhear aqui na aldeia um belo catálogo da associação "Colher para Semear", e encontrei informação extraordinária. Além disso curiosa, tão curiosa que ás tantas quase me convenci que estava perante certa gentinha que nos esfola e desgoverna há décadas, em vez de hortícolas aromáticas e cereais.
Ora vejam.
"Manjericão", aromática que bem conheço, tem uma variedade - manjericão de folha roxa!
"A borragem", existe a de flor azul e flor branca.
Das variedades de milho, acho piada ao "vermelho de regadio", e ao "zorrinho" de proveniência de SMartinho, Odemira.
Do trigo, existe uma variedade curiosa, o "javardo", de proveniência Algarvia.
De centeio há o "milagres".
Nas variedades de milho encontrei o "relvão" com proveniência da zona de Arouca.
Nas hortícolas de entre variedades várias existem a "porqueira", a "porcineira", a "bacoreira".
Quanto ás alfaces, curiosas a "chaíça rosada", a "orelha de mula".
No alho porro, a "espécie" Aníbal", de proveniência francesa.
Das várias beringelas, uma é a "rosada".
Na categoria das brassicas, encontramos por exemplo, a "couve troncha", "couve nabo", "nabo greleiro", "nabo SMacário".
Já na categoria "melões", são interessantes o "pele de sapo", " trepador" e "rugoso vale da Rosa".
Já nos pepinos há um que me faz as delícias, " o pepino Sampaio", proveniente de Mogadouro, embora ache piada ao "víbora".
Nos pimentos acho notáveis, o "laranja quadrado" e o "vale da rosa".
Nos tomates há espécies que nunca mais acabam, "cor de rosa", "boi escalabitano"," dióspiro da Rússia", "vermelho pequeno", "supositório", "vermelho achatado", "teta de cabra", "coração alegre".
No feijão rasteiro seco, variedades como, "branquinhas", "cascas finório" e "pirata".
Nas oleaginosas, temos por exemplo a "papoila vermelha singela".
Enfim, curioso.
AC

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

TROCA-TINTAS
É uma expressão popular. Houve quem, ao longo dos anos e com legitimidade para tal, entendesse classificar as minhas características com a palavra assertividade, entre outras elogiosas.
Vem isto a propósito de que nunca aceitei que me tratassem por parvo, por cara de parvo que eventualmente possa ter. Mas é uma questão da exclusiva responsabilidade dos meus pais e Deus.
Estas palavras chegam no momento em que verifico nas notícias via NET que o líder do CDS está a cavalgar a onda da reposição do feriado 1º de Dezembro.
Para que fique claro, tenho para mim que, entre os imensos disparates da actual maioria que nos desgoverna, a questão dos feriados é uma das mais curiosas. Pessoalmente, também penso que temos porventura feriados a mais, mas não creio que a questão deva ser associada ao trabalho, à produtividade. Adiante.
O que acho notável é a, para mim, desfaçatez de Paulo Portas. Desfaçatez, palavra que presumo não ofensiva, apenas graduação de comportamento, de carácter, de temperamento, de coerência, de etc.
Claro que só os burros não mudam. Mas nunca apreciei uma criatura que, por exemplo, enquanto foi ministro da defesa nacional, fazia gala em chegar atrasado ás cerimónias a que presidia por dever de função, mas chegava na hora protocolar naquela em que presidia o presidente da República.
Um finório da pior espécie.
AC