domingo, 6 de março de 2022

TODOS, TUDO, COMPLETAMENTE DOIDOS

Como isto está, e não sabendo como vai ficar, dou comigo a pensar em Pessoa e no tal papelinho que já aqui trouxe, e reproduzo de novo.

António Cabral (AC)

Sobre Pessoa

De tudo ficaram três coisas:
A certeza de que estamos sempre a começar...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar.

Por isso devemos:
Fazer da interrupção, um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro.


Sobre o papelinho (NÃO  SE  INCOMODE)

Da maneira como as coisas andam, cá dentro deste rectângulo e lá por fora, com tanta angústia, incerteza, horizonte sombrio, o melhor é proteger a saúde mental e, portanto, não nos incomodarmos muito. 
Não é desligar da vida, da realidade, mas nada de ansiedade a mais. Serenidade q.b.. 
A Rússia continua com a agressão.
O melhor é mesmo não se incomodar muito. 
Conselho amigo, NÃO SE INCOMODE!
E assim aqui repito o já antes publicado, o papel encontrado em espólio antigo.
Incomodarmo-nos em certas ocasiões, realisticamente, não altera o rumo que se observa. 
Pessoalmente fico a pensar, apreensivo, mas procuro serenar. Não quero incomodar-me demasiado. 
Não me calarei, mas não posso alterar a realidade, trágica.

NÃO SE INCOMODE
Há duas coisas só que podem incomodar:
ser você bem sucedido ou mal sucedido.
Se for bem sucedido, não há motivo algum para se incomodar.
Se for mal sucedido, das duas uma:
Ou você conserva a sua saúde ou fica doente.
Se conservar a sua saúde, não há motivo algum para se incomodar.
Se ficar doente, das duas uma:
Ou você sara ou você morre.
Se você sarar, não há motivo algum para se incomodar.
Se morrer, das duas uma:
Ou você vai para o céu ou para o inferno.
Se for para o céu, não há motivo algum para se incomodar.
Se for para o inferno, 
você terá que cumprimentar tantos conhecidos,
que não terá tempo para se incomodar!

Sem comentários:

Enviar um comentário