PORTUGAL, HISTÓRIA, COVID-19
Em tempos de quarentena, de isolamento, a rotina caseira passa por coisas variadas, sendo que várias eram já rotina antes do estupor do bicho. É o caso da leitura, livros diversos, reler alguns, pesquisar assuntos, e designadamente o olho muitas vezes sobre a nossa história, que é fascinante.
E continuo com a convicção que é a partir de 1700 que Portugal começa a coxear. Coxeia até hoje.
Mas hoje andei ás voltas com coisas relacionadas com guerra, defesa, militares, reformas.
Observar o que foi a evolução de algumas coisas ao longo do tempo é sempre interessante.
Por exemplo, em 1736 o rei D. João V efectua uma reforma respeitante a coisas e departamentos militares.
Concretamente, nesse tempo e por exemplo, passou a existir a Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra como, também, a Secretaria de Estado da Marinha e dos Domínios Ultramarinos.
Anos mais tarde, com o advento da revolução liberal, os Negócios Estrangeiros e a Guerra de uma mesma secretaria separaram-se.
Chegada a I República, a antiga Secretaria de Estado da Marinha e dos Domínios Ultramarinos desapareceu, dando lugar ao Ministério das Colónias e ao Ministério da Marinha.
Os anos passaram e, ainda centrando-me apenas nos departamentos supra indicados no início, o Ministério da Guerra foi alterado na designação, passando em 1950 a Ministério do Exército.
Em 1961 apareceu então a Secretaria de Estado da Aeronáutica.
Com o 25 de Abril de 1974, as colónias/ províncias ultramarinas ganharam a sua independência, e em Portugal continuou a existir um Ministério dos Negócios Estrangeiros e apareceu a sério um Ministério da Defesa Nacional o qual, até 1982, foi um bocado verbo de encher.
A realidade depois de 1982 foi demonstrando que o dito ministério foi sempre essencialmente um ministério da tropa, como pejorativamente muitos o definem. A defesa nacional tem muito que ver com variados sectores do país/ governação para além do vector militar, e os sucessivos ministros da defesa nacional tiveram na maioria dos casos poder político nulo tomando apenas conta da gestão dos militares.
Alguns parece até que foram peritos em fazer desaparecer documentação e gastar Kg de papel de fotocopiadora.
O que terá muito a ver com as figuras ou figurões que foram ocupando o cargo desde 1974.
AC
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