Procurar ser rigoroso, querer perceber as coisas com rigor, nunca aceitar que me tomem por parvo, dar sempre a mão á palmatória sem engulhos e olhar os outros nos olhos sempre que como cidadão me mostrei/ mostro imperfeito e designadamente no que faço digo e escrevo, dá nisto, não desisto.
Se me incomodava o respeitinho de outrora devido ao qual, por exemplo, na Guiné-Bissau, um tratante dos piores que conheci na minha vida até ameaçou correr comigo ao pontapé (a mim e a outro), cada vez me incomoda mais o respeitinho que várias excelências tentam impor no regime em que gosto de viver e que em boa hora os capitães estabeleceram.
Respeitinho, .....para ver se as broncas passam ???
Afinal, não devem TODOS obediência escrupulosa à LEI, independentemente da dignidade de cargos que temporariamente exerçam ?
Vem isto a propósito de vários civis e também de vários militares, de leis respeitadas ou não, do dever de tutela, do dever de informar os seus superiores, de notícias que vão aparecendo, das cabalas que porventura foram mesmo e das cabalas que alguns nos querem fazer acreditar existir para safarem o seu clube, do mau jornalismo que vamos tendo e, concretamente, quanto o caso Tancos, que sempre me pareceu uma muito de lamentar telenovela.
Lá irei mais uma vez a Tancos, em post separado.
Por agora volto ao tema do post em que abordei um breve texto que li na revista Sábado, e me deixa interrogações, concretamente - Revista "Sábado", 26 de Setembro próximo passado, página 61, canto superior direito.
Uma pequena nota/ notícia, com o título - "Por um Triz".
Falam na saída do ex-chefe da Casa Militar em Belém, durante a crise de Tancos, e referem que a explicação oficial foi de que o general em causa tinha atingido a idade da reforma.
O tema tem a ver com vários.
O tema: porque é que, de facto, verdadeiramente, determinadas pessoas são/ foram substituídas em dadas alturas. Passa-se sempre isto, há décadas, com civis e militares.
No caso de civis a praxe é invocar-se - razões pessoais.
Para militares há sempre a possibilidade acrescida de - a seu pedido, por conveniência de serviço, por limite de idade, etc.
> a saída de um Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas e respectiva substituição por outro oficial general
> a saída do Chefe da Casa Militar em Belém e respectiva substituição.
Em pleno folhetim Tancos, que se arrasta, que se arrasta, que se arrasta.
A legislação supra indicada teve uma actualização em 2014. (4602 Diário da República, 1.ª série — N.º 167 — 1 de setembro de 2014)
Artigo 23.º
Regras comuns quanto à nomeação dos Chefes de Estado -Maior
1 — O Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e os Chefes de Estado-Maior dos ramos são nomeados, de entre almirantes, vice -almirantes, generais ou tenentes -generais, na situação de ativo, por um período de três anos, prorrogável por dois anos, sem prejuízo da faculdade de exoneração a todo o tempo e da exoneração por limite de idade.
2 — Na prorrogação dos mandatos do Chefe do Estado-Maior -General das Forças Armadas e dos Chefes de Estado-Maior dos ramos devem ser cumpridas todas as formalidades legais previstas para efeitos de nomeação, com exceção das audições previstas nos n.os 1 e 2 do artigo 18.º.
3 — Aos militares propostos para os cargos de Chefe do Estado -Maior-General das Forças Armadas e de Chefes de Estado -Maior dos ramos, a que corresponda o posto de almirante ou general de quatro estrelas, é, desde a data da proposta do Governo, suspenso o limite de idade de passagem à reserva, prolongando -se a suspensão, relativamente ao nomeado, até ao termo do respetivo mandato.==
Continua pois a parecer-me pouco claro o processo de substituição do anterior CEMGFA.
Continua pois a parecer-me pouco claro o processo de substituição do anterior Chefe da Casa Militar em Belém.
Como há dias dizia um comentador - tudo isto me parece muito, mas muito complexo.
Será que nestas coisas, que levaram algumas vezes certas pessoas, civis e militares, a ( quererem ?) ser substituídas, a serem exoneradas, ou mesmo a bater com a porta, a justificação se calhar é muitas vezes bem mais simples e diferente das razões formais atiradas para a praça pública?
Simples?
"Porque estava farto, porque se fartou de aturar quem estava acima"
Em alguns casos das últimas décadas, é verosímil que assim tenha sido,...... ou não ??
AC
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