A MENTIRA
Em Portugal, 2022 foi um ano pródigo em mentiras.
Em Portugal, 2023 vai decorrer como em 2022.
António Cabral
Se tentaste fazer alguma coisa e falhaste, estás em bem melhor posição que aqueles que nada ou pouco tentam fazer e alterar e são bem sucedidos. O diálogo é a ponte que liga duas margens. Para o mal triunfar basta que a maioria se cale. E nada nem ninguém me fará abandonar o direito ao Pensamento e à Palavra. Nem ideias são delitos nem as opiniões são crimes. Obrigado por me visitar
ENGANOU-SE
Enganou-se redondamente.
O país não devia ser dirigido por trafulhas.
Não devia, mas pode ser dirigido por trafulhas.
E, como se vê há anos, Portugal tem sido dirigido por trafulhas e de alto coturno. Alguns até são convidados especiais para eventos internacionais.
E assim vai continuar, com o aplauso da bovinidade.
Depois queixam-se.
AC
AMNÉSIA
Amnésia - perturbação mais ou menos profunda da memória.
Amnésia de fixação - incapacidade de adquirir lembranças.
Amnésia sistemática - amnésia habitualmente devida a causas afectivas, que incide sobre um período ou sobre factos cuja lembrança seroa dolorosa para o paciente.
CÁ ESTÁ.
Descobri: Costa, Medina e senhora, Pedrinho e muitos outros, sofrem de amnésia sistemática exactamente porque a lembrança seria dolorosa. Já em Maio passado, pelo menos, havia notícias sobre algo estranho, mas pronto, era passar adiante.
E assim chegamos ao fim do ano com a podridão cada vez mais nauseabunda.
AC
30 DEZEMBRO 2022
A EXCELÊNCIA NÃO COMENTA
A excelência não comenta porque é Natal?
A excelência não comenta porque é legal, tem suporte jurídico - legal?
A excelência não comenta porque é chato fazê-lo?
A excelência não comenta porque o seu amigo Costa poderia ficar de sobrolho carregado?
A excelência não comenta porque não conhece em detalhe o caso?
A excelência não comenta porque não gosta de falar de casos concretos?
A excelência não comenta porque não é o momento?
A excelência não comenta para que o seu silêncio sobre o caso dê bastantes notícias sobre o caso e sobre o seu silêncio?
A excelência não comenta porque sim?
A excelência não comenta porque é um caso isolado?
A excelência não comenta porque é hipocondríaco?
A excelência não comenta porque aguarda estar com Costa e ver se ele lhe diz algum coisa?
A excelência não comenta porque não quer saber disso e nem disto para nada?
A excelência não comenta porque ainda não falou com os cardeais?
A excelência não comenta para vez qual será a mensagem de fim de ano do Papa Francisco?
A excelência não comenta porque continua com jet-leg das inúmeras viagens de Falcon?
E se a excelência fosse para o diabo que o carregue?
A excelência não podia deixar-nos em paz?
António Cabral
O PASSAR do TEMPO
Muitos consideram um reformado como alguém que passou a nada fazer ou que está sempre de férias. Há até quem se atreva a considerar que passa a ser um fardo, um inútil na sociedade.
Há quem não soube adaptar-se, que não entende o que é o ciclo da vida, como os apavorados por nem saberem estrelar um ovo ou, mudar a fralda a um bebé de um mês de idade. Adiante.
Não sou exemplo para quase nada, mas desde os quase16 anos que não me atrapalho na cozinha e desde os 18 que não me atrapalho na vida.
Desde que a vida profissional activa ficou de lado, mantenho felizmente condições para uma vida comum, activa e preenchida. Tenho muitos períodos de andar pelo país, a que chamo férias. Férias que posso fazer em modo de "repartidas" (períodos de 3 a 12 dias).
Férias em que continuo a percorrer/ conhecer os vários Portugais dentro do meu Portugal. Tudo tão diferente do que entendem por exemplo, uns ilhéus que vão para as ilhas 5ª Feira à noite ou na 6ª Feira à hora de almoço, regressando para mais uma trabalhosa semana na 3ª feira seguinte. Ou, dos que vão para o Norte descansar da difícil semana.
Tudo tão diferente das "bolhas" citadinas, ou do descrito pelos de "referência", ou pelos que persistentemente nos tentam lavar o cérebro.
Vida profissional activa cessada passei por exemplo a, "cirandar" muito mais pelo país, ler muito mais, muito do meu tempo passado a investigar e estudar história (a nossa e lá de fora), fotografar bastante. E família, os vários netos, funções e trabalhos diversos.
Medito muito sobre a envolvente interna e a externa. Preocupa-me o rumo que diferentes áreas do país e lá por fora estão a tomar.
Aos meus olhos, com os meus valores, no presente, e olhando para trás, é de facto inacreditável muito do que se passou pelo mundo fora. A escravatura, a exploração, o saque, as carnificinas, o colonialismo, as guerras de libertação com os seus horrores de um lado e outro. Repito, de um lado e de outro, basta lembrar o Norte de Angola, ou o Norte de Moçambique, ou a chacina dos majores na Guiné, ou as chacinas dos Mau-Mau.
Quanto mais leio e medito, mais ignorante me sinto, e persistem muitas dúvidas.
Começo a convencer-me do que uns quantos têm a certeza absoluta de que, contrariamente por exemplo aos, árabes, muçulmanos, ingleses, franceses, alemães, noruegueses, russos, chineses, indianos, tuaregues, zulus, holandeses, belgas, dinamarqueses, italianos, espanhóis, otomanos, séculos atrás os meus compatriotas foram uns verdadeiros selvagens e carniceiros. Os únicos?
Mas se começo a convencer-me, ainda tenho dúvidas se fomos os únicos apesar de, certamente apenas por distração e ignorância minhas, não me recordar se, por exemplo, já pediram desculpa do seu passado os holandeses ou os ingleses (parece que o PM Holandês o fez agora). Gostava por exemplo de ter a certeza sobre quem chegou à Austrália primeiro, se algum deles ou algum dos meus antepassados.
É que esta coisa das desculpas está muito na moda mas, depois, ando a reparar que alguns pedem muitas desculpas, várias vezes, mas alteração rigorosa de atitudes e procedimentos e organização vai-se a ver na realidade e......... diferenças...... alterações concretas……E talvez fizesse sentido, hoje, as desculpas nos dois sentidos.
Mas como já dizia a irmã do Soldado, pois!
Mas fica bem, pouco ou nada se altera mas a bovinidade global fica contente.
Quando é que certa criatura vai à terra dos seus antepassados pedir desculpa pelas atrocidades que muito provavelmente Afonso de Albuquerque praticou e mandou praticar?
AC