segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O Sossego da aldeia. E o desassossego de alguns, a partir de hoje.
Quem pesquisar o que ao longo de anos fui escrevendo sobre o actual inquilino de Belém sabe que não morro de amores por ele. E menos ainda quanto à sua face de Supremo Comandante.
Isto dito, a maravilha da tecnologia permite perturbar um pouco o meu sossego e, "voilá", verificar que, como todos nós, o PR faz e diz coisas que devia ter evitado mas, a espaços, creio que toma boas decisões.
Pela minha parte, embora considere uma desonestidade intelectual o que o novo messias vem fazendo, mas que é perfeitamente legítimo e constitucional (o que é muito importante), estou completamente farto de pantomineiros que há décadas dão cabo da nossa vida.
Olhando para trás, nas maiorias cavaquistas do passado, recordo muita coisa que a meu ver foi muito bem feita mas lembro também pantominices várias.
Parece-me bem razoável a decisão desta manhã do PR.
E agora quero ver a boa fé do BE e do PCP e dos melancia. Porque, à partida, António Costa poderá ser bem capaz de vir ser um razoável PM. Mas estou farto de meninos e gentinha que estejam sempre prontos a tirar o tapete ao PS e a dar cabo da nossa vida.
Portugal precisa urgentemente de um rumo. O BE e o PCP estão dispostos a colaborar seriamente?
AC
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Nesse sentido, o Presidente da República solicitou ao Secretário-Geral do Partido Socialista a clarificação formal de questões que, estando omissas nos documentos, distintos e assimétricos, subscritos entre o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista “Os Verdes”, suscitam dúvidas quanto à estabilidade e à durabilidade de um governo minoritário do Partido Socialista, no horizonte temporal da legislatura:
a) aprovação de moções de confiança;
b) aprovação dos Orçamentos do Estado, em particular o Orçamento para 2016;
c) cumprimento das regras de disciplina orçamental aplicadas a todos os países da Zona Euro e subscritas pelo Estado Português, nomeadamente as que resultam do Pacto de Estabilidade e Crescimento, do Tratado Orçamental, do Mecanismo Europeu de Estabilidade e da participação de Portugal na União Económica e Monetária e na União Bancária;
d) respeito pelos compromissos internacionais de Portugal no âmbito das organizações de defesa colectiva;
e) papel do Conselho Permanente de Concertação Social, dada a relevância do seu contributo para a coesão social e o desenvolvimento do País;
f) estabilidade do sistema financeiro, dado o seu papel fulcral no financiamento da economia portuguesa.
O esclarecimento destas questões é tanto mais decisivo quanto a continuidade de um governo exclusivamente integrado pelo Partido Socialista dependerá do apoio parlamentar das forças partidárias com as quais subscreveu os documentos “Posição Conjunta sobre situação política” e quanto os desafios da sustentabilidade da recuperação económica, da criação de emprego e da garantia de financiamento do Estado e da economia se manterão ao longo de toda a XIII legislatura.

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