domingo, 8 de novembro de 2015

Aí está, parece, o acordo político.
PCP, o seu comité central, parece que disse "Amén". António Costa estará radiante.
Pessoalmente, este acordo não me cheira nada bem. Veremos.
Acho perfeitamente legítimo que Jerónimo de Sousa manifeste o seu regozijo político, por estarem agora, definitivamente, reunidas condições políticas para derrubar o governo, que tem dias.
É legal, é legitimo, é constitucional.
Mas só não percebo, porque é que, para além daquilo que naturalmente cabe à AR e no seu papel constitucional uma maioria de deputados rejeitar o programa do governo e ditar, portanto, a sua queda, é necessária uma manifestação da CGTP na tarde de 10 de Novembro para garantir a queda do governo. Oh, Jerónimo, como dizia o outro - se calhar não havia necessidade!!!!
Democratas, mas lá estão com os tiques de 1975. Ou sem a manifestação da CGTP, podia haver deputados transviados?
Tenham juízo. Estão lá 230 pessoas, deputados eleitos, são esses que têm o poder constitucional, não é a CGTP, nem a UGT, nem a CIP, etc. Caramba!!!!
Os constitucionais direitos de manifestação e reunião e liberdade de expressão, não deviam ser guardados para outras alturas? Ou não tenho o legítimo e democrata direito de interpretar essa manifestação como um deplorável acto de pressão, semelhante ao que se passou em 1975?
Tenho, também, todo o direito de dizer, como já fiz noutra ocasião, não estamos perante um golpe de estado. Essa posição releva de uma parvoíce que pelos vistos acomete senadores (????) da República.
Não é um golpe de Estado. Mas começam as mesmas coisas de 1975.
Se não fizessem isso, eu ficava a aguardar os resultados das políticas, das decisões do executivo e do legislativo. Como não pode deixar de ser, concordando ou não com algumas das decisões que vierem a ter lugar. Como não concordei com várias das executadas nos últimos 4 anos.
Se começam com isto, tenho todo o direito de imaginar que não irão ficar por aqui. Espero que me engane.
Aguarde-se
AC

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