TAP. Marcelo esclarece que falou com primeiro-ministro mas sem o nomear. O chefe de Estado especifica que a pessoa com quem falou é "a mesma que declarou na Assembleia da República no dia 24 de maio que tinha conversado com o Presidente da República no dia 29 de abril e que não tinha então abordado o assunto SIS", referindo-se ao primeiro-ministro.
Se tentaste fazer alguma coisa e falhaste, estás em bem melhor posição que aqueles que nada ou pouco tentam fazer e alterar e são bem sucedidos. O diálogo é a ponte que liga duas margens. Para o mal triunfar basta que a maioria se cale. E nada nem ninguém me fará abandonar o direito ao Pensamento e à Palavra. Nem ideias são delitos nem as opiniões são crimes. Obrigado por me visitar
quarta-feira, 31 de maio de 2023
TAP. Marcelo esclarece que falou com primeiro-ministro mas sem o nomear. O chefe de Estado especifica que a pessoa com quem falou é "a mesma que declarou na Assembleia da República no dia 24 de maio que tinha conversado com o Presidente da República no dia 29 de abril e que não tinha então abordado o assunto SIS", referindo-se ao primeiro-ministro.
MAS DEVEMOS RACIOCINAR E PONDERAR.
Há dias, particularmente o PSOE em que o actual PM é o seu chefe, as eleições regionais e locais ditaram uma derrota flagrante para o partido e PM de tal modo que, o PM e dentro do sistema que eles têm dissolveu o Parlamento e convocou eleições legislativas para 23 de Julho próximo.
Uma das últimas curiosidades é a desistência do "Ciudadanos". Interessante e a seguir com atenção.
HABITAÇÃO, C.M.LOURES, SOCIEDADE
Ontem, no rádio do carro, ouvi uma notícia sobre Loures e problemas sociais, problemas relativos a habitação social/ camarária.
Em síntese, se percebi bem, existe um magnífico bairro social que é propriedade da C.M. Loures, autarquia actualmente gerida por edil do PS, creio que anteriormente foi gerida por edil PCP.
Se percebi bem, nesse bairro moram centenas de pessoas, centenas de inquilinos da autarquia.
Como a lei define há décadas e desde muito antes do 25 de Abril de 1974, se há inquilino quer dizer que há senhorio, quer dizer que mensalmente há que pagar a renda fixada em contrato.
Ora pela notícia, fiquei a saber que praticamente ninguém dessas centenas paga renda há ANOS e ANOS.
A notícia sugeria ainda que a maioria das rendas é de valor ridículo, abaixo de 10 euros, e sugeria ainda que haveria muita gente que subalugada a casa atribuída.
Portanto, uma verdadeira escandaleira que, noticiavam, significava que o total de rendas em atraso desde há muitos anos rondaria um total de cerca de 15 milhões de euros.
Perante isto, perguntas legítimas:
- Só agora com esta câmara é que querem por ordem na escandaleira?
- Que fizeram as câmaras anteriores?
- E controlo de rendimentos, empregos, dificuldades em famílias e portanto, pelo menos, que acção da segurança social?
Enfim, mais um eloquente exemplo de um país harmonioso, desenvolvido, próspero, moderno.
AC
OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO . . . .
NÃO.
Olhai antes para a composição do governo PS, olhai antes para os comportamentos e acções dos governantes, desde PM a ministros, a secretários de Estado, a chefes de gabinetes.
Olhai para a cada vez mais capturada máquina do Estado.
Olhai para a tranquilidade, serenidade, que exala de Belém.
Olhai para tudo isto e . . . . estais preocupados?
Calma, não vos preocupeis e, apesar do que se lê quanto aos ministros e outros envolvidos em supostas malfeitorias, nem todos os governantes estão envolvidos em broncas.
Por exemplo, não vejo por aí nenhuma suspeita ou acusação especial à ministra da Agricultura.
Dizem apenas que é incompetente!
Portanto, não desesperem!
Ah, quanto à alternativa no seio do PSD . . .vê-se . . . uma verdadeira e tranquilizadora categoria (😡😎)!
Ah, quanto a Belém . . . . sim . . . . OK 😎!
Ah, quanto ao Augusto . . . sim . . . OK😎!
Ah, quanto ao sistema de justiça . . . . sim . . . . OK😎!
Ah, quanto a Mortágua, Raimundo, Ventura, Rocha, . . . OK😎!
AC
DIA MUNDIAL SEM TABACO
> 1780 - Portugal, criadas 18 escolas femininas
AC
terça-feira, 30 de maio de 2023
ESTADO e as INFORMAÇÕES (3).
SISTEMA de INFORMAÇÕES da REPÚBLICA PORTUGUESA
(3º texto)
A vida política na capital continua agitada, designadamente à conta da intervenção do SIS (Serviço de Informações de Segurança) numa telenovela de cariz Sul-Americano com actores de mais que comprovada deplorável qualidade.
Agitação também à conta da insuportável opacidade transmitida por todos os governantes e a começar no PM, a continuar nos seus "adjuntos" (secretários de Estado, assessores, gurus da comunicação eleitoral) e a acabar nas dezenas e dezenas de capatazes para a intoxicação da sociedade portuguesa).
Agitação à conta da despudorada quantidade de contradições a roçar a mentira descabelada, que jorra das bocas de várias criaturas.
Agitação à conta da deplorável postura de vários titulares de órgãos de soberania em que, por exemplo, Marcelo Rebelo de Sousa veio sorridente confessar só ter sabido da "coisa" em 29 de Abril passado não se dignando esclarecer quem lho comunicou (Costa não foi, Costa negou na AR que o tivesse feito).
Prestígio que foi sendo ainda mais reforçado à conta das bafientas intervenções directas ou por comunicados de vários dos responsáveis (??) dentro do SIRP.
Mas interessando é "informações" e na sequência dos dois textos anteriores, algumas considerações iniciais sobre o que se passou a seguir à revolução militar de 25 de Abril de 1974.
Mas começo por um detalhe que nunca compreendi, para o qual há certamente explicação, e relativamente ao qual há pessoas ainda vivas que saberão explicar.
Refiro-me ao facto que, para mim, é um dos segredos da revolução militar e que é o seguinte: a revolução militar saiu para a rua, e horas depois e como creio que seria natural, verificando-se a coisa perdida para o regime de então (uma vez que estava mais que podre e as ditas forças mais leais viu-se o que deram), a esmagadora maioria dos agentes da DGS na capital em vez de debandarem, esconderem-se, refugiaram-se na sede, na rua António Maria Cardoso.
Porque tal sucedeu?
1º - convictos de que a revolução soçobraria? ou,
2º - cientes de que a revolução vingaria, mas sabiam que mesmo com pequenas alterações cosméticas, a DGS seria mantida?
Ainda um outro aspecto que nunca vi esclarecido com rigor.
O que sucedeu com aos inúmeros agentes da DGS que trabalhavam nas então nossas possessões em Africa e na Ásia? Voltarei a este tema no próximo texto.
Naturalmente, e particularmente para os que regressaram ao país a partir de 30 de Abril de 1974, para os que foram libertados de Caxias, todos tinham bem fresco na memória e nos corpos o que tinham passado antes.
Muito devido a isso, quem quer que fosse que falasse na necessidade de, no novo regime, no Portugal livre e democrático, a par de outras instituições e serviços do Estado criar serviços de informações, era imediatamente rotulado de fascista ou, no mínimo, fassssistaaaa!
Conhece-se o que aconteceu, rapidamente surgiu o PREC e, particularmente a seguir ao 11 de Março de 1975, começou um forrobodó inarrável, em que se alterou muito do que obviamente era necessário que se fizesse mas, juntando-lhe barbaridades sucessivas (opinião pessoal, naturalmente).
Felizmente houve em alguns sectores umas quantas cabeças ajuizadas e lá se confirmou a realização de eleições Constituintes e, felizmente, redigiu-se e promulgou-se depois uma Constituição da República Portuguesa, ainda que com excessivas orientações à moda do velho Marx e com detalhes excessivos, e com uma listagem de direitos sempre antes da definição de deveres (opinião pessoal, naturalmente).
Até por ordem alfabética devia ter sido ao contrário, deveres do Estado e dos cidadãos, depois seguidos da listagem de direitos em que, para mim, não há nenhum a mais. Mas enfim, quem sou eu para atrevimentos constitucionais.
Voltando à questão "Informações, Serviços de Informações", passaram-se anos e o Estado continuou "despido" e, nesta área, manteve-se diferente e para pior dos restantes países Europeus, Ocidentais e democráticos.
E o que foi sucedendo na sociedade portuguesa desde 1974?
Não cabe aqui escalpelizar 10 anos mas a realidade é que até 1984 o Estado continuou legal e formalmente despido de Serviços de Informações.
Serviços de informações é que nada.
Passaram-se mais de 10 anos sobre o 25 de Abril de 1974 até que fosse publicada Lei-Quadro do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), publicada em 5 de Setembro de 1984.
Passaram quase mais 3 meses e foi publicado um Decreto-Lei aprovando a orgânica da Autoridade Nacional de Segurança.
Em Maio de 1985 foi regulamentada a Comissão Técnica do Conselho Superior de Informações. Tudo, portanto, às pinguinhas!
No próximo texto irei abordar com algum detalhe todos estes aspectos, relativamente a, legislação, certos vazios, certas guerras.
Para terminar este 3º texto, quero relembrar duas ou três coisas:
> Global e conceptualmente, as informações englobam o conhecimento, a organização e a actividade para:
> A segurança e a defesa não dependem só do braço armado do país, mas também, por exemplo, da defesa nas ordens económica e financeira, sendo certo que a primeira linha de defesa é a informação.
António Cabral (AC)
(fim do 3º texto)
FERIADO MUNICIPAL em BEJA
FERIADO MUNICIPAL em ESTREMOZ
> 1232 - Papa Gregório IX canoniza Santo António de Lisboa
AC
segunda-feira, 29 de maio de 2023
ESTADO e as INFORMAÇÕES (2).
SISTEMA de INFORMAÇÕES da REPÚBLICA PORTUGUESA
(2º texto)
Nas últimas semanas a vida política na capital tem andado agitada, designadamente à conta da intervenção do SIS (Serviço de Informações de Segurança) numa telenovela de cariz Sul-Americano com actores de deplorável qualidade.
Na sequência do primeiro texto agora uma pesquisa rápida à história nacional no período de 1926 a 25 de Abril de 1974.
Houve sim, maçonaria, carbonária, formiga branca, morticínios e assassinatos vários, bombistas a eito, suicídios, prisões a eito, assaltos a jornais, greves consecutivas, incursões monárquicas, assaltos a sindicatos como em 31 de Janeiro de 1912 à União de Sindicatos, tumultos vários e assaltos a estabelecimentos comerciais, protestos militares.
A ditadura militar e, depois, o Estado Novo, cuidaram de organizar serviços de informações.
Em todo o período, 1926-1974, creio que todas as "energias" desses serviços foram gastas quase só na segurança interna, com particular foco para a neutralização do Partido Comunista e de outras forças e de facções ou grupos ou associações que se mostrassem adversas dos poderes instalados no período em análise. A tudo que fosse reviralho!
Uma síntese.
Em 1926 existia já, por exemplo, a Polícia Cívica de Lisboa. Esta polícia, em 22 de Junho, oficiou os jornais da capital no sentido da obrigatória e prévia entrega de 4 exemplares para análise pelo Comando-Geral da GNR e antes de distribuição pública.
Em 5 de Janeiro de 1927, pelo Decreto nº 12972, o governo da ditadura militar cria junto do Governo Civil de Lisboa uma polícia especial de informações de carácter algo secreto.
Em 17 de Março de 1928, pelo Decreto nº 15195, o governo da ditadura militar determina a extinção das Polícias Especiais de Lisboa e Porto, dando lugar à Polícia de Informações do Ministério do Interior.
Em 5 de Junho de 1928, esta polícia do Ministério do Interior desarticula uma tentativa de derrube da ditadura militar.
Em 9 de Outubro de 1928, curiosamente, pelo Decreto nº 16011, o governo da ditadura militar define as penalizações a aplicar a todos os portugueses que, no estrangeiro, promovessem a rebelião contra o governo ou o descrédito do país.
Em 17 de Junho de 1930, desmantelada uma conspiração de militares e civis para derrubar a ditadura militar. Em Abril e Maio de 1931, multiplicam-se tentativas de rebelião, designadamente nos Açores, Madeira e Guiné.
Em 19 de Maio de 1931, o Ministro do Interior manda fechar e selar o edifício do Grémio Lusitano, sede da Maçonaria portuguesa.
Em 8 de Junho de 1931, pelo Decreto nº 20033, dissolvida a Polícia de Informações do Ministério do Interior e passadas as suas atribuições para a PSP.
Em 30 de Julho de 1931, pelo Decreto nº 20125, a tutela da Polícia Internacional Portuguesa, especializada na vigilância das fronteiras, é transferida para o Ministério do Interior. Esta força policial vai sendo sucessivamente transformada, tornando-se na nova polícia política do regime.
Em 26 de Agosto de 1931, em Lisboa, anulada uma revolta protagonizada por militares e civis.
Em 23 de Janeiro de 1933, pelo Decreto nº 22151, o governo chefiado por Oliveira Salazar extingue a Secção de Vigilância Política e Social da Polícia Internacional Portuguesa, e cria a Polícia de Defesa Política e Social, subordinada ao Ministro do Interior, polícia esta com o dever de vigilância sobre todo o território Continental.
Em 29 de Agosto de 1933, pelo Decreto-Lei nº 22292, o governo de Salazar extingue, a Polícia Internacional Portuguesa e a Polícia de Defesa Política e Social, e cria a Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE), reforçando assim a capacidade da força policial para prevenção e a repressão no controlo de actividades políticas.
DIA MUNDIAL DA ENERGIA
> 1453 - Depois de um cerco de várias semanas, os Otomanos conquistam Constantinopla, terminando assim o Império Bizantino
AC
domingo, 28 de maio de 2023
BULIÇO e o MARAVILHOSO SILÊNCIO
Ontem, a meio da manhã, três turistas portuguesas perguntavam à dona do café - quantas pessoas residem aqui na aldeia - e eu, sem esperar resposta pois estava ao lado delas ao balcão a tomar a minha bica matinal informei - não sei com rigor absoluto, mas de certeza que pouco passa de 70 pessoas e, quanto a criançada, haverá cerca de 6, creio.
Além das três senhoras, da dona do café e eu e a minha mulher, apenas mais três pessoas, sentadas, anciãos da aldeia.
Tirando a fortuita conversa, silêncio, cortado apenas pelos latidos de um cãozito lá fora, e dentro do café pelo som do televisor, e um ligeiro zum zum do frigorífico.
Na rua, quase ninguém se vê, passou uma camioneta pequena com um dos homens/ empreiteiros da construção civil que resolve muitos problemas e reconstrói, reside num dos lugares à volta do monte, creio que no Lagar Martins ou no Adingeiro.
Silêncio. Fabuloso silêncio, na rua e em casa.
Em casa, o silêncio é quebrado pelas nossas conversas, de vez em quando liga-se um bocadinho o televisor para onde raramente olho, prefiro os meus livros, papelada, e olhar também para documentação relativa a memórias passadas e, entre ela, a que um bom amigo começou a partilhar.
Silêncio aqui em casa, periodicamente quebrado por baixíssimo ruído da caldeira ou das máquinas de lavar, ou da música clássica do rádio, ou da máquina de café e, de vez em quando, o som dos telemóveis a receber chamadas.
Ontem entrou uma, coitada, como não estava cá nenhum representante do PAN. . . . . acabei-lhe com a vida.
Silêncio, ganhar forças, retemperar espírito e corpo para o que aí vem.
AC
> 1922 - Nasce José Craveirinha
AC
sábado, 27 de maio de 2023
Por motivos de segurança, PSP e Câmara de Lisboa mandam fechar restaurantes e bares no Marquês de Pombal e Avenida da Liberdade. Várias ruas vão também estar com condicionamentos.
NÃO ERA PRECISO
Não eram precisos mais exemplos para demonstrar o estado deplorável a que chegou Portugal.
Não eram precisos mais exemplos para demonstrar o estado lamentável da sociedade portuguesa, o estado deplorável de uma consistente e crescente falta de civismo e respeito pelos outros.
Não eram precisos mais exemplos para demonstrar o que é um Estado exíguo, em que se cancela mais cedo uma feira do livro porque se teme o vandalismo de tugas depois de um jogo de futebol que, supostamente, consagrará um campeão nacional de futebol.
Não eram precisos mais exemplos para demonstrar o que é um Estado exíguo, em que, aparentemente, alguém acusada e considerada culpada de desvio de milhões acabe por ter de pagar a brutal quantia de 1000,00 €.
Não eram precisos mais exemplos para demonstrar o que é um Estado exíguo, em que os processos em investigação demoram anos e anos, como se vê agora, ao saber-se estar mais um a decorrer desde 2016. São só 7 anos!
Não eram precisos mais exemplos para demonstrar o que é um Estado exíguo, em decomposição acelerada, em que as trivialidades como as do futebol ou festivais (??) de Verão ou outras, são entronizadas nas TV, enquanto ninguém com responsabilidades públicas aponta a crescente demissão da autoridade do Estado.
AC
> 1703 - Czar Pedro o Grande funda a cidade de São Petersburgo
> 1823 - Vilafrancada
sexta-feira, 26 de maio de 2023
A-23, Zona Perto de Vila Velha de Ródão
Isto foi antes de ter que parar um pouco antes das 1800 h, pois foi aumentando, e começou granizo, a visibilidade caiu para pouco mais que 2 metros à frente da dianteira do carro, eu e vários carros fomos encostando na auto-estrada, a coisa durou seguramente uns 10 minutos, depois continuou a chuva torrencial sem granizo, a visibilidade aumentou para talvez 20 a 30 metros, começámos a circular, andei uns bons 20/25 km a 75/ 80 Km de velocidade.
Uff!
AC
DEFINIÇÃO de BANQUEIRO
Para lá da definição clássica, erudita, há aquela mais curiosa e que reza assim - "um banqueiro é um homem que te empresta um guarda-chuva quando faz Sol, e to tira quando chove."
Creio um pouco injusta esta definição.
Porque apesar do guarda-chuva que é emprestado estar todo esburacado, ainda assim dá uma certa proteção contra o Sol, assim ajudando a prevenir problemas de pele.
O banqueiro tira-o quando chove pois, estando muito esburacado, a molha é certa. Não vale portanto a pena estar a segurar nele à chuva e ao vento encarado que se fica.
Ao tirá-lo, o banqueiro demonstra solidariedade pois elimina o desnecessário e prejudicial esforço fisico no braço durante a intempérie.
AC
> 1619 - Carta régia concedendo a patente de Capitão-mor do Ceará a Martins Soares Moreno
> 1834 - Evoramonte, encontro de generais e assinatura da Convenção pondo fim formal á guerra civil
AC
quinta-feira, 25 de maio de 2023
AS FÉRIAS de VERÃO dos PORTUGUESES
As férias dos portugueses e apesar das loas socialistas sobre a economia a crescer mas 8eles próprios confessam) que ainda nada ou quase nada chegou aos bolsos dos tugas tenderão, cada vez mais, para serem passadas em estâncias espanholas mais humildes que as de há duas décadas!
Nada de Algarve, Minho, Alentejo ou estrangeiro mais puxado.
AC
Ex-secretário-geral das "secretas": "O SIS fez aquilo que lhe competia fazer. Agiu na legalidade"
Júlio Pereira, ex-chefe máximo do SIRP, quebrou o silêncio para sair em defesa da direção do SIS no caso do computador do ex-adjunto de João Galamba. Contra a sua posição estiveram os constitucionalistas Jorge Bacelar Gouveia e Vitalino Canas, que defendeu que devia ter havido "articulação" com o Sistema de Segurança Interna.
Valentina Marcelino25 Maio 2023 — 00:11
Júlio Pereira, nesta quarta-feira, na RTP, defendeu o SIS e teve a oposição dos constitucionalistas Vitalino Canas e Jorge Bacelar Gouveia..
O ex-secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) não tem dúvida de que foi legítima a atuação do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na recuperação do computador do Estado que estava na posse do ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, João Galamba.
No programa de debate da RTP "É ou não é", nesta quarta-feira, Júlio Pereira quebrou o silêncio, que justificou com o argumento de que "havia muito ruído no ar" e, por isso, quis esperar que "as coisas assentassem um pouco". (mais um a defender a narrativa)
"Embora não estejamos totalmente esclarecidos (sobre o que se passou no ministério das Infra-estruturas, há uma coisa que posso afirmar: pelo menos uma entidade comportou-se em linha com aquilo que são as suas missões, com dignidade e sentido de responsabilidade e essa entidade é o SIS", declarou no programa.
Ao contrário da ex-diretora desde serviço, Margarida Blasco, que no podcast Soberania desta semana tinha admitido que podia ter existido um "erro de avaliação", o ex-chefe máximo das "secretas" não aceita outra conclusão que não seja uma que legitime a intervenção do SIS.
"É absurdo dizer-se que o SIS não podia ter feito o que fez. O SIS fez aquilo que lhe competia fazer, não praticou nenhum ato de polícia, a entrega foi voluntária, agiu dentro da legalidade", afiançou.
Lembrou que, "segundo o que foi noticiado, o SIS é informado de que houve uma quebra de segurança relativamente a matéria classificada numa situação de comprometimento" e explicou que "evitar situações de espionagem, seja militar, económica ou política, e também situações de sabotagem, insere-se claramente dentro das missões do SIS, que tem por missão, exatamente, prevenir esse tipo de ameaças".
Face a essa notícia, completou, "competia ao SIS desenvolver todas as atividades ao seu alcance, dentro da lei, naturalmente, para que alguma ameaça desse tipo não se consumasse. Foi exatamente isso que aconteceu".
Sobre o facto de as competências do SIS estarem limitadas legalmente apenas à "produção de informações", Júlio Pereira, atualmente juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, sublinhou que "as informações são resultado de um processo dinâmico, operacional, de pesquisa, tratamento e depois de produção de informações e sua difusão. E é evidente que as informações não saem de nenhuma varinha mágica ou bola de cristal. Tem de haver uma atividade de pesquisa, uma atividade operacional que é, só por si, classificada, de tal forma que os próprios operacionais e os instrumentos que utilizam, podem ser codificados".
Vazio legal para os limites operacionais das "secretas"?
O antecessor da atual secretária-geral do SIRP, Graça Mira Gomes, defende que "a lei não diz o que é que os serviços devem fazer em termos de ação operacional,o que estabelece é limites à atuação dos serviços. Limites que decorrem, por um lado, da sua missão de prevenção das ameaças. (onde está explicada a ameaça para o Estado?) Por outro lado, diz aquilo que não podem fazer. E o que não podem fazer é praticar atos que sejam da competência das polícias ou dos tribunais, ou praticar atos que constituam ofensa ou ameaça de direitos, liberdades e garantias".
Refuta que a recolha do computador tenha sido uma "apreensão" ou um "ato de polícia", opinião da esmagadora maioria dos juristas que têm sido consultados. "É falso que tenha havido qualquer apreensão. Parece que está suficientemente demonstrado é que o SIS entrou em contacto com a pessoa que teria na sua possa a informação classificada e a convenceu a entregar o computador. Não foi apreendido". (notável desfaçatez)
Sobre qual seria a atitude do agente do SIS, caso Frederico Pinheiro se tivesse recusado, o ex-secretário-geral do SIRP desvaloriza. "Não sei exatamente o que se passou, mas é evidente que o SIS podia ter dito que, caso ele não quisesse entregar o computador, teriam de ser acionados os meios legais para que ele fosse apreendido, obviamente através das polícias. Sei é que ele entregou voluntariamente o computador. Não houve apreensão nenhuma. Um ato de polícia pode ter natureza coerciva. No caso não foi".
A posição de Júlio Pereira mereceu um "chumbo" dos dois constitucionalistas presentes no programa: Vitalino Canas (socialista dos 7 costados), ex-deputado do PS que integrou vários anos o Conselho Superior de Informações; e Jorge Bacelar Gouveia, ex-deputado do PSD e antigo presidente do Conselho de Fiscalização do SIRP.
Bacelar Gouveia, que também preside ao Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo(OSCOT), apontou, logo à partida, o ato da "identificação" do ex-adjunto, Frederico Pinheiro, como "um ato de polícia", ao que juntou a "coação" alegada por este.
"Neste contexto esta era uma atividade de natureza policial que não competia ao SIS. O SIS faz produção de informações, mas não faz recolha de computadores em quaisquer circunstâncias", asseverou.
Na mesma linha foi Vitalino Canas, reafirmando que "inequivocamente, aquela atuação não competia ao SIS" e que o "erro" devia ter sido já corrigido.
"Os procedimentos deviam ser revistos e devia de ter havido uma comunicação ao país a dizer que foi feita uma reavaliação da situação e concluído que o procedimento não foi o melhor e que no futuro não acontecerá de novo assim", defendeu.
O constitucionalista procurou "fazer o filme de o que devia ter sucedido para cumprir a lei". "Devia ter havido uma comunicação ao SIRP, como houve da chefe de gabinete, uma vez que poderia estar em causa uma infraestrutura que poderia estar ali sob risco"; depois "o SIRP devia ter articulado com o Sistema de Segurança Interna, que também tem um secretário-geral, conversado sobre a situação, feito uma avaliação, que é uma avaliação rápida, cinco minutos, e definir a atuação. E a atuação era de natureza manifestamente policial".
Ao contrário do que disse Júlio Pereira, Vitalino Canas entende que "para haver apreensão, estando munido de poderes de autoridade, não tem de haver coação".
"O que devia ter resultado dessa articulação era definir o que era necessário para enfrentar aquele risco (mesmo sem se ter, na altura, uma ideia precisa do que estava em causa) e que seria uma atuação meramente policial. Alguém de uma força ou serviço de segurança, deslocar-se-ia junto do adjunto e solicitava a devolução do computador, propriedade do Estado", conclui.