NÃO HÁ COMO O TEMPO PARA TORNAR RELATIVOS JUÍZOS ABSOLUTOS (MIGUEL TORGA)
AC
segunda-feira, 31 de outubro de 2022
Navio da Marinha encontra barco de narcotráfico à deriva
Navio da Marinha Portuguesa, em apoio à missão no combate ao narcotráfico, encontra embarcação de alta velocidade abandonada e à deriva
O navio da Marinha Portuguesa, NRP Hidra foi hoje (29) empenhado no auxílio à Autoridade Marítima Nacional na investigação sobre o aparecimento de 15 fardos de poduto estupefaciente (haxixe), num total de cerca de 595 kg, no areal da praia de Santo António, a sudoeste do Algarve. Barco rápido encontrado pela missão da Marinha, de combate ao tráfico de droga, na costa Algarvia.
Esclarece o Serviço de Comunicação, Informação e Relações Públicas (CIRP), em comunicado, que o navio da Marinha foi empenhado numa ação patrulha e vigilância entre Tavira e Vila Real de Santo António, tendo encontrado uma embarcação de alta velocidade à deriva, sem ninguém no seu interior.
A embarcação foi rebocada pelo navio até ao cais de Faro, onde será entregue ao Comando Zona Marítima do Sul. Enquanto isso a Polícia Judiciária está a desenvolver investigações.
Depois de, casualmente, me ter apercebido disto, recordei que há dias foi noticiado ter havido no Guadiana um encontro de uma embarcação da GNR com uma embarcação de "artistas" da droga e que a coisa acabou mal, com vários feridos e parece que um muito grave.
Das notícias não se percebe, ou melhor, eu não percebi:
- foi a embarcação da GNR que se atirou para cima dos candongueiros?
- Foi o contrário, a GNR abalroada?
- os feridos resultaram apenas do embate, do sinistro marítimo?
Outra coisa que eu gostava de saber é como anda a articulação entre a GNR, a Autoridade Marítima, a Polícia Marítima, a Força Aérea, o SEF e a PJ.
Se aconteceu um sinistro marítimo dentro do Guadiana, certamente que a Capitania do Porto de Vila Real de Santo António cumprirá com as suas obrigações legais, coligindo elementos para o procedimento formal a instruir, recebendo da GNR todos os elementos sobre o sinistro, para que as autoridades competentes procedam de acordo com a lei.
Outra coisa que eu gostava também de saber é que meios humanos e materiais tem a GNR no Algarve e que meios tem no Sul do país a Autoridade Marítima e concretamente que meios tem a polícia Marítima.
É que acontecem certas coisas mas os cidadãos nunca são informados com rigor. Sobre o que aconteceu, e sobre as diferentes organizações no terreno. Só para se perceber se estamos ou não num país rico em que certas organizações fazem o que lhe dá na gana sem passar cavaco a ninguém.
AC
50,90 — 49,10
Se o que leio por aí corresponder à realidade, se corresponder à realidade que os apoiantes do "cara" Jair estão em maior número no parlamento Brasileiro, a evolução naquele país será muito interessante de seguir.
De qualquer modo, tudo o que de mau aconteça é sempre culpa dos portugueses, mesmo sabendo-se que os Brasileiros comemoraram agora 200 anos de independência.
AC
Tenham uma boa semana. Saúde.
IMIGRAÇÃO SEGURA
Novo regime de entrada de estrangeiros quer promover a imigração segura. Mais uma desta gente socialista. Imigração segura.
Adicionalmente, imensas loas a que já temos muitos imigrantes, já estão a nascer mais bebés de imigrantes, etc.
Entre as medidas, vai passar a existir um visto de seis meses para cidadãos estrangeiros procurarem trabalho em Portugal.
Como é sabido, todos (designadamente vindo de África) os que entram em Portugal pelas portas legais ou ilegais, ficam cá todos, querem todos desesperadamente ficar cá a trabalhar neste "Eldorado".
Entre as medidas, vai passar a existir um visto de seis meses para cidadãos estrangeiros procurarem trabalho em Portugal.
Como é sabido, todos (designadamente vindo de África) os que entram em Portugal pelas portas legais ou ilegais, ficam cá todos, querem todos desesperadamente ficar cá a trabalhar neste "Eldorado".
Só um tolo é que se atreverá a pensar, a questionar-se, quantos rapidamente saem pelas fronteiras terrestres com destino nomeadamente à Suécia, Dinamarca, Noruega, Alemanha?
Só um tolo é que se atreverá a pensar se, por exemplo na Suécia, os subsídios serão um POUCOCHINHO mas só um POUCOCHINHO superiores aos de cá, pelo que eles, os imigrantes, certamente que não se darão ao trabalho de se pirarem deste Eldorado apenas por uma vergonhosa ninharia! Querem é trabalhar cá! Particularmente os nómadas digitais (gosto desta designação)!
AC
31 OUTUBRO 2022
DIA MUNDIAL DA POUPANÇA
DIA MUNDIAL DA POUPANÇA
DIA MUNDIAL das CIDADES
> 1411 - Tratado de paz com Castela
> 1411 - Tratado de paz com Castela
> 1517 - Lutero prega na porta da igreja em Wittenberg, as suas 95 teses, denunciando as indulgências Papais e muitas outras práticas
> 1886 - Porto, inauguração da ponte D. Luís
> 1910 - Lei do divórcio, Lei da família, Lei do inquilinato
> 1912 - Nasce o Movimento Renascença Portuguesa
> 1929 - Faleceu José Relvas
> 1941 - EUA, concluído o Memorial no Monte Rushmore
> 1952 - EUA, detonada a primeira bomba de hidrogénio
> 1984 - Indira Gandhi assassinada por dois dos seus guarda-costas de etnia Sikh
> 1992 - Vaticano admite finalmente que Galileu tinha razão
> 1993 - Faleceu Federico Fellini
> 2009 - Faleceu o radialista António Sérgio
> 2022 - Brasil, eleições presidenciais, Lula da Silva vence Jair Bolsonaro (50,90 - 49,10)
AC
AC
domingo, 30 de outubro de 2022
BRASIL
O Brasil terá daqui a umas horas mais um presidente eleito.
O Brasil terá daqui a umas horas mais um presidente eleito.
Trata-se da 2º volta da corrida presidencial entre o inarrável Bolsonaro que como o nome indica "bolsa" enormidades atrás de enormidades, e o ex-presidente Lula que, também, valha-nos Deus, como se costuma dizer.
Desgraçado país a ter de decidir entre estas duas criaturas.
Lembrando a velha frase - venha o diabo e escolha - neste caso se tal fosse possível, creio que para bem do Brasil o diabo não escolheria nenhum.
Mas a realidade é dura e são aquelas duas criaturas que estão ali e um deles vai para Brasília.
Como vejo pouquíssima TV e não perco muito tempo a ler senão o que me interessa, não estou em condições de me pronunciar sobre a eleição e os seus dois possíveis resultados.
Perguntarão: mas então para que estás aqui a escrever estas linhas?
É uma boa pergunta.
Estou a escrever porque, se bem percebi, a distância entre os dois contendores parece ser ínfima; por outro lado, do que percebo, o espectáculo televisivo que os dois protagonizaram há um ou dois dias parece ter sido qualquer coisa do outro mundo. Inacreditável.
Confirmando a completa ausência de tudo em cada um deles.
E, portanto, lembrei-me de escrever umas breves linhas só para avisar já os incautos que, ganhe o Bolsonaro ou ganhe o Lula, a culpa é sempre dos portugueses, ainda que eles (os Brasileiros) estejam independentes há 200 anos. Só estou a avisar.
AC
30 OUTUBRO 2022
DIA NACIONAL de PREVENÇÃO do CANCRO da MAMA
> 1340 - Batalha do Salado
DIA NACIONAL de PREVENÇÃO do CANCRO da MAMA
> 1340 - Batalha do Salado
> 1918 - I GG, império Otomano assina armistício
> 1922 - Benito Mussolini e apoiantes em marcha sobre Roma
> 1938 - EUA, Orson Welles provoca o pânico em Nova Iorque após a sua transmissão radiofónica "A guerra dos mundos"
> 1961 - URSS faz explodir a maior bomba nuclear até ao momento
AC
sábado, 29 de outubro de 2022
29 OUTUBRO 2022
DIA NACIONAL DA TURQUIA
> 1816 - Nasce o futuro D. Fernando II
DIA NACIONAL DA TURQUIA
> 1816 - Nasce o futuro D. Fernando II
> 1863 - Fundação da Cruz Vermelha
> 1910 - Lei de liberdade de imprensa
> 1914 - Turquia entra na I GG, ataca portos da Rússia no Mar Negro
> 1923 - Mustafa Kemal , Ataturk, proclama a Turquia como uma república
> 1929 - Bolsa NY, "Crash", grande depressão
> 1936 - Execrável Tarrafal oficialmente aberto com a chegada de 152 presos
> 1959 - René Goscinny e Albert Uderzo apresentam Asterix na revista "Pilote"
> 1970 - A ARA (Acção Revolucionária Armada) sabota o navio Vera Cruz
AC
AC
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
BLOCO de BANDEIRAS
Tanto falam de guerra, de inflação, de imobiliário, de rendas, das chefias militares nacionais e quem vai ou não ser isto e aquilo, tomem lá uma coisa diferente bem mais bonita e que tem a ver com os símbolos nacionais e, concretamente, a Bandeira Nacional, que é o símbolo da soberania da República, da independência, unidade e integridade de Portugal, e é a adoptada pela República instaurada pela Revolução de 5 de Outubro de 1910. (nº 1, Art. 11º, Constituição da República Portuguesa)
AC
28 OUTUBRO 2022
DIA MUNDIAL DA TERCEIRA IDADE
> 1856 - Inauguração do primeiro troço da linha férrea Lisboa-Carregado
DIA MUNDIAL DA TERCEIRA IDADE
> 1856 - Inauguração do primeiro troço da linha férrea Lisboa-Carregado
> 1869 - Criação do Comando Geral da Armada
> 1886 - França oferece a estátua da Liberdade aos EUA
> 1919 - EUA, proibição de venda de bebidas alcoólicas
> 1922 - Benito Mussolini inicia em Nápoles a marcha sobre Roma
> 1955 - Nasce Bill Gates
> 1958 - Cardeal Roncalli eleito Papa como João XXIII
> 1962 - Fim da crise dos mísseis em Cuba
> 1995 - Cavaco Silva completa um ciclo de permanência recorde como PM
> 2018 - Eleições presidenciais no Brasil
AC
AC
quinta-feira, 27 de outubro de 2022
ESTÁ TUDO MUITO COMPLICADO ?
LEMBRE-SE, DISTO:
Para a semana e graças designadamente a Costa, esta semana estamos bem melhor que, de certeza, para a semana que vem.
Costa teima em dizer que a culpa é só do Putin, do Xi, do Biden, da Ursula, do Macron, da globalização, da guerra, da inflação, etc., mas ele podia fazer um "poucochinho" diferente.
Lembre-se, as coisas podem sempre piorar. E vão piorar.
MAS QUEM PENSAM QUE ENGANAM ?
Claro que enganam muita gente, como se vê pelo resultado das últimas eleições.
Uma maioria absoluta, uma votação a colocar inarráveis como força política de relevo, etc.
Vem isto a propósito da prestação daquele sr que no nome tem "brilhante" mas que, com toda a franqueza,……….
Esse senhor, na sua arenga na AR durante o chamado debate (??) sobre a proposta de OE23 chamou à colação a austeridade e o governo PSD/ CDS e Pedro Passos Coelho.
Para os distraídos, foi uma tirada na sequência do desastrado líder parlamentar do PSD - sr PM não me venha falar outra vez da austeridade - mas, ciente de que posso estar enganado e sem premeditação a ser injusto, o sr brilhante falou como falou dirigindo-se ao líder parlamentar do PSD mas estava era a olhar para Belém.
Foi, na minha opinião naturalmente, a resposta ao inquilino de Belém que, para tentar que os holofotes dos OCS saíssem de cima dele, puxou Pedro Passos Coelho para a berlinda dos chamados factos políticos.
Posso estar enganado, mas estarei assim muito?
AC
27 OUTUBRO 2022
DIA MUNDIAL DO PATRIMÓNIO AUDIOVISUAL
> 1728 - Nasce James Cook
DIA MUNDIAL DO PATRIMÓNIO AUDIOVISUAL
> 1728 - Nasce James Cook
> 1807 - Tratado secreto entre França e Espanha para futura divisão/ partilha de Portugal
> 1858 - Nasce Theodore Roosevelt
> 1884 - Nasce Francisco Fernandes Lopes
> 1904 - Abre ao público o Metro de Nova Iorque
> 1949 - Egas Moniz galardoado com o Nobel da Medicina
> 1978 - Menachem Begin e Anwar Sadat galardoados com o Nobel da Paz
AC
AC
quarta-feira, 26 de outubro de 2022
SAÚDE
De há muito o digo mas repito mais uma vez.
Não consigo acertar no Euromilhões, sendo habitual acertar ZERO ou apenas num algarismo ou numa estrela.
Mas o verdadeiro Euromilhões é a saúde, ter saúde.
Naturalmente, aos 50, 60 ou agora nos 70 a saúde não pode ser como era aos 20 ou 30, mas ter uma saúde adequada à idade, sem coisas graves, isso sim é o verdadeiro Euromilhões.
Vem isto a propósito da saúde, dos meus, e das reflexões que venho fazendo, MAIS UMA VEZ, depois de cada visita a hospitais.
Já aqui referi várias vezes o porquê de eu ter um "poucochinho" (já ouvi isto em qualquer lado...) de conhecimento de diversos aspectos do sistema de saúde no meu país, SNS e privados. Desde 1970!
Nas últimas semanas, por infelizes circunstâncias, hospitais da Luz, Setúbal e Outão têm sido muito frequentados. Eu como acompanhante.
E o que eu vejo em Setúbal e no Outão, não joga certo com a propaganda de Costa como hoje ouvi na Assembleia da República (AR). É que nada bate certo. Gente a rodos, corredores cheios, ambulâncias constantes, esperas muito apreciáveis. Mas o pior é observar as pessoas, de todas as idades, observar as roupas, o calçado (??), o aspecto. Diz muito da realidade social, concreta, não a propagandeada.
Mas uma das coisas que me vem impressionando é que no caso do hospital da LUZ vejo muito mais gente por lá da que encontrava há cerca de 8 meses. Porque será?
Recordo também já agora, a minha última ida ao Cuf Tejo, onde estivemos há cerca de 8 meses e já nessa altura observei mais gente do que encontrara antes. Porque será?
Voltarei a este assunto.
AC
O HÁBITO NÃO FAZ O MONGE, e
PELA CARA NÃO SE PODE PRESUMIR NADA, MAS……
Calhou ver ontem o programa na SIC Notícias onde José Júdice faz comentário. Entre outras coisas desancou em Marcelo e Costa. Já somos pelo menos dois.
Mas o título deste curto texto tem a ver com o facto de Júdice ter mostrado a cara da criatura que este "absoluto desgoverno" escolheu para estudar a tarefa - 4 dias de trabalho! Tal como Júdice disse, para mim esta cena dos "4" é mais uma à Costa, poeira para enganar os tugas, os milhões de tugas que andam tão satisfeitinhos.
A cara da criatura cola perfeitamente com a cena dos "4".
Aguardemos.
AC
C O S T A
Estou a seguir a sessão na AR. Costa fala, apresenta as linhas relativas à sua proposta de OE23.
Acaba de dizer: estamos a cumprir com os portugueses e estamos a cumprir com Portugal.
É lícito dizer que se está a cumprir com os portugueses mas não com Portugal?
É lícito cumprir com Portugal e não cumprir com os portugueses?
Dúvidas patetas?
AC
26 OUTUBRO 2022
Dia Nacional Áustria
> 1863 - Criada a associação de futebol inglês, definindo as regras do jogo e estabelecendo competições. Nascia o futebol
Dia Nacional Áustria
> 1863 - Criada a associação de futebol inglês, definindo as regras do jogo e estabelecendo competições. Nascia o futebol
> 1881 - EUA, Tombstone, célebre duelo de pistoleiros "OK Corral"
> 1933 - Faleceu José Malhoa
> 1951 - Winston Churchill é PM de novo
> 1980 - Faleceu Marcelo Caetano
> 2001 - EUA, assinatura e entrada em vigor do Patriot Act
AC
AC
CONSELHO de ESTADO
no "sítio" da Presidência lê-se:
no "sítio" da Presidência lê-se:
Reunião do Conselho de Estado
21 de Outubro de 2022
O Presidente da República reúne o Conselho de Estado no próximo dia 28 de Outubro, pelas 15horas, no Palácio de Belém, com o único ponto da ordem de trabalhos: Análise sobre a situação económica e social em Portugal. (no comunicado O de Outubro é pequenino; escrevo como antes).
21 de Outubro de 2022
O Presidente da República reúne o Conselho de Estado no próximo dia 28 de Outubro, pelas 15horas, no Palácio de Belém, com o único ponto da ordem de trabalhos: Análise sobre a situação económica e social em Portugal. (no comunicado O de Outubro é pequenino; escrevo como antes).
A nossa Constituição estabelece o Conselho de Estado (CE) como o órgão político de consulta do Presidente da República (Art. 141º).
O CE é constituído por uma esmagadora maioria de membros que, OBVIAMENTE, está em concordância global com a linha política e económica definida e defendida pelo actual governo de maioria absoluta.
Será de esperar preocupações que contradigam o que António Costa vende? Hum…..
Mas outro aspecto interessante, para mim, vai ser observar depois o resultado da reunião, o que se vai saber.
É que o Art. 146º da CRP estabelece muito claramente que os pareceres do CE são emitidos na reunião que para o efeito for convocada e tornados públicos quando da prática do acto a que se referem.
Alguém já viu isto ser concretizado, ou seja, respeitado o que diz a CRP neste âmbito? Os portugueses serem informados com transparência do que se passou nos anteriores CE?
Em síntese, mais uma tirada de Marcelo para dar a entender que está muito preocupado. Haja paciência para aturar esta "betoneira retórica" (João Gonçalves dixit)
AC
terça-feira, 25 de outubro de 2022
AINDA sobre ADRIANO MOREIRA
Porque é pública, transcrevo esta (para mim) extraordinária apreciação sobre um homem. (sublinhados da minha responsabilidade)
Quem a ler com toda a atenção perceberá que, para lá do umbilical pai-filho, não se escondem coisas.
É meu entendimento que Adriano Moreira, ao longo da sua vida, foi um grande pensador, de grande elevação intelectual, doido pelo ensino e pela Academia, sempre coerente e intelectualmente honesto e independente, entendeu fazer e não fazer, aderir e não aderir, afrontar poderes se entendesse necessário, mas decidiu sempre pela sua cabeça e assente nos seus valores e na sua visão do mundo, visão do que lhe parecia serem os interesses e jogos de influência das potências.
Nessa visão creio que ambicionava que África e designadamente as nossas então colónias/ províncias ultramarinas ficassem na esfera do Ocidente.
Nessa visão creio que Adriano Moreira compreendia perfeitamente o importante e decisivo papel que a educação teria no desenvolvimento daqueles que hoje são países independentes.
A crítica e as opiniões devem ser sempre acolhidas, debatidas, argumentadas, mas sempre respeitadas, mesmo quando delas se discorde totalmente.
Para mim, Adriano Moreira não foi Salazarista e/ou Marcelista, não passou a vida a justificar dois anos do seu longo trajecto.
Como não se justificou porque aderiu ao CDS e o chefiou num curto período.
E pelo menos por tudo isto, parece-me incorreto considerar que esteve do lado errado ou do lado certo da história.
Essas definições deixo-as aos controladores das mentes, aos politicamente (in) correctos, aos das modas, aos que adoram reescrever factos do passado.
António Cabral (AC)
FILHO de UM HOMEM VELHO
Sou filho de um homem velho, e esse homem velho chama-se Adriano Moreira. Quando era pequeno - já o meu pai era velho -, o meu pai explicou-me, com a frontalidade trasmontana que lhe era característica, que eu ia deixar de ter pai muito cedo. Cresci marcado por este medo, que condicionou muitas decisões que tomei.
Em 2011, aceitei a inevitabilidade (da falta de controlo sobre o momento) da sua da morte, e decidi ir viver para Moçambique, consciente de que lhe poderia acontecer alguma coisa enquanto lá estivesse, ou de que já pouco o gozaria no meu regresso. Voltei em 2013 e, depois disso, tive ainda mais nove anos de pai. Este homem velho viveu até ser mesmo muito velho.
No dia em que parti para Moçambique, concebi esta carta. Guardei-a na minha memória até este momento em que, de certa forma, a imprimo.
É esmagador ser-se filho da figura pública do Adriano Moreira, por boas razões, mas esta carta é sobre o meu pai, e não sobre o Académico que teve duas passagens pela política.
O casamento dos meus pais é uma das histórias mais bonitas que pode haver sobre compromisso - entre meios sociais, interesses e gerações.
Este compromisso teve dois motores: a inteligência do meu pai (sempre e em tudo na vida, racional e institucionalista) e, antes disso, a pujança emocional e força interior da minha mãe, que se projeta em tudo o que faz.
A minha mãe é apaixonada - literalmente, apaixonada - pelo meu pai desde os tempos da faculdade. E dedicou a vida a este amor, que tem muito pouco paralelo. Foi esta mãe que, sobretudo na minha adolescência, funcionou como a lente que me permitiu ver melhor o pai que tinha. Nesse processo, apercebi-me de que a dimensão pessoal do meu pai era ainda superior à dimensão da figura pública.
Neste momento em que se multiplicarão os escritos e as homenagens à figura pública, sinto necessidade de trazer a público o meu testemunho sobre o meu Pai, o que acaba também por ser a minha forma de homenagem. Faço-o a título pessoal.
O meu Adriano Moreira:
O meu pai nasceu pobre. Era filho de um polícia e de uma costureira e lutou muito para chegar onde chegou. Era, literalmente, um self made man. Esta origem teve consequências e manifestações várias, que são o ponto de partida da minha admiração.
O meu pai encarava com naturalidade o facto de ter nascido pobre. Descrevia as limitações com que vivia e a vida na aldeia, e até as dinâmicas rico-pobre ali vigentes, de forma absolutamente factual/sociológica - sem lamentar a pobreza; sem invejar a riqueza. Mais importante, orgulhava-se da sua origem. Era transmontano de coração, e sempre lembrou - a nós e ao mundo - de onde vinha.
A relação que o meu pai tinha com a sua origem teve impacto na vida pessoal, mas teve também um impacto decisivo no seu pensamento político, com tradução em ideias muito simples: não é preciso limitar o sucesso de cada um, mas sim compensar as diferenças entre os vários pontos de partida, para que todos tenham oportunidade de sucesso; meritocracia, temperada com humanismo cristão. Lembro-me bem da primeira vez em que o meu pai me falou sobre a diferença entre igualdade à partida e igualdade à chegada...
Não tendo tido sorte no meio social (do ponto de vista do poder de compra, etc.), teve, no entanto, sorte nos pais: os meus avós, apesar do tempo em que viveram e do meio a que pertenciam, incentivaram e suportaram os estudos do meu pai (e da irmã...) até à faculdade. O meu pai não perdia uma oportunidade para lembrar - novamente, o orgulho na sua origem - que devia tudo aos meus avós, sem conseguir perceber, quando olhava para trás, como isso tinha sido possível. Passou os últimos tempos de vida preso a este pensamento e admiração, insistindo connosco para que não nos esquecêssemos que devíamos tudo ao meu avô, "António Moreira, sub-chefe da Esquadra de Campolide".
O meu pai explicava, a propósito da idade com que casou, que (para além de precisar da pessoa certa...) sentia que só poderia casar quando tivesse capacidade para sustentar uma família e os próprios pais. O meu pai era, por tudo isto, um homem profundamente agradecido!
Ao nível pessoal, este homem que nasceu pobre acabou por se casar com uma pessoa de um meio social bastante diferente, convivendo e vendo os seus filhos serem expostos a um ambiente que nada tinha que ver com o seu ponto de partida. E adaptou-se, com naturalidade: deu o que pôde aos filhos; deu o que nunca teve aos filhos - sempre e apenas com a preocupação de que não banalizássemos a nossa sorte à partida (isso sim, incomodava-o bastante).
Mas a generosidade foi, ainda antes disso, dirigida à minha mãe. O meu pai conseguiu sempre manter na esfera da minha mãe tudo o que lhe era querido, e onde não pôde manter, conseguiu parecido - tudo, em nome do respeito pela ligação umbilical da (família da) minha mãe a sítios, a lugares, a memórias; sempre, com máxima hospitalidade para todo o Clã Lima Mayer; em grande medida, com prejuízo para os seus próprios gostos e prioridades. O meu Pai era um homem profundamente generoso!
O meu pai era, também, um homem justo e decente. Ético. Seja na esfera pessoal ou profissional, tenha ou não estado certo se e quando decidiu, guiou sempre os seus processos de decisão por um imperativo de justiça e decência. Agia de acordo com a sua consciência; punha as questões de princípio acima de tudo o resto; fazia o que acreditava ser o mais correto.
Desta característica resultava outra, relacionada: o desprendimento. Com isto refiro a capacidade de aceitar, com dolo necessário ou eventual, as consequências negativas de decisões tomadas em nome dos seus princípios e do seu sentido de justiça. Porque esse é o verdadeiro teste de caráter.
Sou filho de um homem velho, e esse homem velho chama-se Adriano Moreira. Quando era pequeno - já o meu pai era velho -, o meu pai explicou-me, com a frontalidade trasmontana que lhe era característica, que eu ia deixar de ter pai muito cedo. Cresci marcado por este medo, que condicionou muitas decisões que tomei.
Em 2011, aceitei a inevitabilidade (da falta de controlo sobre o momento) da sua da morte, e decidi ir viver para Moçambique, consciente de que lhe poderia acontecer alguma coisa enquanto lá estivesse, ou de que já pouco o gozaria no meu regresso. Voltei em 2013 e, depois disso, tive ainda mais nove anos de pai. Este homem velho viveu até ser mesmo muito velho.
No dia em que parti para Moçambique, concebi esta carta. Guardei-a na minha memória até este momento em que, de certa forma, a imprimo.
É esmagador ser-se filho da figura pública do Adriano Moreira, por boas razões, mas esta carta é sobre o meu pai, e não sobre o Académico que teve duas passagens pela política.
O casamento dos meus pais é uma das histórias mais bonitas que pode haver sobre compromisso - entre meios sociais, interesses e gerações.
Este compromisso teve dois motores: a inteligência do meu pai (sempre e em tudo na vida, racional e institucionalista) e, antes disso, a pujança emocional e força interior da minha mãe, que se projeta em tudo o que faz.
A minha mãe é apaixonada - literalmente, apaixonada - pelo meu pai desde os tempos da faculdade. E dedicou a vida a este amor, que tem muito pouco paralelo. Foi esta mãe que, sobretudo na minha adolescência, funcionou como a lente que me permitiu ver melhor o pai que tinha. Nesse processo, apercebi-me de que a dimensão pessoal do meu pai era ainda superior à dimensão da figura pública.
Neste momento em que se multiplicarão os escritos e as homenagens à figura pública, sinto necessidade de trazer a público o meu testemunho sobre o meu Pai, o que acaba também por ser a minha forma de homenagem. Faço-o a título pessoal.
O meu Adriano Moreira:
O meu pai nasceu pobre. Era filho de um polícia e de uma costureira e lutou muito para chegar onde chegou. Era, literalmente, um self made man. Esta origem teve consequências e manifestações várias, que são o ponto de partida da minha admiração.
O meu pai encarava com naturalidade o facto de ter nascido pobre. Descrevia as limitações com que vivia e a vida na aldeia, e até as dinâmicas rico-pobre ali vigentes, de forma absolutamente factual/sociológica - sem lamentar a pobreza; sem invejar a riqueza. Mais importante, orgulhava-se da sua origem. Era transmontano de coração, e sempre lembrou - a nós e ao mundo - de onde vinha.
A relação que o meu pai tinha com a sua origem teve impacto na vida pessoal, mas teve também um impacto decisivo no seu pensamento político, com tradução em ideias muito simples: não é preciso limitar o sucesso de cada um, mas sim compensar as diferenças entre os vários pontos de partida, para que todos tenham oportunidade de sucesso; meritocracia, temperada com humanismo cristão. Lembro-me bem da primeira vez em que o meu pai me falou sobre a diferença entre igualdade à partida e igualdade à chegada...
Não tendo tido sorte no meio social (do ponto de vista do poder de compra, etc.), teve, no entanto, sorte nos pais: os meus avós, apesar do tempo em que viveram e do meio a que pertenciam, incentivaram e suportaram os estudos do meu pai (e da irmã...) até à faculdade. O meu pai não perdia uma oportunidade para lembrar - novamente, o orgulho na sua origem - que devia tudo aos meus avós, sem conseguir perceber, quando olhava para trás, como isso tinha sido possível. Passou os últimos tempos de vida preso a este pensamento e admiração, insistindo connosco para que não nos esquecêssemos que devíamos tudo ao meu avô, "António Moreira, sub-chefe da Esquadra de Campolide".
O meu pai explicava, a propósito da idade com que casou, que (para além de precisar da pessoa certa...) sentia que só poderia casar quando tivesse capacidade para sustentar uma família e os próprios pais. O meu pai era, por tudo isto, um homem profundamente agradecido!
Ao nível pessoal, este homem que nasceu pobre acabou por se casar com uma pessoa de um meio social bastante diferente, convivendo e vendo os seus filhos serem expostos a um ambiente que nada tinha que ver com o seu ponto de partida. E adaptou-se, com naturalidade: deu o que pôde aos filhos; deu o que nunca teve aos filhos - sempre e apenas com a preocupação de que não banalizássemos a nossa sorte à partida (isso sim, incomodava-o bastante).
Mas a generosidade foi, ainda antes disso, dirigida à minha mãe. O meu pai conseguiu sempre manter na esfera da minha mãe tudo o que lhe era querido, e onde não pôde manter, conseguiu parecido - tudo, em nome do respeito pela ligação umbilical da (família da) minha mãe a sítios, a lugares, a memórias; sempre, com máxima hospitalidade para todo o Clã Lima Mayer; em grande medida, com prejuízo para os seus próprios gostos e prioridades. O meu Pai era um homem profundamente generoso!
O meu pai era, também, um homem justo e decente. Ético. Seja na esfera pessoal ou profissional, tenha ou não estado certo se e quando decidiu, guiou sempre os seus processos de decisão por um imperativo de justiça e decência. Agia de acordo com a sua consciência; punha as questões de princípio acima de tudo o resto; fazia o que acreditava ser o mais correto.
Desta característica resultava outra, relacionada: o desprendimento. Com isto refiro a capacidade de aceitar, com dolo necessário ou eventual, as consequências negativas de decisões tomadas em nome dos seus princípios e do seu sentido de justiça. Porque esse é o verdadeiro teste de caráter.
Foram-lhe conhecidas muitas decisões de princípio, mas é interessante cruzar cada decisão com o contexto pessoal em que foram tomadas: o processo-crime contra um Ministro da Defesa, logo no início da sua vida profissional - acabou preso, depois de tanto esforço e privação para tirar o curso...; a demissão de Ministro do Ultramar, por não conceder na visão que tinha para a África - com a consequência da perda de estatuto de jovem estrela do regime; a proteção ao irreverente Bispo da Beira, em Moçambique (forte defensor dos direitos dos indígenas e do respeito pela diversidade de culto), pela via da publicação de artigos de opinião no Jornal da Beira - criando à PIDE o constrangimento de censurar um jornal onde escrevia um antigo Ministro, sem poder antecipar as consequências; o confronto com o pequeno Ministro da Educação e a consequente demissão de Reitor, para proteger o ISCSP - voltando oficialmente as costas ao regime no verão em que nascia o seu primeiro filho; e até, numa fase mais recente, a sua demissão de Presidente do Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior, por discordar das políticas de educação que estavam a ser adotadas - renunciando a um dos cargos que mais gostou de exercer, com adequação perfeita ao seu perfil e estatuto e que representava, dada a fase de vida em que já se encontrava, uma das últimas oportunidades que tinha para se manter no jogo.
A questão de princípio, neste caso, levou-o ao ponto de, já Senador, aceitar participar num programa de televisão a partir da plateia, para ter a oportunidade de expressar publicamente a sua divergência da política seguida pelo então ministro responsável pelo ensino superior (convidado no referido programa), que tinha idade para ser seu filho.
Este episódio pode não ter tido a importância de outros, mas marcou-me porque o vivi em casa, já universitário, e pude testemunhar o seu caráter e personalidade com os meus próprios olhos.
O meu pai era, para terminar, um grande pai de família. Tinha um amor profundo por cada um de nós, e um profundo respeito pela maneira de ser de cada um - de cada traço de personalidade, de cada idiossincrasia.
Sendo um homem que acreditava nas instituições, vivia a sua família de forma profundamente institucional. Preocupava-se com a minha mãe e connosco, antecipava e geria todos os cenários, incluindo o da sua partida.
Quando nasceu a minha primeira filha, disse-me, contrastando com o ambiente de euforia: "parabéns, nasceu-te uma responsabilidade até ao fim da tua vida". Quatro filhos depois, revisito esta conversa com muita regularidade...
Ironicamente, dada a força da sua personalidade e a diferença de idades, o meu pai cedo aceitou que a nossa família tivesse uma organização de base matriarcal, e era o primeiro e maior admirador da minha mãe.
Este episódio pode não ter tido a importância de outros, mas marcou-me porque o vivi em casa, já universitário, e pude testemunhar o seu caráter e personalidade com os meus próprios olhos.
O meu pai era, para terminar, um grande pai de família. Tinha um amor profundo por cada um de nós, e um profundo respeito pela maneira de ser de cada um - de cada traço de personalidade, de cada idiossincrasia.
Sendo um homem que acreditava nas instituições, vivia a sua família de forma profundamente institucional. Preocupava-se com a minha mãe e connosco, antecipava e geria todos os cenários, incluindo o da sua partida.
Quando nasceu a minha primeira filha, disse-me, contrastando com o ambiente de euforia: "parabéns, nasceu-te uma responsabilidade até ao fim da tua vida". Quatro filhos depois, revisito esta conversa com muita regularidade...
Ironicamente, dada a força da sua personalidade e a diferença de idades, o meu pai cedo aceitou que a nossa família tivesse uma organização de base matriarcal, e era o primeiro e maior admirador da minha mãe.
Sempre que estávamos sozinhos, gostava de me falar sobre isso, e salientava traços de personalidade da minha mãe e episódios concretos: o perfil de bombeiro da família; o altruísmo e a força interior; a capacidade que tinha de ler o coração de cada um dos filhos; a forma incondicional como arrancou para o Brasil no pós 25 de abril, largando uma família que na realidade é um clã, sem ter qualquer perspetiva de regresso, etc., etc., etc., etc...
O meu pai viveu demais, infelizmente, porque viveu o suficiente para perder um filho, o que foi um golpe fatal: porque, para além da dor da perda, isso aconteceu em contraciclo com o momento que, coletivamente, atravessávamos, e evidenciou que não é possível gerir e antecipar todos os cenários... Foi aqui que o meu pai percebeu que as coisas já não estavam na sua mão, o que acabou por ser fonte de tranquilidade - porque o medo que tinha da morte vinha do sentido de responsabilidade que tinha sobre nós.
Seis meses depois, assumiu a sua última responsabilidade - levar a filha mais nova ao altar -, após o que entrou, finalmente, em Tempo de Vésperas, tendo vivido até ao fim tranquilo, sem medo do que o esperava, a falar-nos dos seus pais e a fazer declarações diárias de amor à minha mãe.
Este, foi o meu Adriano Moreira.
João Moreira
O meu pai viveu demais, infelizmente, porque viveu o suficiente para perder um filho, o que foi um golpe fatal: porque, para além da dor da perda, isso aconteceu em contraciclo com o momento que, coletivamente, atravessávamos, e evidenciou que não é possível gerir e antecipar todos os cenários... Foi aqui que o meu pai percebeu que as coisas já não estavam na sua mão, o que acabou por ser fonte de tranquilidade - porque o medo que tinha da morte vinha do sentido de responsabilidade que tinha sobre nós.
Seis meses depois, assumiu a sua última responsabilidade - levar a filha mais nova ao altar -, após o que entrou, finalmente, em Tempo de Vésperas, tendo vivido até ao fim tranquilo, sem medo do que o esperava, a falar-nos dos seus pais e a fazer declarações diárias de amor à minha mãe.
Este, foi o meu Adriano Moreira.
João Moreira
FOTOGRAFIAS HISTÓRICAS
Ao vasculhar o arquivo de milhares de fotografias, encontram-se sempre preciosidades.
Esta é uma delas, e reporta-se a uma das fases mais caricatas da história recente do Portugal virador de páginas.
Nunca esclarecida cabalmente, até para não se incomodar umas certas excelências!
PORTUGAL e os seus AEROPORTOS
Ou seja, quase se pode dizer que, afinal, de 1974 até hoje temos os mesmos Lisboa, Porto Faro.
Não vou agora debruçar-me acerca dos aeroportos na Madeira, Porto Santo e nas ilhas dos Açores.
No que se refere ao Continente, podemos avaliar as coisas de diferentes perspectivas.
No que respeita a Lisboa, há a frase estafada de que há 60 anos que se pensa (??) num outro aeroporto principal, substituto da Portela, que foi baptizado de Humberto Delgado.
Mas podemos ver as coisas de uma forma mais brutal.
Pensar o que aconteceu em dois períodos distintos: 1926-1974 e 1974-2022.
1926 - 1974
Deste período retira-se que em 1974 existiam os aeroportos de Lisboa/ Portela, Porto/ Pedras Rubras e Faro.
Adicionalmente, temos de considerar que em 1964 foi criada a Base Aérea nº 11 nos arredores de Beja, que veio a ter uma conexão civil.
Esta base foi construída essencialmente para, com base em acordo com a Alemanha, proporcionar facilidades de treino a aviões da força aérea Alemã.
Apenas em 1970 se iniciaram as actividades com aviões Alemães, os famosos (por más razões) F-104.
Apenas em 1970 se iniciaram as actividades com aviões Alemães, os famosos (por más razões) F-104.
Por razões de organização interna, a Alemanha deixou de utilizar a base com essas aeronaves em 1973.
A partir desta data, a base passou a servir de apoio a aviões militares quer da nossa Força Aérea quer da Força Aérea Alemã e, ainda, a aviões comerciais da Lufthansa e TAP, para voos de treino.
1974 - 2022
Em Outubro de 2022, continuamos com a palhaçada à volta do futuro aeroporto substituto do de Lisboa.
Gastaram-se entretanto milhões de euros em estudos e ajustes.
As possíveis / sucessivas localizações do novo aeroporto têm constituído uma das mais vergonhosas telenovelas nacionais.
As prestações de António Costa e do seu amigo / inimigo Pedro Nuno Santos falam por si.
Ou seja, continuamos com Lisboa/ Humberto Delgado, a abarrotar, Faro, e Porto/ Sá Carneiro.
Mas temos Beja.
Houve um novo acordo Luso-Alemão sobre a utilização da Base Aérea nº 11, em 1979, a que se seguiu a instalação de aviões Alpha-Jet, da Força Aérea Alemã.
Adicionalmente, a nossa Força Aérea ali foi colocando diferentes tipos de aeronaves.
Em 1993, o Acordo Luso-Alemão sobre a utilização da Base não foi renovado o que determinou o fim da atividade da Força Aérea Alemã no nosso país.
Em 2000, o governo chefiado por António Guterres iniciou um estudo de viabilidade do aeroporto de Beja, começando as obras em 2007, e terminadas em 2009.
Em 2000, o governo chefiado por António Guterres iniciou um estudo de viabilidade do aeroporto de Beja, começando as obras em 2007, e terminadas em 2009.
Em 2011 houve o voo inaugural.
Mas, em termos crus, daí para cá o aeroporto está normalmente ás moscas.
Com o intuito de ver se reanimam o desgraçado, parece haver a intenção de fazer uma auto-estrada entre Sines e Beja.
Ou seja, quase se pode dizer que, afinal, de 1974 até hoje temos os mesmos Lisboa, Porto Faro.
Ah, adicionalmente temos Beja, que está basicamente ás moscas.
Foram estoirados milhões de euros em estudos, avaliações e outras tretas para um sucedâneo ao de Lisboa.
Diz-se que várias elites (algumas já falecidas) desde 2005 desataram a comprar terrenos na OTA, Vila Franca de Xira, Coruche, Benavente, Montijo, Alcochete, Rio Frio, Pinhal Novo, Alverca. Um forrobodó!
Será que vão comprar perto de Santarém?
Ah, mas temos várias "maquetes" de aeroportos.
Portugal no seu melhor.
AC
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