Que eu me recorde, esta é uma prática dos últimos anos.
Se tentaste fazer alguma coisa e falhaste, estás em bem melhor posição que aqueles que nada ou pouco tentam fazer e alterar e são bem sucedidos. O diálogo é a ponte que liga duas margens. Para o mal triunfar basta que a maioria se cale. E nada nem ninguém me fará abandonar o direito ao Pensamento e à Palavra. Nem ideias são delitos nem as opiniões são crimes. Obrigado por me visitar
terça-feira, 31 de outubro de 2023
Que eu me recorde, esta é uma prática dos últimos anos.
PACIÊNCIA e RIGOR
Sendo dotado de enorme paciência, e no meio das tarefas de avô que com um neto de 20 meses é "full time job", arranjei pequenos períodos de tempo ontem de tarde para ir olhando o televisor e escutar as múltiplas arengas destiladas no Parlamento. Sim, a propósito do que chamam "debate (??) na generalidade da proposta de OE 2024".
Hoje resolvi dar mais três olhadas ao televisor, não mais de 15 minutos cada.
Nada de surpreendente, nem vindo,
- do palhaço Ventura que no meio daquele teatro de mau gosto diz umas quantas verdades,
- dos tristonhos do PSD que também dizem umas quantas verdades,
- do inarrável rapazinho que encontra muitas lacunas, espeta o dedo e anuncia abster-se,
- da inarrável Real,
- da cassete ainda que aponte verdadeiras desgraças reais na nossa sociedade,
- da que já se arrependeu dos disparos de tinta,
- do cada vez mais insuportável e inchado "baço",
- de iniciativas,
- nem vindo do maior aldrabão político das últimas décadas.
Entre, uns quantos desaforos, uns quantos arrufos, e a doce meiguice de Costa de discurso para com BE e PCP, uma das coisas que se verifica mais uma vez é, aqui e ali, uma ausência de rigor.
E Galamba a encerrar a coisa é inarrável.
E por rigor lembrei-me uma vez mais de Eça.
Rigor e honestidade intelectual continuam a faltar em muitos e em Costa é marcante. Vá lá, não foi ainda acusar D. Afonso Henriques pelas desgraças nacionais.
Deixo o Eça e o seu rigor.
AC
segunda-feira, 30 de outubro de 2023
Edmundo Martinho mantém que ministra 'sabia de tudo'
Ex-provedor garante que Ana Mendes Godinho estava a par do processo de internacionalização da SCML. A promoção a vice-provedor de um dos vogais da última administração é outra questão por esclarecer.
Edmundo Martinho, ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e responsável pelo projeto de internacionalização cancelado pela atual administração, insiste que a tutela estava a par de todo o processo e das várias operações nos PALOP e na América Latina, incluindo no Brasil. Reclama “decência e respeito”, uma vez que não foi ouvido nem avisado das auditorias à Santa Casa Global e à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) requeridas pela atual administração presidida por Ana Jorge. “Soube pelo Marques Mendes [no comentário semanal] das auditorias”, contou o ex-provedor ao Nascer do SOL. Estranha ainda que os membros da anterior administração se mantenham na mesa apesar de terem votado todos os investimentos que envolveram a operação internacional.
Ana Vitória Azevedo e Sérgio Cintra são dois dos membros que transitaram da anterior administração. Ana Azevedo foi mesmo promovida a vice-provedora e Sérgio Cintra mantém-se com os pelouros da Ação Social. O facto destes dois membros continuarem como administradores, e a própria promoção de Ana Azevedo a vice-provedora, foi uma questão levantada pelo líder parlamentar do PSD no último debate quinzenal. Miranda Sarmento perguntou, Costa tentou escapar e só respondeu depois da insistência do líder da bancada laranja. A resposta foi rápida e fugidia: “Ao contrário do que dizem, não me meto na gestão de outras instituições e limitei-me a dar o acordo à escolha da nova provedora que me foi apresentado pela ministra”.
Quanto ao desconhecimento da tutela, assegurado por Ana Jorge e Ana Mendes Godinho no Parlamento, o ex-provedor garante que não é verdade. “No plano de atividades e no orçamento estão explícitos o volume de investimento e o calendário de retorno”. E adianta que, especificamente, “no orçamento, há uma rubrica de investimentos financeiros que foram aprovados pela tutela”. Além disso, afirma que “todos os documentos foram votados por unanimidade”. O ex-provedor, que não foi ainda ouvido no Parlamento, por não ter sido aprovada pelo PS a sua audição, refere que, além da constituição da empresa e da aprovação de cinco milhões de euros para o capital social da Santa Casa Global – a empresa criada em 2020 para a internacionalização dos jogos –, a tutela tinha conhecimento de todos os investimentos e da estratégia. O antigo provedor reclama que Ana Mendes Godinho nunca lhe fez saber que tinha explicações ou esclarecimentos a pedir sobre a estratégia que estava a seguir: “Não sei de pedidos que tenham ficado por esclarecer”.
A ministra garantiu em audição parlamentar que autorizou o processo de internacionalização assim como a constituição da sociedade Santa Casa Global. No entanto, nesse mesmo despacho estabeleceu regras, sendo uma delas que “os posteriores investimentos devem ser sujeitos a autorização da tutela”. Apenas dos iniciais 5 milhões. Conforme foi noticiado, o investimento da Santa Casa Global já atingiu o valor de 27 milhões de euros. 22 milhões de euros só no Brasil, valores esses que Ana Jorge considera que podem estar perdidos. Na demonstração de resultados das contas da Santa Casa Global verifica-se que, além dos cinco milhões de euros de capital inicial, foram transferidos da SCML mais 18 milhões acrescentados de 5 milhões para cobrir perdas. Para Moçambique, foram feitos empréstimos de cerca de 800 mil euros e uma provisão de 1,78 milhões.
Em maio deste ano, a nova administração pediu uma “avaliação estrutural da situação financeira” da Santa Casa. E, segundo Ana Mendes Godinho, foi no seguimento desse processo que foram detetadas “irregularidade administrativas e financeiras relativas à autorização de saldos por parte das Finanças”. Foram então desencadeadas duas auditorias, uma interna e outra externa, independente, assim como a reavaliação das contas dos dois anos anteriores. No seguimento dessa reavaliação e auditoria, a nova administração remeteu para a Procuradoria-Geral da República os indícios que quer ver investigados por ter detetado “irregularidades”. Ana Jorge, no Parlamento, assegurou que “muito do que encontrámos a senhora ministra desconhecia”.
NUM PAÍS ,
Este é o segundo trimestre consecutivo com decréscimos nas transações de bens, acentuando-se face ao período entre abril e junho, quando foram registadas quedas de 4,7% nas exportações e de 6,4% nas importações.
28 de outubro de 2023
O Presidente da República efetuará uma Visita Oficial à República da Moldova nos dias 30 e 31 de outubro, a convite da Presidente Maia Sandu.
Em Chisinau, o programa inclui encontros de trabalho com a Presidente da República, o Primeiro-Ministro e o Presidente do Parlamento e ainda uma cerimónia de deposição de coroa de flores no Monumento em honra de Estevão o Grande. O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa dará também uma palestra a alunos da Universidade Estatal da Moldova e fará uma intervenção no Fórum Empresarial Moldova-Portugal.
Durante a visita, encontra-se ainda prevista a assinatura de uma Carta de Intenções para cooperação no âmbito académico entre o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e o Conselho Nacional de Reitores da Moldova e de um Memorando de Entendimento entre a AICEP Portugal Global - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e a Agencia Invest Moldova (do sítio da Presidência).
Não faço a mínima ideia.
De qualquer forma atrevo-me a pensar que um dos Eças poderia ser convidado.
domingo, 29 de outubro de 2023
Neste final de Domingo, o meu profundo obrigado.
Já deverá ter acabado neste final de Domingo de mudança de hora a 5ª edição dos Encontros de Cascais.
Uma iniciativa anual do Expresso com o apoio da AON, Deloitte e Câmara de Cascais, e que decorrem normalmente na Cidadela de Cascais.
Este ano, aparentemente, os temas colocadas aos participantes são pelo menos os seguintes: guerras, demografia, reforma da justiça, crise internacional, inteligência artificial. Certamente que de muito mais falarão, e de certeza como aguentar as complicações financeiras de alguns.
Parece que entre os vários oradores convidados estão nomes como os de, Francisco Seixas da Costa, António Vitorino, Maria João Valente Rosa, Henrique Gouveia e Melo, Raquel Vaz Pinto, Rui Pinto Duarte, André Martins, Pedro Domingos e Gonçalo de Almeida Ribeiro.
Nas quatro anteriores edições terão ponderado, entre muitos outros temas, coisas como, liberdade de imprensa, redes sociais, democracia directa, populismo, reservas de gás, globalização, fiscalidade, desinformação.
. . . . .
A cozinha era uma espessa massa de tons e formas negras, cor de fuligem, onde refulgia ao fundo, sobre o chão de terra, uma fogueira vermelha que lambia grossas panelas de ferro, e se perdia em fumarada pela grade escassa que no alto coava a luz. Aí um bando alvoroçado e palreiro de mulheres depenava frangos, batia ovos, escarolava arroz, com santo fervor. . . Do meio delas o bom caseiro, estonteado, investiu para mim jurando que "a ceia de Suas Inselências não demorava um credo".
. . . . .
sábado, 28 de outubro de 2023
Em mais um dos diários discursos, intervenções, comentários, respostas a jornalistas, explicações a jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa deixou ao "povo" mais uns alertas.
Na sua recente conversa perante a audiência de economistas Marcelo trouxe à colação aspectos como, confiança, autoridade, emoção, razão, sistemas políticos, liderança, democracia, política e partidos políticos, luta político-partidária, ciclos políticos, realidades, alternativas políticas, estabilidade política, imprevisibilidade, decisões políticas. Falou do aeroporto.
sexta-feira, 27 de outubro de 2023
"Em Portugal, falta foco, prioridades e capacidades de fazer reformas.
UNIDADE HOSPITALAR, REBENTADA
Depois de, desde há dias e sem pressas, reler sobre o "Exodus", reler vários artigos antigos, livros, reler pedaços diversos de história mundial, recordar conversas sobre geopolítica e relações internacionais que tive com estrangeiros, e recordar conversas que tive com "alguém" que assistiu no local logo a partir do 2º dia da guerra do Yon Kippur, ao corrupio incessante de aviões militares de carga americanos a pousar nas Lajes, reabastecer, e seguir para Israel, algumas palavras sobre a presente tragédia, que é a mesma de sempre, apenas variando contornos.
Mantenho muitas dúvidas, desconfio de todos os protagonistas.
Os interesses, de todo o lado, continuam a prevalecer.
Antes de prosseguir, recordar que em 1978, neste dia 27 de Outubro, Menachem Begin e Anwar Sadat foram galardoados com o Nobel da Paz.
PAZ! . . . . . . . . . .
FACTO - Existia, em Gaza. Deixou de existir.
FACTO - Muito provavelmente, centenas de mortos, centenas feridos.
FACTO - Alguém e algo fez aquilo explodir.
1ª hipótese - origem israelita.
2ª hipótese - origem Hamas, involuntária, ao estarem eventualmente a retirar material que tinham lá escondido/ armazenado, ou a dispararem engenhos de muitíssimo perto dali. Bem sei que eles não se escondem nos edifícios civis, não cavam túneis, etc.
3ª hipótese - origem de outrem, interessada em culpar Israel.
4ª hipótese - origem de afiliado terrorista, desastrado, disparando relativamente abrigados perto da zona do hospital, acidental, portanto.
Guerra da informação
- Em crescendo.
- Do lado de Israel, desmentindo.
- Do lado do Hamas e dos muitos amigos, desmentindo também que foram eles.
- O autor nunca se confessará publicamente.
- Interessante como o Hamas indicou logo e com precisão o nº de mortos. Foram 500 e não, por exemplo, 489 ou 523; mais recentemente lá mandou dizer que eram outros os números; a probabilidade de tudo o mais ser diferente do anunciado inicialmente é também enorme.
- Lamentável, como se reproduz incessantemente tudo vindo do Hamas e acólitos, sem uma tentativa deontológica de esperar por avaliação, contraditório. Inarráveis ditos jornalistas e criaturas da ONU, sempre a contarem o mal contado, o tendencioso.
- Mas, do lado Israelita, penso que as coisas também têm que ser ponderadas com muita mas muita cautela.
Eu não percebo praticamente nada destas coisas mas já me interroguei se naquela zona não haveria aquíferos, mas creio que sim. Água potável, ou nunca foi tratada?
Israel é independente desde 1948. Hamas foi aparentemente criado em 1987. Creio legítimo afirmar que as acções do Hamas e de outros foram enfraquecendo a Autoridade Palestiniana.
- dificuldades da gestão do processo de paz no Médio Oriente,
- os interesses dos EUA, Israel, Rússia, China, Turquia, Irão, Arábia Saudita etc. prevalecem,
- não creio verdadeira isto é, com correspondência na realidade, a afirmação de que antes judeus e palestinos e árabes sempre se deram bem,
- dirigentes Alemães deslocaram-se a Israel.
A minha síntese:
O ditado português creio que aqui se aplica - começou mal, tardará ou nunca se endireitará.