sexta-feira, 30 de setembro de 2016

CONTORCIONISMO
É uma actividade de grande parte de políticos, elites, titulares de órgãos de soberania e jornalistas.
Um dos últimos exemplos parece-me ser o artigo de São josé de Almeida, Público, acerca da louvável democrática e humanista organização que foi a LUAR.
Aliás, confere com as condecorações outorgadas a algumas das chefias dessa organização. Para não falar de outra sinistra.
O regime antes do 25 de Abril era, no mínimo, deplorável em vários aspectos. Mas assassinar, tanto concretizou a PIDE/ DGS como outros antes e depois do 25 de Abril. 
O resto é conversa da treta.
AC
MAS ONDE É QUE ESTÁ O ESPANTO?

Qual espanto, qual continua a ser um enigma! está a brincar?

Digo eu! 

António Cabral (AC)


Mudar algo para que tudo fique na mesma

Publicado por Vital Moreira

Enjeitando de todo em todo as recomendações do grupo de peritos nomeados para pensar o futuro do sistema de saúde dos funcionários públicos, o Governo preferiu seguir as posições do sindicatos da função pública e dos partidos da aliança parlamentar e manter a ADSE na esfera pública, agora sob a forma de instituto público com participação dos beneficiários na sua gestão.

Continua a ser um enigma saber porque é que um Estado que constitucionalmente tem de manter um SNS universal (ou seja, para toda a gente) há de assegurar paralelamente um sistema de saúde privativo para o seu pessoal. A única explicação para essa regalia é a de que os funcionários públicos são uma importante constituency eleitoral...
INTERIOR de PORTUGAL CONTINENTAL
DESPOVOAMENTO - ou despovoação, é o acto ou efeito de despovoar ou seja, tornar desabitado. Despovoado, é um lugar ermo. Mas neste desgraçado País, e particularmente com os jornalistas da casa em que uma maioria são jornalistas da treta (também não admira olhando a certas professoras que têm/tiveram), é sempre atirada a palavra "desertificação". Indo a dicionário, por exemplo Editora 7ª edição, desertificação é acto ou efeito de desertificar, e desertificar é tornar desértico, transformar em deserto, desarborizar e, de facto, também aparece a palavra despovoar. Mas desertificar, desarborizar, creio que tem mais a ver com árvores e florestas do que com pessoas, ao contrário de despovoar (povo, certo?).
Quem sou eu para estar a dar palpites acerca da língua, adiante.
Indo ao que me traz aqui, esta manhã ouvi no carro que andará para aí no ar uma intenção de pagar mais 1000,00 € a médicos que se desloquem para o interior. Boa intenção.
É uma boa intenção povoar o interior, sobretudo depois de muitas décadas de ordenamento territorial desastroso, já vigorando no início do século XX, e acelerado depois do 25 de Abril. 
Sim, porque pelas auto-estradas teoricamente há ida e volta mas, se para lá de uma linha de 40/ 50Km da costa não há indústria, serviços, comércio, turismo a sério, acelera-se apenas a saída para mais perto do litoral.
Subsidiar o emprego no interior (estou a lembrar-me do distrito de Castelo Branco que conheço bem) é sempre outra ideia a poder passar pelas cabecinhas de certa gentinha.
Mas, se olharmos por exemplo ao que se passa nos concelhos de Penamacor,  Castelo Branco,  Idanha-a-Nova, podemos ficar com uma ideia mais clara das dificuldades actuais. O velho ditado de cortar a árvore versus obter a floresta é bem actual.
E então se olharmos à propaganda que certos autarcas insistem em fazer..................
Além disso, e só olhando a médicos, os especialistas (por exemplo cardiologistas) não podem ficar grudados no interior, tem que se arranjar um programa em que eles com regular periodicidade se desloquem aos grandes hospitais (Lisboa, Porto, Coimbra) para aquela coisa "simples" que é não perderem a mãozinha (ex: operações para colocação de pacemaker). Enfim, detalhes vários, que Galambas e quejandos nunca equacionam, seja a propósito de médicos, indústria, comércio, etc.
Aguardemos, com muita paciência.
AC

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

FUTEBOLÊS.....
Acabo de saber que hoje se encerrou mais uma etapa de futebol Europeu, com 4 equipas nacionais a confirmarem a "excelência" da eficácia dos nossos jogadores, das nossas equipas, do nosso futebol.
Começou com o Sporting que ganhou mas que me dizem desperdiçou em série. Prosseguiu com os desastres do Benfica e do Porto, e confirmou-se esta tarde com o desastre do Braga, que creio jogou parte do encontro contra 10 adversários. Apesar da mediocridade habitual do nosso futebol, embora a espaços se consigam proezas, como o recente Europeu, somos esmagados nas TV (não eu, que vejo muito pouco), com antevisões, com filmagens em directo de deslocações dos autocarros das equipas, com imagens dos estádios, muito antes, antes e depois dos jogos, com mini entrevistas logo após os jogos, com grandes conferências de imprensa antes e depois dos jogos. Que horror.
Se isto é assim, com o fraco nível de futebol que se conhece, com as dívidas assombrosas dos clubes e que o fisco nada faz nem a CMVM, com a promiscuidade de dirigentes de futebol com políticos de todas as cores, como seriamos anestesiados se nada disto que digo atrás não fosse a realidade triste que é, se fosse muito melhor?
AC
TROPECEI NISTO.........NEM QUERIA ACREDITAR
Entregámos os primeiros F16 à Roménia, prova da capacidade das indústrias nacionais de Defesa para projetos tecnológicos de elevado valor.

Presumo que o que coloquei em cima não foi forjado, que corresponde ao que o político que foi empossado como PM disse realmente.
Neste pressuposto, o que por vezes escrevi até hoje como apreciação política, intrujão, aldrabão, intelectualmente desonesto, etc, só pecam por brandura. Não há pachorra.
Ainda nem há muitos anos, foi-me dito nas OGMA, se faziam cá os rebites para estas aeronaves, quanto mais tecnologia de elevado valor.
AC
Na cidade de Medina
Medina, com a sua carinha de bebé, vai levando a sua adiante.
A TVI faz o favor de lhe dar palco semanal, comentador encartado, especialista CPN, como muitos outros CPN de cores várias, que palram semanalmente nos diferentes canais. Muitas vezes, alguns, aparecem mais amiúde.
Ah, não sabem o que é CPN? Simples: C de competente, P de porra, N de nenhuma. É isso, competente de porra nenhuma.
Passei hoje no Saldanha. Vejam.
É isto que se vê de um dos lados da praça. 
A fotografia não dá, minimamente, a ideia do granel ali instalado. E da poeira que esvoaça. Esperem pelas chuvas. Qualquer Lisboeta sabia, perfeitamente, a imperiosa necessidade em alterar o Saldanha, não é?
Mas andando depois a pé, por um lado e depois pelo outro da avenida da República, fica-se com uma noção ainda mais clara da loucura  promovida por Medina e seu vereador arquitecto. E não só nestes locais. É ir à 24 de Julho, é ir ao troço entre o Campo das Cebolas e Sta Apolónia. Felizmente, digo eu, houve bronca grossa quanto à 2ª circular. Palpita-me que já dificilmente vai avançar, pois seria Inverno e depois Primavera dentro e já mais perto, portanto, das eleições autárquicas. Aí talvez os Lisboetas estivessem menos esquecidos.
Mas andem por outras zonas de Lisboa. Por exemplo na Baixa, onde a espaços sobrevem um mau cheiro terrível. Lisboa está um encanto de vida fácil para pedestres e condutores. Imagino que os condutores dos autocarros andem muito contentes.
"Ganda Medina", força. Lisboa continua bem servido de autarcas. Felizmente, ainda não conseguiram igualar Abecassis. Lembram-se da impossibilidade dos carros de bombeiros subirem a rua do Carmo?
Os actuais não são tão maus, mas prosseguem a leviandade.
AC

O ESTADO a que CHEGÁMOS
NEGRO!
Alguns pensarão - estás a bater muitas vezes na mesma tecla.
Paciência. Continuarei a aguardar por comentários e contraditórios construtivos e, sobretudo, gostava que instrutivos e esclarecedores.
Há copos cheios, copos vazios, com os cofres idem, garrafas meio cheias meio vazias. Para todos os gostos. E se a opinião de cada um deve ser respeitada e eu respeito concordando ou discordando, convirá olhar a factos. Sem esticar ou encolher nenhum eixo seja de que gráfico for.
Infelizmente não me devo enganar. 
O meu desgraçado País não está a sair da cepa torta. Vai piorando. Andamos com afectos e homenagens a torto e direito, repescando este e aquele, medalhando aqui e acolá, esquecendo sempre o mal que alguns fizeram ao País, porque há vida para lá disso, não é?. 
Mas, e a realidade?
A realidade transmitida pelos media é mais do que uma, e sempre aveludada nuns casos, ou amargada em outros. As zangas dos sindicatos desapareceram, as greves quase idem, como se os problemas tivessem sido solucionados em seis meses. Não se consegue saber com rigor e honestidade intelectual quem está quem saiu quem regressou.
Os media referem coisas e omitem parte dos factos, como por exemplo, que um dado personagem anos atrás assaltou com outros o paquete Sta Maria, mas esquecem, convenientemente, que os assaltantes assassinaram.
A senhora que, empregada em duas casas do prédio de uma idosa que bem conheço, está a implorar para lhe ser outorgada pelo condomínio a limpeza das escadas, é uma outra realidade.
As mortes em 4 de Setembro salvo erro, no curso de comandos, e parece que apenas há dois dias foi designada uma procuradora especial (??) para investigar o caso, enquanto no "sítio" do Exército  se encontra um comunicado em que se pode ler - Devido à complexidade do processo, prevê-se que o relatório final da inspeção esteja concluído até ao final do corrente ano - é uma outra realidade.
Desfilar realidades é infindável. Não cabe aqui.
Desde a adesão ao euro que se vive uma anemia económica inacreditável. Dizer anemia é ser simpático.
As desigualdade aí continuam, porventura agravando-se.
PSD e CDS dizem e apresentam gráficos que mostram certas tendências. O PS apresenta outros gráficos que ilustram tendências opostas. A nenhum deles cresce o nariz. Nem aos do PCP, Melancias e BE.
Mas estamos no bom caminho, como se vê, observando os sacos de quem sai dos supermercados, o que se pede ao sapateiro (como observei hoje), o que se pede na farmácia, o que se almoça (??) no café, o que se compra em grandes armazéns, e por aí fora. 
Visitem o que fica para Leste de uma linha imaginária de Norte a Sul traçada a cerca de 50 Km da costa Ocidental. E verão o progresso e desenvolvimento do País.
AC

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

As verdades.
Que tipos políticos de verdades?
Todas. Meias. Poucas.
Verdades inconvenientes.
A verdade é filha do tempo.
Ah, e muito em voga, as verdades politicamente correctas.

Isto referido, se é comum dizer-se - "podeis enganar toda a gente um certo tempo, podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo, mas não vos será possível enganar sempre toda a gente" - o que é para mim terrível é que me parece que continua a existir uma esmagadora maioria enganada com o rumo do País. Rumo descendente, desde há pelo menos 15 a 20 anos.
Será que afinal só em Portugal é que é possível enganar sempre quase toda a gente?
AC
MAIS DEPRESSA se APANHA um POLÍTICO que um COXO 
"António Domingues, o novo presidente da Caixa, afirmou na comissão parlamentar de inquérito ao banco público que "não foi formalmente incumbido para fazer essa auditoria". Referia-se a uma auditoria que em comunicado de 23 de junho de 2016 o Governo determinou que iria fazer-se. 
O atual presidente da CGD referiu ainda que "o que está a ser feito na Caixa é um exercício rigoroso" para se apurar as necessidades de capital efetivas do banco. Ou seja, está a fazer-se "um trabalho de avaliação". Quanto à auditoria solicitada em conselho de ministros de 23 de junho, assegurou que não tem conhecimento, nem que ninguém lhe pediu ainda para o fazer".

Digam lá que isto não é um espectáculo? Quanto a rigor, não vale a pena fazer nenhum trabalho de avaliação, porque a não ser para os trouxas é que ainda restam dúvidas, he, he, eh, eh, ih, ih, .......
E cada vez fico mais aflito ao ver esta gentinha que nos desgoverna, destrói, e ao pensar em quem poderia ser alternativa. Estou bem tramado. Alternativa? Procura-se, desesperadamente, e continua a não se encontrar.
AC

POR AÍ
AC

terça-feira, 27 de setembro de 2016

AINDA A PROPÓSITO do TTIP
Repesco post anterior, em baixo.  Uma emenda a fazer, em primeiro lugar: dei-me conta que escrevi mal, é glifosato e não glifofosfato. Creio que agora está certo.
Em 2º lugar, para quem sabe pouco destas coisas, até porque não são publicamente debatidas, é sempre fácil numa primeira fase atirar umas frases à cara das pessoas menos informadas sobretudo tendo a carga de professor conhecedor. Como sei pouco disto, mas ando a tentar diminuir a minha ignorância direi apenas mais o seguinte:
> creio que o TTIP é um acordo de livre comércio e investimento. Estou enganado? Creio que não.
> assim sendo venham-me cá dizer que a questão dos alimentos está de fora do TTIP, ou que os serviços públicos serão mantidos fora do tratado que desesperadamente andam a tentar aprovar, ou que a UE praticamente não autoriza alimentos geneticamente modificados. Pormenor aqui é - "praticamente".
> ah, também andam por aí artistas a dizer que existe a maior transparência nesta matéria, e que não, não haverá harmonização com os EUA das normas sobre as regras que vigoram na UE nas áreas alimentar e ambiental.
POIS!
Claro que o glifosato e demais químicos nada têm a ver com o TTIP. NADA. E só passa o que for validado pela Agência Europeia de Segurança Alimentar. E por outras agências para outras questões. "Tá claro".
AC


É SEMPRE BOM SABER DE QUE LADO ELES ANDAM

QUARTA-FEIRA, 21 DE SETEMBRO DE 2016

É bom saber...

.".. que o Governo português subscreveu com vários outros governos uma carta à Comissão Europeia a apoiar o empenho nas negociações do acordo de comércio e investimento entre a UE e os Estados Unidos (TTIP).
Quando os populismos de vários matizes se juntam à habitual hostilidade da extrema-esquerda e da extrema-direita contra a política de comércio externo da UE, é reconfortante saber que há governos que não cedem à vaga protecionista e nacionalista".

Como tudo na vida, digo agora eu, certamente que o TTIP terá diversas vantagens.
Mas, só por exemplo, porque não fala Vital Moreira em alguns aspectos que se não são negativos, deixam pelo menos muitas interrogações, que deviam ser publicamente esclarecidas e divulgadas?
Exemplo: o glifofosfato, mas sobretudo as "mistelas" químicas em que ele entra e usadas abundantemente por Monsanto (poderosa multinacional americana e não a belíssima aldeia da Beira-Baixa), a Sysgenta, e muitas outras, na pulverização de milhares de hectares de milho soja e outras trampas transgénicas.
São negócios de milhões de milhões.
Vital Moreira, que andou meio mundo a tratar deste assunto, creio que nunca aborda com detalhe os prós e os contra do TTIP. Penso que apenas os prós. Posso estar enganado mas há coisas que nunca esquecem.
AC
DO TEMPO PRESENTE
A banda dos impostos
toca música sem parar
são poucos os dinheiros
tanto temos que pagar

AC
"OS PEQUENOS ACTOS QUE SE EXECUTAM
SÃO MELHORES DO QUE AS GRANDES 
ACÇÕES QUE SE PLANEIAM"
- Lembrei-me disto a propósito de mais um documento "As grandes opções do plano". E não saímos disto, desta pouca vergonha, ano após ano, governo após governo.
AC

CREPÚSCULO VESPERTINO na ALDEIA
(fotografias de tlm)

AC

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

É SEMPRE BOM SABER DE QUE LADO ELES ANDAM

QUARTA-FEIRA, 21 DE SETEMBRO DE 2016

É bom saber...

.".. que o Governo português subscreveu com vários outros governos uma carta à Comissão Europeia a apoiar o empenho nas negociações do acordo de comércio e investimento entre a UE e os Estados Unidos (TTIP).
Quando os populismos de vários matizes se juntam à habitual hostilidade da extrema-esquerda e da extrema-direita contra a política de comércio externo da UE, é reconfortante saber que há governos que não cedem à vaga protecionista e nacionalista".

Como tudo na vida, digo agora eu, certamente que o TTIP terá diversas vantagens.
Mas, só por exemplo, porque não fala Vital Moreira em alguns aspectos que se não são negativos, deixam pelo menos muitas interrogações, que deviam ser publicamente esclarecidas e divulgadas?
Exemplo: o glifofosfato, mas sobretudo as "mistelas" químicas em que ele entra e usadas abundantemente por Monsanto (poderosa multinacional americana e não a belíssima aldeia da Beira-Baixa), a Sysgenta, e muitas outras, na pulverização de milhares de hectares de milho soja e outras trampas transgénicas.
São negócios de milhões de milhões.
Vital Moreira, que andou meio mundo a tratar deste assunto, creio que nunca aborda com detalhe os prós e os contra do TTIP. Penso que apenas os prós. Posso estar enganado mas há coisas que nunca esquecem.
AC
A DEMOCRACIA
Vejo inúmeras pessoas insatisfeitas, rezingando a propósito do estado a que chegámos.
Mas o mais curioso para mim, é verificar o comportamento cívico dessas pessoas.
Sabendo-se que o maior inimigo da democracia não é o confronto, antes o conformismo, que não é a inquietação antes a resignação, é espantoso constatar tanta insatisfação mas, depois, verificar um conformismo atroz quando do exercício dos nossos direitos. No dia a dia, reina sempre um silêncio ensurdecedor só porque a cor no poder agrada, seja qual for a cor. Desgraçado País.
António Cabral (AC)

A CABEÇA de CERTA GENTINHA
AC

domingo, 25 de setembro de 2016

REALIDADES DA BANCA NACIONAL
Nota prévia: lá fora a porcaria na banca é bem capaz de ser muito pior. Mas com o mal dos outros posso muito bem.
Neste momento uma acção do BCP andará pelos 1,46.........................................................cêntimos! Um café custa normalmente 65 cêntimos. Portanto com o dinheiro do preço do café compro o nº de acções que é.........é fazer as contas, como dizia o outro.
Quanto à CGD, tudo parece indicar que, apesar das angústias de certa gentinha que tudo fará para travar a coisa, terá havido porcaria desde sempre mas então entre 2005 e 2010 terá sido um espectáculo.
E assim vamos, cantando e rindo!
AC

ADENDA em 27 Setembro, depois de há pouco ter ouvido no rádio do carro o actual nº 1 da CGD afirmar que a capitalização tem que ser feita de uma só vez. Oh diacho, oh Dr Centeno, oh Dr Costa, oh Dr Galamba, "atão" agora, em que ficamos? É como VExas disseram (ás pinguinhas) ou como foi hoje exigido?
EXEMPLOS da REALIDADE. Propinas e taxas moderadoras
A realidade, no quotidiano das famílias é inúmeras vezes diferente do que certa gentinha, e de todos os quadrantes, nos berram. Dois casos, ensino universitário e inerentes propinas, e saúde e as taxas moderadoras.

Não sei o suficiente para me pronunciar com segurança.
Mas como periodicamente passo nas zonas da cidade universitária de Lisboa e observo durante tempo razoável o que por lá se passa, refiro-me portanto ás faculdades que não são privadas, tenho na memória várias coisas que me suscitam dúvidas quanto a esta tenacidade do PCP e o seu satélite melancia e o BE quererem congelar propinas se não mesmo acabar com elas. Não tenho dúvidas que existirão alguns alunos que maiores dificuldades financeiras enfrentarão. Ainda assim, e sem me querer imiscuir nas decisões e escolhas alheias, retenho o que observo por lá, por exemplo em veículos de 2 e 4 rodas, estacionados, a chegar, a partir, muitos com os alunos outros com os papás.
Não tenho dúvidas que, infelizmente, estudantes existirão que por razões diversas se vejam de repente em situações angustiantes. Existirão provavelmente relaxes no pagamento de propinas e nesse caso imagino que as faculdades e a reitoria terão procedimentos para enfrentar essas situações e facilitar pagamento. Mas a minha questão é que o funcionamento do ensino universitário tem custos elevados. Há que pagar. Além disso, quantos têm dificuldades em pagar propinas e quantos podendo não pagam por inaceitável relaxe de compostura cívica? Em outra dimensão recordo sempre o alarve que andou mais de um ano sem pagar o condomínio mas sempre passeando no seu Audi A4. Há casos e casos, e parece-me que é necessário em sede própria filtrar as situações.

Quanto às taxas moderadoras sei alguma coisa. A última situação vivi-a há poucos dias, acompanhando idosa de 91 anos à unidade de saúde familiar da sua zona de residência, para consulta de rotina que havia sido pedida ia para três meses. Não pagou taxa moderadora, tal a pensão miserável. Aliás há anos que está isenta pois aufere 362,92€. Mas várias pessoas pagaram 4,50€ de taxa moderadora.
O que paga uma quantia de 4,50€? O que paga uma taxa moderadora? Eu sei muito bem o que está na CRP. Mas a realidade, é que nem a epopeia dos Descobrimentos estabiliza a economia do meu desgraçado País, nem a CRP paga os serviços e os apoios tecnológicos de que a medicina contemporânea se socorre cada vez mais.
Estimados leitores/ visitantes, já se deram ao trabalho de ponderar sobre isto, sobre o que paga uma taxa moderadora?
Tenho experiência dos serviços prestados pelo INEM enquanto o meu pai foi vivo. Tenho experiência de assistência hospitalar, Cascais, VFXira, IPO Lisboa, Ordem Terceira, Egas Moniz, Sta Maria. E meu pai nos seus terríveis padecimentos foi sempre bem tratado.
A saúde e o ensino devem estar abertos a todos os cidadãos. As oportunidades devem ser dadas a todos. Mas devia existir um sistema firme que filtrasse as poucas vergonhas nos dois sistemas: num caso, quanto a estudantes professores e pessoal administrativo e auxiliar, no outro caso quanto a doentes médicos enfermeiros e pessoal administrativo e auxiliar.
Mas o que me parece inadiável é tentar acabar com a demagogia e a mentira. Tarefa inglória.
AC

sábado, 24 de setembro de 2016

FALTA DE VERGONHA NA CARA
Não é, de longe ou de perto, um mal nacional. Embora com o mal dos outros possa eu bem.
Lá por fora, diariamente, pouca vergonha atrás de pouca vergonha. Não sei se é isto que também dá alento aos canalhas cá na TugaLândia.
Uma ex-comissária da União Europeia, Neelie Kroes, que parece ter sido apanhada como estando à frente de uma offshore, teve a lata de vir dizer - a offshore só funcionou em 2000 e, por lapso, ficou aberta - É de facto preciso ter muita lata!!
AC

Governo, PS, Fisco, Sócrates, contas bancárias
Anda por aí muita polémica acerca da possível norma que permitirá à autoridade tributária olhar para dentro das contas bancárias. Fala-se num limite de 50000,00 €.
Tenho dúvidas diversas sobre esta matéria. Estou convencido, por outro lado, que a gentinha que foge ao fisco, que trafulha, que corrompe, que declara rendimentos ridículos e leva vida faustosa, não vive com continhas de 50000,00€. Vive com muito mais, vive de contas lá fora, suas ou de amigos e testas de ferro.
Na fase de lento regresso ao PREC de 1974 e 1975 empreendido por António Costa e as suas artistas preferidas, não me espanta que tudo se tente fazer para regressar a esses tempos em que propriedade privada, respeito pelo trabalho, liberdade real e não a proclamada, eram valores desprezados e muitas vezes violentados.
Nesta fase da vida nacional não me espanta nada do que acontece.
Não me espanta a total ausência de vergonha na cara de muita gentinha que por aí se pavoneia impune e alarve, roçando a canalhice. Desde o patético que se atreve a vomitar - "ele que se cuide" - ao despudor do que proclama que não - "sabia que tinha que declarar isto" - à fila imensa de criaturas que constantemente arrotam grandes valores mas seguem a música do cantor Phil Collins - "faz o que eu digo, não o que eu faço".
Como nada me espanta que um dos maiores farsantes que veio à luz em Portugal critique anúncios de medidas que, tudo indicia, o podem vir a prejudicar. Muita coerência neste caso.
É Portugal actual. Desde o cimo do prédio até ao chão ainda falta um bocadinho, estamos a passar o 5º andar, e está tudo muito bem!!
António Cabral (AC) 
É PRECISO TER MUITA LATA
Tropecei há dias nesta  pérola (bold meu)
"Cândida Almeida defende-se das insinuações que lhe foram feitas sobre alegadas fugas de informações em megaprocessos como o Freeport, que envolvia o nome de Sócrates, ou a Operação Furacão. "Fiquei muito zangada porque é a maior injustiça que me podem fazer, sempre dediquei a maior preocupação ao segredo de justiça porque o magistrado é o maior prejudicado quando ele é violado".
Esta magistrada agora retirada, antes "séculos" sempre no mesmo sítio, quereria referir-se aos procuradores desses processos?
Talvez sim talvez não.
Lê-se a frase da senhora e face ao histórico fica-se com a sensação de estar criptografada, ou seja, cifrada para patego ficar na dúvida. 
Se assim for de facto, a frase pode, por exemplo, querer dizer outra coisa, tendo por exemplo a ver com a alegria de visados nos processos e seus queridos advogados.
Mas como não tenho a máquina de cifra não sei de facto o real significado.
Mas, atenta a "trajectória" dá que pensar, não é por nada!!!
AC
POR AÍ
AC

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A ELEIÇÃO para SG da ONU
"António Guterres também não escapa"Esta frase é engraçada, é curiosa.
Há dias coloquei à consideração de todos uma recordação, onde se abordava António Guterres, recordado por quem o conheceu bem.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

RELEMBRANDO PROSAS INTERESSANTES.......QUE MANTÉM ACTUALIDADE
texto de 7 de Março de 2002, Visão, página 68.

"1. Perplexidade - É difícil explicar a estrangeiros porque se demitiu um primeiro-ministro após eleições locais, e ainda mais porque todos desistiram de encontrar soluções no quadro parlamentar, como é difícil dar razões racionais para um governo semiparalisado - o estranho e vago conceito de <<governo de gestão>> - durante cerca de cinco meses, num tempo de crise económica em que a prioridade seria agir. Não pode questionar-se a legitimidade de seja quem for se demitir de um lugar político, admitindo que se trata de uma decisão pessoal e não de uma jogada política. Mas um sistema que funciona tão mal precisa de grandes obras...."

Este texto é de António de Sousa Franco. O visado é António Guterres, que integraram o mesmo governo, um como PM e outro seu ministro das finanças.
Como se foi verificando, AG não esteve para perder mais tempo com minudências portuguesas. Não foi jogada política...........Sousa Franco foi um Senhor.

António Cabral

Vem isto a propósito da candidatura de AG a SG da ONU. Como não era difícil prever, as posições (ás claras ou por baixo da mesa) da China, Rússia, EUA, França, Alemanha, Reino Unido, a partir de agora acabarão por conhecer a luz do dia e designadamente nos media internacionais.
Como português entendo que fazem bem o PR e o Governo em envidarem todos os esforços diplomáticos na promoção da candidatura nacional. Candidato que tem muitos méritos, qualidades e, .......os amigos escondem, muitos defeitos. Como qualquer um de nós.
Ficarei muito satisfeito se AG conseguir o lugar. Será prestigiante para Portugal.
Mas isto não faz esquecer que AG sempre se esteve maribando um bocado para o País e as dificuldades internas. Sempre grandes voos.
Aparentemente o Wall Street Journal é um dos que lhe começa a morder as canelas, a ele e outros possíveis candidatos. A frase assassina - um socialista de longa data que administrou mal uma organização humanitária mundial”. O jornal assume que Guterres é “o candidato favorito dos países europeus ocidentais” mas cita um relatório que aponta falhas no ACNUR, a agência da ONU para os refugiados, na condução de operações eficazes e no fornecimento de dados financeiros precisos- é demolidora, mas contém provavelmente um fundo de verdade. Basta atentar como foi a gestão Guterres em Portugal.
Os grandes estão a começar a mexer-se. Aguardemos.
AC
PORTUGAL: QUE RUMO? Para quando?
Salvo melhor opinião, o maior problema deste meu/ nosso desgraçado País é que nunca mais traçamos rumo definitivo, consensual. 
Passamos a vida na mudança de cor e gritaria, ou ausência dela (a gritaria) consoante a cor, mantendo-se no entanto os problemas.

Sentei-me em frente ao televisor, na tarde de 5ª Feira, sem esperança nenhuma de assistir a debates na AR com educação, com rigor, com elevação. Mas porfiei e aguentei o mais que pude, com pequenos intervalos, para ir beber água e arejar um pouco e assim evitar vomitar.
De todos os lados um primor. Mas alguns esganaram-se por ganhar a medalha de ouro na competição das mentiras e da desinformação.
Fui fraco aluno a matemática. Ainda assim, sei bem que num gráfico se eu esticar ou encolher um dos eixos, o "boneco" que sai é muito diferente do que se construir um gráfico normal.
O PM António Costa  não precisava da performance de hoje no parlamento para nos esclarecer sobre a sua "pinta".
Só visto. Em bom português, um vigarista.

Mas vamos aguardar. Mais daqui a uns tempos conversamos.
Depois de prosseguirem com mais e progressivas desorçamentações, depois de congelarem completamente a lei de programação militar, depois de cancelarem tudo e mais alguma coisa para as Forças Armadas com os do costume encantados/ calados porque agora são da cor, depois de quase congelarem promoções nas Forças Armadas, depois de pouco dinheiro meterem na recapitalização da CGD, depois de estilhaçarem os contratos sobre a TAP, depois dos transportes urbanos passarem para as CMLisboa e Porto (e dinheiro para frotas e etc?), depois dos problemas se complicarem na GNR na PSP no SEF e na Polícia Marítima, depois dos filhos da p*** de Bruxelas eventualmente nos lixarem com algumas coisas a contar para o défice, depois da instituição bancária estar muito pouco em mãos nacionais (com vários a meter a viola no saco!), depois se comprarem novas máquinas de calcular e finalmente chegarem à conclusão de que as contas estão erradas, depois de verem que enterrar dinheiro na agropecuária sem tratar que muitos se modernizem, depois de, depois de .....Estou a exagerar? Veremos.

A lata do intrujão foi ao ponto de falar num País coeso. Só para rir.
Mas quanto a intrujice, diz/ diz que não, volta de 180º, coerência, palavra dada, está bem acompanhado, no partido PS, como nos outros partidos, onde campeiam verdadeiras pérolas. Ora querem mais financiamento para os partidos ora não querem, e por aí fora em cada bancada, em cada sede partidária.
Estamos a afundar, melhor, estamos como aquele a cair do alto do prédio, "passei o 30º agora, está tudo BEM"!!
António Cabral
POR AÍ
AC

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

A BANCA PORTUGUESA
Anos atrás, muita crítica se ouviu a uma descabelada frase de Manuela Ferreira Leite sobre jantar música e quem pagava.
Realidades da vida concreta, disparadas de forma crua. Realidades nas quais se tropeçam no dia a dia da nossa vida quotidiana, apesar da falta de vergonha na cara de certa gentinha, e da soma de mentiras como por exemplo ouvi esta tarde na AR, não só mas designadamente por parte do intrujão mor.
Vem isto a propósito do BPI. Andam sempre aí muitos de peito cheio, mas na realidade avançou quem tinha dinheiro.
Banca nacional? Dinheiro e força nacionais?
É melhor tentar rir, pois isto está a pouco e pouco um horror sem fim.
AC
PS: e o melhor é ir aproveitando a vida......Deixo o exemplo deste pitéu, feito por cozinheiro de alto gabarito, e que papei há dias na minha mesa da figueira, na aldeia. E vejo vários da minha profissão a fazer o mesmo, e só fazem bem. Daqui os cumprimento.

CREPÚSCULO VESPERTINO
AC

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

A ÁRVORE
Hoje de manhã, 0900h, na minha caminhada matinal, pelo areal onde costumo ir, dei com esta árvore.
Tenciono ir à consulta de rotina do meu oftalmologista, como habitualmente, a meio de Dezembro. De momento não tenho queixa alguma, considero que vejo bem. Tenho a certeza, vejo bem.
Olhei e concluí - esta árvore está torta, nasceu torta e assim cresceu. Muito torta, como me parece evidente.
Mas, como estou em Portugal, hão-de aparecer uma luminárias que tentarão convencer as pessoas que pensam como eu, que a árvore está direitinha.
Haverá até quem, depois de a árvore ser filmada, confirmando e registando que está torta como um raio, virá dizer que não disse que a árvore estava direitinha!
Onde é que eu já vi qualquer coisa do género?
AC

terça-feira, 20 de setembro de 2016

DIZEM QUE FAZ MAL
Olhei para vários dos "pratos" que gulosamente degustei, nas minhas andanças por esse Portugal Continental, cima abaixo, desde o princípio de Junho passado.
Dizem que faz mal.
Fará, certamente, se por sistema repetidamente ingeridos e a juntar a uma porfiada vida sedentária.
Mas, como dizia o avô materno da minha mulher, Beirão, médico, pensador, estudioso, "um bocadinho de veneno de vez em quando não faz mal".
Pois o leitão, de que já falei antes, continua excelente, e não é nas zonas mais conhecidas.
Este camarão de caril estava excelente. Embora não habitual a receita ter cogumelos no molho, mas enfim.
E que dizer da sandes de presunto de Lamego? Foi de ir ás lágrimas.
AC
(PS: atenção, crentes e não crentes, a inveja é pecado,...eh...eh..eh)

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

A PROPÓSITO de OBRAS MEGALÓMANAS
Foi assim no passado, e surgiu Mafra, por exemplo, mas há mais.
O ouro do Brasil esfumou-se como em parte se sabe. Muito também deve ter ido parar a bolsos de certa gentinha que, então como hoje, sempre se governou à pala das pouca vergonhas à mesa do Estado.
Uma mania, que não é só portuguesa. 
Vem isto a propósito da notícia acerca da hipotética reconstrução/ completamento do Palácio na Ajuda.
Poderão alguns interrogar-se: mas não temos direito a fazer obras imponentes, que marquem épocas?
Não nego, e temos, mas lembro sempre aquela frase - com peso, conta e medida. Antes de continuar, uma recordação.
Estava eu em serviço na Holanda, algures Maio/Junho de 1991, numa recepção para que fora convidado, quando um parvalhão diplomata holandês meteu conversa comigo e, depois das costumeiras frivolidades, disparou uma coisa acerca de estarmos a construir o CCB. Como meu hábito, dentro de portas (na profissão, e em sociedade), lá fora também nunca me dei por gostar que me pisassem os calos. Creio que não fui ordinário, mas fiz jus aquilo que, com amizade, alguns dizem de mim - nariz empinado.
Voltando ao assunto, mas continuando sobre o CCB, quiseram as circunstâncias da vida que um amigo meu tenha sido um dos principais responsáveis por rechear o CCB. Lembro bem, portanto, as dificuldades que ele enfrentou e como as coisas se fazem por cá. Como, matreiramente se iniciam.
Saltando, acho curiosa a coincidência de aparecerem sempre uns quantos, os mesmos, em obras emblemáticas, nos Açores por exemplo, e vê-los onde estão encaixados à pala sempre da mesma cor política. Voltando à questão AJUDA, não ficou para mim claro a verdadeira autoria da ideia. Sim, porque não estando os 70 assim tão longe, há décadas que sei que os bebés não chegam de Paris.
E desconfio sempre dos rapazinhos com carinha de menino, e com boa imprensa. Pela calada……
Deve acabar-se a AJUDA? Provavelmente, aquele buraco não é estético é mesmo, porventura, horrendo. Mas os milhões para essa obra, não seriam bem melhor aplicados a terminar as várias obras e museus inacabados no que a património edificado diz respeito?
Naturalmente, como dizem /dirão alguns, as soluções teóricas serão variadas. Certamente umas mais caras que outras. Certamente, a gula de certos donos de certas e todas as coisas tentarão sobrepor-se à racionalidade. Certamente, como se vê já, os amigos a aplaudir os amigos, sobretudo o do costume que se gosta de levar ao colo a si próprio.
Sobressai a tentação das obras na capital, para arvorar no futuro político. Continuar a esquecer o resto do País. Resolva-se a AJUDA, com racionalidade, mas olhem para a restante parte fora de Lisboa. Estou farto da gentinha (masculina e feminina) que discursa e aplaude a cultura e o património e ao mesmo tempo exibe e distribui o cartão de visita preenchido dos dois lados com...........
A diferença entre essa gentinha e os poucos que podem apenas colocar por baixo do nome - senhor ou senhora - está cada vez mais à vista.
Ah, meu caro senhor, mas então não vê que ficam sem ganhar vários tipos, designadamente aqueles poucos do costume que mantêm os escritórios e ateliers abertos, para não falar dos segundas linhas e, sobretudo, o engrandecimento de autarca? O senhor não vê a coisa pelo prisma correto!
"Bom, oh senhor ministro e oh senhor arquitecto, perdão, senhor vereador, vamos aguardar por mais reações à notícia, não convém espantar muito a caça".
AC 

domingo, 18 de setembro de 2016

POR AÍ

AC
O QUE ME RECORDAM AS ÚLTIMAS 3 DÉCADAS EM PORTUGAL?
-" quando se abre uma lata de minhocas, a única forma de voltar a enlatar é recorrendo a uma lata maior "

- " quando se não é capaz de fazer bem as coisas, então deve aprender-se a apreciar fazê-las mal "


- " é melhor um fim com horror, do que um horror sem fim "


- " há 3 espécies de mentiras, as mentiras, as mentiras deslavadas, e estatísticas "


- " Portugal vai empobrecer com muito barulho "


Em síntese: continuamos com esta portuguesa mania de dizer que se está ou que vamos no bom caminho, coisa que é uma das maiores m - - - as nacionais quando, o que era importante, era concretizar com base em consensos nacionais, e não passarmos a vida a não concretizar e arrumar a casa mas sempre a dizer, com cores diferentes, que se vai no bom caminho!

AC

sábado, 17 de setembro de 2016

A PROPÓSITO de PATRIMÓNIO
Território, herança cultural, património, a história de um povo, a Nação.
Leva anos, e ainda me falta muito.
Sobretudo desde 2007, tenho calcorreado bastante mais o País. Antes, além do Continente, houve Madeira e Açores. Ao que aqui trago, cinjo-se hoje ao Continente. Nas ilhas há igualmente um património riquíssimo.
Olhando aos meus arquivos e sobretudo fotográficos, recordo a título de mero exemplo: Brufe, Soajo, Arcos, Cubalhão, Pitães das Júnias, Pedras Salgadas, Granjal, Remondes, Juncal, Salzedas, Ucanha, S.João de Tarouca, Lorvão, Remoães, Friestas, Ganfei, Fiães, Aguiã, Rubiães,Tourém, Rio de Onor, Rendufe, Navió, Terras de Bouro, Boticas, Lamas de Olo, Boticas, Marialva, Angeja, Linhares, Lavacolhos, Candal, Gondramaz, Sortelha, Monsanto, Oledo, Monfortinho, Alfaiates, Penamacor, Idanha-a-Velha, Capinha, Ínsua, Alcongosta, Paul, Castelo Novo, Tinalhas, Pedrogão de SPedro, Alvega, Amieira do Tejo, Soalheira, Salvaterra do Extremo, Vinhais, Calhandriz, Couço, Montargil, Crato, Cabo Espichel, Lavre, Tomar, Corval, Juromenha, Mourão, Moura, Redondo, Alandroal, Torrão, Barrancos, Garvão, Mértola, Alcoutim, Vila do Bispo, Aljezur, Alte, Salir, Paderne, Cachopo, Odeleite, Castro Marim, S.Bras de Alportel, Estói, Alcobaça, Batalha, Mafra.
Estes nomes dirão alguma coisa aos dirigentes partidários de todos os partidos? Em quais pararam umas horas, discursaram, ponderaram o despovoamento acelerado, o modo de vida, o sustento das gentes?
Em quais pararam e observaram os monumentos, as igrejas, os fontanários, os conventos, os mosteiros, os museus, as estátuas, as casas outrora senhoriais muitas hoje dedicadas a turismo, as casas de arquitectura mais relevante recuperadas?
E a mesma pergunta aplica-se aos de antes do 25 de Abril.
E passaram décadas e décadas, e os anos passam.
Deixo-vos uma sugestão. 
Peguem no Mapa de Portugal Continental. 
Depois de aberto, e só por exemplo, alguns exemplos, tracem a lápis uma linha entre Boticas e Chaves e gastem dias a calcorrear o território acima dessa linha. Idem nos territórios dentro dos parques e designadamente o PNVGuadiana, PNMontezinho e o PNPGerês. Idem nos territórios acima da linha Viana do Castelo- Ponte de Lima- Melgaço. Idem nos territórios laterais da linha Lamego- Sernacelhe. Idem para os territórios dentro do quadrilátero Trancoso- Almeida- Mogadouro- SJoão da Pesqueira. Idem para os territórios dentro das linhas ligando Beja- Portel- Mourão- Barrancos- Serpa- Beja.
Estes e muitos outros territórios, por exemplo aldeias com menos de 80 habitantes outras com menos de 10 e até só com três pessoas, vilas, cidades do interior, mostram um Portugal que é real, e pouco e ás vezes mesmo nada se encontra nas gritarias e discursatas e manifestações e greves em Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Setúbal, Almada.
País que não cuida da sua história, do seu legado, do seu património, das suas gentes e do seu sustento e formação, está condenado.
No que ao património respeita, particularmente ao património edificado, muito se pode dizer. Os recursos que faltam, pessoal, recuperação, manutenção. Um dos últimos exemplos a vir ser denunciado a público, uma infra-estrutura abandonada há décadas, nas Caldas da Rainha.
Mas há muito mais, em estado lastimável. Um exemplo, ao nível dos castelos, Alfaiates ou Noudar.
Mas outros têm sido olhados. Sabugal é um exemplo. Há museus que o deviam ser já, mas têm tesouros “arrumados" numa sala. Mas há museus a funcionar muito bem. Não vou discutir as despesas e as receitas, a sustentabilidade, haverá quem o saiba fazer. Estou a lembrar-me dos esforços que registei na zona patrimonial do Vale da Varosa, por exemplo.
Há queixas amargas, várias certamente com muita razão. Digo isto pelo que vou vendo pelo país. Mas creio que algumas queixas também derivam de clubismos, de despeito, e de outras coisas.
Discutem-se prioridades.
Naturalmente que é muito discutível, por exemplo, terem-se construído duas autoestradas basicamente paralelas à A1. Esses rios de dinheiro e as criminosas rendas daí resultantes dariam para muita coisa.
E quantos submarinos foram enterrados no túnel do Metro na zona da Baixa Lisboeta? E etc. Dinheiro que podia ser canalizado para a saúde e para a cultura/ património, por exemplo.
Mas claro que, ao longo do tempo, os PM Mário Soares, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, o Sebastião Santana Lopes, José Sócrates, Passos Coelho e agora António Costa, sempre arranjaram as suas prioridades. Ficaram por terra a cultura, o património, a saúde, a formação, etc.
Porque tudo era sempre mais urgente.
Sobretudo olhar ás clientelas e ao amiguismo.
António Cabral (AC)