COM CERTEZA
AC
Se tentaste fazer alguma coisa e falhaste, estás em bem melhor posição que aqueles que nada ou pouco tentam fazer e alterar e são bem sucedidos. O diálogo é a ponte que liga duas margens. Para o mal triunfar basta que a maioria se cale. E nada nem ninguém me fará abandonar o direito ao Pensamento e à Palavra. Nem ideias são delitos nem as opiniões são crimes. Obrigado por me visitar
domingo, 30 de setembro de 2018
A DEFESA NACIONAL e a PROTECÇÃO DIVINA
A necessidade de preparação da defesa não significa a iminência da guerra. Pelo contrário, se a guerra estivesse iminente, a preparação da defesa já vinha tarde (Winston Churchill)
No período que decorreu entre a invasão anglo-holandesa de Timor (17 de Dezembro de 1941) e a subsequente invasão japonesa (20 de Fevereiro de 1942), o embaixador britânico em Portugal, Ronald Campbell, partiu para Londres, para consultas com o seu governo. Antes de viajar, enviou para o Foreign Office um longo memorando sobre Portugal, a sua história desde o século XVII, as características do regime político e a atitude do país em relação à guerra. Na parte respeitante aos fundamentos anímicos da sociedade portuguesa dessa época, merece destaque a seguinte passagem:
A questão de Timor veio, agora, abalar a confiança de muitos Portugueses cultos na credibilidade da Grã-Bretanha, para os ferir no seu ponto mais sensível – a sua honra nacional –, e, em particular, trazer para mais perto do que nunca de personalidades militares e políticas a constatação da curta distância que separa Portugal da conflagração geral. Um receio instintivo desferiu mesmo um rude golpe na complacente crença, firmemente entranhada nos mais mentalmente devotos deste povo emotivo e simplório, de que Portugal seria poupado aos horrores da guerra graças à rectidão moral do Dr. Salazar e à especial protecção que lhes concedia a Virgem de Fátima.
Salazar viria a dar razão a Campbell, vinte anos mais tarde, por ocasião do início da guerra em Angola. De facto, em Abril de 1961, o então Presidente do Conselho de Ministros confessava a Kaúlza de Arriaga:
Defesa Nacional? Em Portugal não existe. É um milagre permanente.
Poderíamos, com esta citação – cuja continuidade e actualidade é por de mais evidente – dar por concluída esta introdução. Fá-lo-emos, todavia, com outra citação, desta vez da autoria de um militar. Treinados para cumprir missões, cujo estudo e preparação não antecipa a ocorrência de milagres, os militares responsáveis são igualmente capazes – embora numa linguagem menos poética – de análises lúcidas e precisas relativamente aos actos políticos que influenciam a sua acção. Vale a pena, por conseguinte, recordar o desabafo do general Albuquerque de Freitas, em carta datada de 6 de Fevereiro de 1961 (já depois da revolta do Cassange e dois dias apenas depois dos primeiros actos de terrorismo em Luanda), dirigida ao brigadeiro Pinto Resende, na qual o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea anotava já as consequências da falta de adequado financiamento das Forças Armadas:
A necessidade de preparação da defesa não significa a iminência da guerra. Pelo contrário, se a guerra estivesse iminente, a preparação da defesa já vinha tarde (Winston Churchill)
No período que decorreu entre a invasão anglo-holandesa de Timor (17 de Dezembro de 1941) e a subsequente invasão japonesa (20 de Fevereiro de 1942), o embaixador britânico em Portugal, Ronald Campbell, partiu para Londres, para consultas com o seu governo. Antes de viajar, enviou para o Foreign Office um longo memorando sobre Portugal, a sua história desde o século XVII, as características do regime político e a atitude do país em relação à guerra. Na parte respeitante aos fundamentos anímicos da sociedade portuguesa dessa época, merece destaque a seguinte passagem:
A questão de Timor veio, agora, abalar a confiança de muitos Portugueses cultos na credibilidade da Grã-Bretanha, para os ferir no seu ponto mais sensível – a sua honra nacional –, e, em particular, trazer para mais perto do que nunca de personalidades militares e políticas a constatação da curta distância que separa Portugal da conflagração geral. Um receio instintivo desferiu mesmo um rude golpe na complacente crença, firmemente entranhada nos mais mentalmente devotos deste povo emotivo e simplório, de que Portugal seria poupado aos horrores da guerra graças à rectidão moral do Dr. Salazar e à especial protecção que lhes concedia a Virgem de Fátima.
Salazar viria a dar razão a Campbell, vinte anos mais tarde, por ocasião do início da guerra em Angola. De facto, em Abril de 1961, o então Presidente do Conselho de Ministros confessava a Kaúlza de Arriaga:
Defesa Nacional? Em Portugal não existe. É um milagre permanente.
Poderíamos, com esta citação – cuja continuidade e actualidade é por de mais evidente – dar por concluída esta introdução. Fá-lo-emos, todavia, com outra citação, desta vez da autoria de um militar. Treinados para cumprir missões, cujo estudo e preparação não antecipa a ocorrência de milagres, os militares responsáveis são igualmente capazes – embora numa linguagem menos poética – de análises lúcidas e precisas relativamente aos actos políticos que influenciam a sua acção. Vale a pena, por conseguinte, recordar o desabafo do general Albuquerque de Freitas, em carta datada de 6 de Fevereiro de 1961 (já depois da revolta do Cassange e dois dias apenas depois dos primeiros actos de terrorismo em Luanda), dirigida ao brigadeiro Pinto Resende, na qual o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea anotava já as consequências da falta de adequado financiamento das Forças Armadas:
As ‘forretices’ acabam por pagar-se caro.
Podia esperar-se que a troca de um regime ditatorial por um regime democrático pudesse pôr fim a esta liturgia bélica e que as questões de Defesa Nacional pudessem ser tratadas por adultos – políticos e militares – que nos pusessem ao abrigo da repetição da tristíssima imprevidência estratégica demonstrada pelos casos de Timor-1941 e Angola 1961. Infelizmente, a incúria dos políticos e a acomodação dos chefes militares têm-nos feito perceber que só uma nova catástrofe militar poderá interromper esta espécie de cegueira que conduz os nossos sonâmbulos para a dispensável desgraça.
E não é por falta de quem, mesmo no meio civil, tenha a lucidez para chamar a atenção para o absurdo em que se tornou o aparelho militar da República. Com tantas reduções de efectivos e tão preocupantes atrasos no reequipamento mais elementar, para um espectador atento as Forças Armadas portuguesas parecem reunir alguns traços de pura ficção, ficando bem distantes das capacidades que a Constituição da República e o senso comum lhe exigem. A este propósito, vale a pena recordar uma passagem de um artigo de Nuno Rogeiro, publicado no Jornal de Notícias de 27-08-2010. Nesse artigo, o conhecido articulista afirmava:
"Claro que, de barato, e para que fique barato, pode qualquer estado decidir desembaraçar-se das suas forças armadas, e ficar equipado apenas com polícias. Historicamente, alguém pagará pela opção, mas essas são outras contas. O que não se pode é manter forças armadas de ficção, às quais se cometem mais missões e responsabilidades, mas com cada vez menos meios".
Quando a discussão do tema resvala para a fronteira entre a realidade e a ficção, manda o bom senso que se analise, a sério, para qual dos lados dessa fronteira se deve passar a totalidade da questão, para não tratarmos como realidade o que não passa de fantasia nem para alcunharmos de fantasia algo de que necessitamos sob a forma de uma límpida realidade.
Mas é a ficção que vai predominando. Através do semanário Expresso, de 3 de Fevereiro, ficámos a saber que os quatro Chefes de Estado-Maior tinham apresentado um protesto ao ministro da Defesa. Pelas fileiras da Instituição Militar (activo-reserva-reforma) terá perpassado, por breves instantes, um pensamento tipo “até que enfim”, para logo surgir a legítima dúvida sobre a tesura dos protagonistas.
Explicava o Expresso que a tomada de posição dos chefes de Estado-Maior, através de um memorando, surgia na sequência de um pedido expresso pelas chefias de que, em 2018, fosse aumentado o número de efectivos para mais 620, o que o Governo não acolhera. Segundo o memorando, o tecto máximo de 200 seria, ainda assim, “exclusivamente utilizado e justificado pela necessidade das Forças Armadas, face ao reforço da sua participação no quadro do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais”.
As chefias consideravam, ainda, que a redução ao efectivo proposto “configura de algum modo uma iniquidade relativamente ao crescimento já anunciado para as forças de segurança e outros organismos, em contraste com as carências já conhecidas nas Forças Armadas que, tudo indica, se irão acentuar com saídas de pessoal para ingresso nas forças de segurança”.
E, segundo os Chefes de Estado-Maior, quais eram os inconvenientes daí resultantes?
A redução para 200 efectivos vai impor “a redução ou cancelamento de missões, além de assumir riscos não negligenciáveis em termos de segurança do pessoal, colectiva e de instalações”. E dizem ainda: “O presente ajustamento condicionará igualmente a qualidade e quantidade desse reforço; impossibilitará a adequação de necessidades emergentes em áreas específicas (...); impossibilitará a adequação da situação dos efectivos militares dos quadros permanentes, na situação de activo, a desempenhar funções fora da estrutura orgânica das Forças Armadas”.
A situação parecia, por conseguinte, de séria gravidade. Mas só para os homens de pouca fé. O peso da protecção Divina pode não ser ensinado em Pedrouços, mas ela existe e não demora a actuar. Poucas horas depois da notícia do Expresso, em nota enviada pelo gabinete do Chefe de Estado Maior-General das Forças Armadas, os quatro chefes militares informavam os Portugueses de que “independentemente do diálogo institucional estabelecido no quadro dos processos relativos aos efectivos militares, não esteve, não está, nem estará em causa o cumprimento das missões das Forças Armadas”.
Consumara-se o milagre “da ordem”! Que alívio!
David Martelo – 5 de Fevereiro de 2018
Podia esperar-se que a troca de um regime ditatorial por um regime democrático pudesse pôr fim a esta liturgia bélica e que as questões de Defesa Nacional pudessem ser tratadas por adultos – políticos e militares – que nos pusessem ao abrigo da repetição da tristíssima imprevidência estratégica demonstrada pelos casos de Timor-1941 e Angola 1961. Infelizmente, a incúria dos políticos e a acomodação dos chefes militares têm-nos feito perceber que só uma nova catástrofe militar poderá interromper esta espécie de cegueira que conduz os nossos sonâmbulos para a dispensável desgraça.
E não é por falta de quem, mesmo no meio civil, tenha a lucidez para chamar a atenção para o absurdo em que se tornou o aparelho militar da República. Com tantas reduções de efectivos e tão preocupantes atrasos no reequipamento mais elementar, para um espectador atento as Forças Armadas portuguesas parecem reunir alguns traços de pura ficção, ficando bem distantes das capacidades que a Constituição da República e o senso comum lhe exigem. A este propósito, vale a pena recordar uma passagem de um artigo de Nuno Rogeiro, publicado no Jornal de Notícias de 27-08-2010. Nesse artigo, o conhecido articulista afirmava:
"Claro que, de barato, e para que fique barato, pode qualquer estado decidir desembaraçar-se das suas forças armadas, e ficar equipado apenas com polícias. Historicamente, alguém pagará pela opção, mas essas são outras contas. O que não se pode é manter forças armadas de ficção, às quais se cometem mais missões e responsabilidades, mas com cada vez menos meios".
Quando a discussão do tema resvala para a fronteira entre a realidade e a ficção, manda o bom senso que se analise, a sério, para qual dos lados dessa fronteira se deve passar a totalidade da questão, para não tratarmos como realidade o que não passa de fantasia nem para alcunharmos de fantasia algo de que necessitamos sob a forma de uma límpida realidade.
Mas é a ficção que vai predominando. Através do semanário Expresso, de 3 de Fevereiro, ficámos a saber que os quatro Chefes de Estado-Maior tinham apresentado um protesto ao ministro da Defesa. Pelas fileiras da Instituição Militar (activo-reserva-reforma) terá perpassado, por breves instantes, um pensamento tipo “até que enfim”, para logo surgir a legítima dúvida sobre a tesura dos protagonistas.
Explicava o Expresso que a tomada de posição dos chefes de Estado-Maior, através de um memorando, surgia na sequência de um pedido expresso pelas chefias de que, em 2018, fosse aumentado o número de efectivos para mais 620, o que o Governo não acolhera. Segundo o memorando, o tecto máximo de 200 seria, ainda assim, “exclusivamente utilizado e justificado pela necessidade das Forças Armadas, face ao reforço da sua participação no quadro do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais”.
As chefias consideravam, ainda, que a redução ao efectivo proposto “configura de algum modo uma iniquidade relativamente ao crescimento já anunciado para as forças de segurança e outros organismos, em contraste com as carências já conhecidas nas Forças Armadas que, tudo indica, se irão acentuar com saídas de pessoal para ingresso nas forças de segurança”.
E, segundo os Chefes de Estado-Maior, quais eram os inconvenientes daí resultantes?
A redução para 200 efectivos vai impor “a redução ou cancelamento de missões, além de assumir riscos não negligenciáveis em termos de segurança do pessoal, colectiva e de instalações”. E dizem ainda: “O presente ajustamento condicionará igualmente a qualidade e quantidade desse reforço; impossibilitará a adequação de necessidades emergentes em áreas específicas (...); impossibilitará a adequação da situação dos efectivos militares dos quadros permanentes, na situação de activo, a desempenhar funções fora da estrutura orgânica das Forças Armadas”.
A situação parecia, por conseguinte, de séria gravidade. Mas só para os homens de pouca fé. O peso da protecção Divina pode não ser ensinado em Pedrouços, mas ela existe e não demora a actuar. Poucas horas depois da notícia do Expresso, em nota enviada pelo gabinete do Chefe de Estado Maior-General das Forças Armadas, os quatro chefes militares informavam os Portugueses de que “independentemente do diálogo institucional estabelecido no quadro dos processos relativos aos efectivos militares, não esteve, não está, nem estará em causa o cumprimento das missões das Forças Armadas”.
Consumara-se o milagre “da ordem”! Que alívio!
David Martelo – 5 de Fevereiro de 2018
Este interessante artigo li-o num blogue que contem análises não só muito interessantes como magníficas do ponto de vista da história.
Chama-se "A-Bigorna", e versa sobre História Militar. Um blogue muito interessante, muito educativo. Recomendo vivamente.
O artigo que acima reproduzo relaciona-se com um caso concreto que eu designarei de muito - caricato - para não variar mas, interrogo-me, a substância não se aplica lindamente à realidade do momento? EU CREIO BEM QUE SIM.
Respeitando, sempre, opinião diferente, respeitosamente aconselho a quem não concordar com o autor do texto e comigo, a marcar uma consulta médica, porque deve andar a ouvir e ver mal.
Sem ofensa.
António Cabral (AC)
Ps: Os sublinhados e coloridos são da minha responsabilidade
O artigo que acima reproduzo relaciona-se com um caso concreto que eu designarei de muito - caricato - para não variar mas, interrogo-me, a substância não se aplica lindamente à realidade do momento? EU CREIO BEM QUE SIM.
Respeitando, sempre, opinião diferente, respeitosamente aconselho a quem não concordar com o autor do texto e comigo, a marcar uma consulta médica, porque deve andar a ouvir e ver mal.
Sem ofensa.
António Cabral (AC)
Ps: Os sublinhados e coloridos são da minha responsabilidade
OBVIAMENTE
Obviamente que é assim que qualquer pessoa de bem, intelectualmente honesta, com coluna vertebral, e NÃO COLAGÉNIO viscoso em seu lugar, encara a cidadania, o Estado de direito, o Estado que combata sempre as desigualdades.
.....“um Estado constrói-se com pessoas e seriedade, não com ilusões, falsas promessas e populismo”.
AC
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PODE PIORAR?
PODE!!!
Seja a situação da economia, o turismo, a violência doméstica, as alterações climáticas, a corrupção, o compadre, o nepotismo, a pouca vergonha no futebol, a justiça, a promiscuidade política-negócios, o que se quiser.
Não se deve ser pessimista mas, também o inverso não é bom.
Pensar pela cabeça mas ter a certeza que, muitas vezes na nossa vida, as coisas podem mesmo ir piorando.
AC
PODE!!!
Seja a situação da economia, o turismo, a violência doméstica, as alterações climáticas, a corrupção, o compadre, o nepotismo, a pouca vergonha no futebol, a justiça, a promiscuidade política-negócios, o que se quiser.
Não se deve ser pessimista mas, também o inverso não é bom.
Pensar pela cabeça mas ter a certeza que, muitas vezes na nossa vida, as coisas podem mesmo ir piorando.
AC
sábado, 29 de setembro de 2018
FADOS, ALFAMA
Não sou apreciador do fado. Mas reconheço que vários são bem interessantes. E existem muito bons cantores, fadistas.
Não sendo apreciador, muito menos um perito na matéria, ainda assim arrisco dizer que não me é muito difícil acertar em nomes que têm excelente voz. Tal como sei que existem alguns cantores que não são propriamente fadistas tradicionais.
Vem isto a propósito de me terem convencido a ter ido ontem a Alfama. O programa mais forte era no palco principal, com uma senhora que eu não conhecia, Maria Emília, depois Paulo de Carvalho e a rematar Dulce Pontes.
Com a reserva que decorre do que supra referi, pareceu-me que Maria Emília promete.
Paulo de Carvalho, sem ser um fadista tradicional, é qualquer coisa que eu imagino difícil de bater.
Extraordinária voz, e sabe cativar e envolver o público. As bancadas estavam cheias e quanto aos que estavam de pé mais perto do palco havia muita gente.
Foi para mim um muito bom momento da noite.
Veio depois Dulce Pontes.
Respeito, como sempre, as opiniões divergentes.
A minha é que a cantora, que tem boa voz, enveredou há anos pela gritaria estridente, pelos berros, e quase não cantou fados.
A menos que o tenha feito na parte final, porque desisti, fui-me embora.
Quando saí, já centenas o tinham feito, as bancadas quase vazias.
Uma tristeza, um barrete de espectáculo.
Paulo de Carvalho uma voz cristalina, límpida, forte, percebendo-se tudo, todas as palavras. Encantando o público, envolvendo o público.
Dulce Pontes terá êxito no estrangeiro, não percebem a língua, portanto não cuidam senão da sonoridade rebenta tímpanos e da batucada.
AC
Não sou apreciador do fado. Mas reconheço que vários são bem interessantes. E existem muito bons cantores, fadistas.
Não sendo apreciador, muito menos um perito na matéria, ainda assim arrisco dizer que não me é muito difícil acertar em nomes que têm excelente voz. Tal como sei que existem alguns cantores que não são propriamente fadistas tradicionais.
Vem isto a propósito de me terem convencido a ter ido ontem a Alfama. O programa mais forte era no palco principal, com uma senhora que eu não conhecia, Maria Emília, depois Paulo de Carvalho e a rematar Dulce Pontes.
Com a reserva que decorre do que supra referi, pareceu-me que Maria Emília promete.
Paulo de Carvalho, sem ser um fadista tradicional, é qualquer coisa que eu imagino difícil de bater.
Extraordinária voz, e sabe cativar e envolver o público. As bancadas estavam cheias e quanto aos que estavam de pé mais perto do palco havia muita gente.
Foi para mim um muito bom momento da noite.
Veio depois Dulce Pontes.
Respeito, como sempre, as opiniões divergentes.
A minha é que a cantora, que tem boa voz, enveredou há anos pela gritaria estridente, pelos berros, e quase não cantou fados.
A menos que o tenha feito na parte final, porque desisti, fui-me embora.
Quando saí, já centenas o tinham feito, as bancadas quase vazias.
Uma tristeza, um barrete de espectáculo.
Paulo de Carvalho uma voz cristalina, límpida, forte, percebendo-se tudo, todas as palavras. Encantando o público, envolvendo o público.
Dulce Pontes terá êxito no estrangeiro, não percebem a língua, portanto não cuidam senão da sonoridade rebenta tímpanos e da batucada.
AC
COLUNA VERTEBRAL
Como poderá ser pesquisado neste blogue, em tempos idos deixei bem preto no branco que o governo PAFIANO, com Passos Coelho à cabeça, fez basicamente o que tinha de ser feito depois da trágica herança Socretina, mas devia ter evitado certos e terríveis disparates.
Isto dito, e discordando de algumas decisões políticas dele, continua a parecer-me um homem sério, ainda que tenha tido alguma amnésia sobre o seu passado.
A fazer fé nos OCS, ele não deu oportunidade a Marcelo para mais uma cena das habituais. Penso que fez bem. A desculpa de que é novo é gira, é uma curiosa forma de lhe dizer - não tenho paciência para aturar-te.
AC
Como poderá ser pesquisado neste blogue, em tempos idos deixei bem preto no branco que o governo PAFIANO, com Passos Coelho à cabeça, fez basicamente o que tinha de ser feito depois da trágica herança Socretina, mas devia ter evitado certos e terríveis disparates.
Isto dito, e discordando de algumas decisões políticas dele, continua a parecer-me um homem sério, ainda que tenha tido alguma amnésia sobre o seu passado.
A fazer fé nos OCS, ele não deu oportunidade a Marcelo para mais uma cena das habituais. Penso que fez bem. A desculpa de que é novo é gira, é uma curiosa forma de lhe dizer - não tenho paciência para aturar-te.
AC
Reforma do sistema eleitoral
Como em tudo haverá quem defenda o actual sistema eleitoral, quem se conforme, quem considere que precisa de rejuvenescimento.
Como em tudo haverá quem defenda o actual sistema eleitoral, quem se conforme, quem considere que precisa de rejuvenescimento.
Sobretudo, mas creio mesmo que só ao nível de alguns juristas e em faculdades de direito, este tema tem sido periodicamente abordado.
No passado dia 12 de Setembro teve lugar em Lisboa, na Faculdade de Direito, uma conferência que contou com a presença de muitos ligados ao assunto e também o actual PR.
A falha pode ter sido minha, mas não vi nos OCS eco nenhum sobre a coisa. No sítio da Presidência está lá a alocução de Marcelo Rebelo de Sousa.
Esta ausência de debate público significa alguma coisa?
O quê?
José Ribeiro e Castro é um dos poucos que luta neste tema, argumentando que o sistema precisa de ser alterado.
O quê?
José Ribeiro e Castro é um dos poucos que luta neste tema, argumentando que o sistema precisa de ser alterado.
Ele defende para Portugal o sistema eleitoral alemão, no qual os eleitores podem votar cumulativamente em listas partidárias em círculos plurinominais, como hoje sucede, e num candidato em círculos uninominais, à maneira britânica.
No estudo do direito, fascinou-me o direito constitucional, e gostei de ler e pensar sobre os direitos e também sobre a problemática do sistema eleitoral, o nosso, e o de outros países.
Mas é assim que este povão gosta, convencer-se do milagre económico, feliz por ter mais 15 euros no vencimento mensal, alegre com a Cristina Ferreira, triste porque o Sporting perdeu o Porto também e o Benfica empatou, contente porque continua a poder ir à praia, e feliz por tirar fotografias com Marcelo.
A conta..............quem vier atrás que feche a porta e apague a luz.
Para quê incomodar-mo-nos com coisas maçudas?
Deixem isso para os políticos, eles é que sabem.
POIS.
António Cabral
Mas é assim que este povão gosta, convencer-se do milagre económico, feliz por ter mais 15 euros no vencimento mensal, alegre com a Cristina Ferreira, triste porque o Sporting perdeu o Porto também e o Benfica empatou, contente porque continua a poder ir à praia, e feliz por tirar fotografias com Marcelo.
A conta..............quem vier atrás que feche a porta e apague a luz.
Para quê incomodar-mo-nos com coisas maçudas?
Deixem isso para os políticos, eles é que sabem.
POIS.
António Cabral
sexta-feira, 28 de setembro de 2018
quinta-feira, 27 de setembro de 2018
CORTESIA, BOA EDUCAÇÃO
Boa educação, falta de educação, malcriados, insolentes, falta de cortesia...........
É vulgar ouvir-se expressões como - é uma pessoa muito bem educada, uma pessoa muito simpática, uma pessoa fina.
O que garante efectivamente que uma determinada pessoa é bem educada?
Bom, estou convencido de que:
> quem recebe um mail solicitando informação com uma indicação clara de pedido de desculpas por estar a maçar,
> quem recebe carta registada ou mail a dar-lhes parabéns por exemplo pela tomada de posse de importante cargo,
> quem é contactado por telefone e, por esta ou aquela razão nunca pode atender e, no fim do dia não devolve a chamada,
não é certamente uma pessoa educada, bem formada, com conhecimento de normas de bom relacionamento em sociedade e de cortesia.
E pululam por aí uma quantidade de gentios destes. Particulares, e vários dentro de instituições do Estado e em empresas privadas.
Uns parvalhões
AC
Boa educação, falta de educação, malcriados, insolentes, falta de cortesia...........
É vulgar ouvir-se expressões como - é uma pessoa muito bem educada, uma pessoa muito simpática, uma pessoa fina.
O que garante efectivamente que uma determinada pessoa é bem educada?
Bom, estou convencido de que:
> quem recebe um mail solicitando informação com uma indicação clara de pedido de desculpas por estar a maçar,
> quem recebe carta registada ou mail a dar-lhes parabéns por exemplo pela tomada de posse de importante cargo,
> quem é contactado por telefone e, por esta ou aquela razão nunca pode atender e, no fim do dia não devolve a chamada,
não é certamente uma pessoa educada, bem formada, com conhecimento de normas de bom relacionamento em sociedade e de cortesia.
E pululam por aí uma quantidade de gentios destes. Particulares, e vários dentro de instituições do Estado e em empresas privadas.
Uns parvalhões
AC
JÁ LEMBRAVA "JUAN" : PORQUE NA TE CALAS?
Cavaco: não recondução de Marques Vidal é talvez a decisão “mais estranha” da “geringonça”. O ex-Presidente da República considera que a saída da procuradora-geral da República no final do seu primeiro mandato foi uma “decisão política”.
Cavaco: não recondução de Marques Vidal é talvez a decisão “mais estranha” da “geringonça”. O ex-Presidente da República considera que a saída da procuradora-geral da República no final do seu primeiro mandato foi uma “decisão política”.
>...mais estranha - claro que não foi, é só pensar nos antecedentes e nos processos
> ...decisão política - havia de ter sido o quê? jogo de damas?
AC
TANCOS, o PR, o PM, o MDN, o CEME,.......
E a pouca vergonha?
Num passado muito recente publiquei considerações sobre este lamentável assunto. Vem isto a propósito de mais uns artigos recentes para que me chamaram a atenção, incluindo aquelas "famosas" caixas em jornais com setas para cima e para baixo, ou com bonecada depreciativa, onde o actual CEME é colocado nas ruas da amargura. Pessoalmente também penso que o general que continua à frente do Exército se tem colocado muito a jeito, e evidenciado entre outras coisas, uma inabilidade assustadora.
Mas vem tudo isto a propósito sobretudo pelos desenvolvimentos dos últimos dois dias, envolvendo designadamente a Polícia Judiciária Militar. E com estes eventos creio que tudo se modifica outra vez, e para cada vez pior.
Na revista Visão de 19 de Julho, Ricardo Araújo Pereira gozava com a telenovela Tancos. A dada altura do texto dizia ele que o caso Tancos teve o grande mérito de introduzir na discussão pública a bonita palavra paiol, no plural: paióis. As rondas aos paióis, o assalto aos paióis, a visita do presidente aos paióis.
Depois recomendava o lançamento de um movimento estético, chamado "paiolismo". Em gozo pleno, o texto prossegue enumerando a sequência de declarações lamentáveis protagonizadas por ainda mais lamentáveis criaturas.
Com as detenções e suspeitas dos últimos dois dias, o que pensar agora?
Sinteticamente, que nenhuma bota bate com a perdigota e que desde o Presidente da República ao PM e ao MDN, nenhum deles pode ser levado a sério, em nenhum se pode confiar.
1º - parece-me evidente que o silêncio ensurdecedor sobre o assunto, o que aconteceu realmente, responsabilidades, consequências, é inaceitável. Mesmo tendo em conta que o tempo da justiça é mais lento. Uma coisa desta gravidade, não deveria persistir no "limbo", e ainda por cima qualquer cidadão comum tem agora ainda mais o direito de desconfiar desta gentinha toda;
2º - por outro lado, é inacreditável o papel do Presidente da República; não poderia algum dos seus assessores dar-lhe um papel escrito com a sucessão de factos e notícias, e as sucessivas e patéticas declarações do MDN, do anterior CEMGFA, do PM e, sobretudo, dele próprio, Presidente, para observar as incoerências e os sacos de vento em que se transformaram todos? Ou foram sabendo coisas e foram-se atrapalhando?
3º - Como costuma dizer Marcelo Rebelo de Sousa - isto é a democracia?
4º - Dá agora a sensação de que o roubo de Tancos não foi como em tempos quase sugerido, uma obra de um gangue do crime organizado com ligações à Máfia, nem de uma qualquer rede de terrorismo internacional;
5º - Querem agora fazer crer, por outro lado, que foi um indivíduo o autor do roubo e não houve colaborações nem no roubo nem nas patéticas devoluções com prenda grátis?
Esta deplorável e inqualificável telenovela pode ter uns ligeiros méritos, méritos por poder ajudar à reflexão sobre o caso a que qualquer cidadão tem direito, e ocorre-me assim o seguinte:
> Que real significado tem a designação Comandante Supremo das Forças Armadas (Artº 120º, CRP) ?
> Que significa para muita gentinha a expressão - dignidade intelectual, e honestidade política?
> Que funcionamento das instituições?
> Que garante do funcionamento das instituições?
> Responsabilidades? O caso está nas mãos da justiça mas, e as responsabilidades pelo acompanhamento e gestão políticas do caso? Sendo real que todos os antecessores de Azeredo Lopes e de António Costa têm imensas culpas em tudo o que respeita o lamentável estado a que conduziram as Forças Armadas, isso é desculpa para 3 anos de governação? Isso é desculpa para a telenovela Tancos?
Oremos pois, aguardemos, suspiremos, tenhamos muita fé mas muita fé, lembremo-nos que somos os melhores dos melhores, que está a ser feito tudo mas mesmo tudo, e ainda só passou um ano e.......(um ano não, semanas...), o tempo da justiça é outro, e os estatutos dos militares das Forças Armadas valem o que valem como se tem visto, e tenhamos portanto muita mas mesmo muita pachorra para aturar tudo isto.
Desgraçado País.
E a pouca vergonha?
Num passado muito recente publiquei considerações sobre este lamentável assunto. Vem isto a propósito de mais uns artigos recentes para que me chamaram a atenção, incluindo aquelas "famosas" caixas em jornais com setas para cima e para baixo, ou com bonecada depreciativa, onde o actual CEME é colocado nas ruas da amargura. Pessoalmente também penso que o general que continua à frente do Exército se tem colocado muito a jeito, e evidenciado entre outras coisas, uma inabilidade assustadora.
Mas vem tudo isto a propósito sobretudo pelos desenvolvimentos dos últimos dois dias, envolvendo designadamente a Polícia Judiciária Militar. E com estes eventos creio que tudo se modifica outra vez, e para cada vez pior.
Na revista Visão de 19 de Julho, Ricardo Araújo Pereira gozava com a telenovela Tancos. A dada altura do texto dizia ele que o caso Tancos teve o grande mérito de introduzir na discussão pública a bonita palavra paiol, no plural: paióis. As rondas aos paióis, o assalto aos paióis, a visita do presidente aos paióis.
Depois recomendava o lançamento de um movimento estético, chamado "paiolismo". Em gozo pleno, o texto prossegue enumerando a sequência de declarações lamentáveis protagonizadas por ainda mais lamentáveis criaturas.
Com as detenções e suspeitas dos últimos dois dias, o que pensar agora?
Sinteticamente, que nenhuma bota bate com a perdigota e que desde o Presidente da República ao PM e ao MDN, nenhum deles pode ser levado a sério, em nenhum se pode confiar.
1º - parece-me evidente que o silêncio ensurdecedor sobre o assunto, o que aconteceu realmente, responsabilidades, consequências, é inaceitável. Mesmo tendo em conta que o tempo da justiça é mais lento. Uma coisa desta gravidade, não deveria persistir no "limbo", e ainda por cima qualquer cidadão comum tem agora ainda mais o direito de desconfiar desta gentinha toda;
2º - por outro lado, é inacreditável o papel do Presidente da República; não poderia algum dos seus assessores dar-lhe um papel escrito com a sucessão de factos e notícias, e as sucessivas e patéticas declarações do MDN, do anterior CEMGFA, do PM e, sobretudo, dele próprio, Presidente, para observar as incoerências e os sacos de vento em que se transformaram todos? Ou foram sabendo coisas e foram-se atrapalhando?
3º - Como costuma dizer Marcelo Rebelo de Sousa - isto é a democracia?
4º - Dá agora a sensação de que o roubo de Tancos não foi como em tempos quase sugerido, uma obra de um gangue do crime organizado com ligações à Máfia, nem de uma qualquer rede de terrorismo internacional;
5º - Querem agora fazer crer, por outro lado, que foi um indivíduo o autor do roubo e não houve colaborações nem no roubo nem nas patéticas devoluções com prenda grátis?
Esta deplorável e inqualificável telenovela pode ter uns ligeiros méritos, méritos por poder ajudar à reflexão sobre o caso a que qualquer cidadão tem direito, e ocorre-me assim o seguinte:
> Que real significado tem a designação Comandante Supremo das Forças Armadas (Artº 120º, CRP) ?
> Que significa para muita gentinha a expressão - dignidade intelectual, e honestidade política?
> Que funcionamento das instituições?
> Que garante do funcionamento das instituições?
> Responsabilidades? O caso está nas mãos da justiça mas, e as responsabilidades pelo acompanhamento e gestão políticas do caso? Sendo real que todos os antecessores de Azeredo Lopes e de António Costa têm imensas culpas em tudo o que respeita o lamentável estado a que conduziram as Forças Armadas, isso é desculpa para 3 anos de governação? Isso é desculpa para a telenovela Tancos?
Oremos pois, aguardemos, suspiremos, tenhamos muita fé mas muita fé, lembremo-nos que somos os melhores dos melhores, que está a ser feito tudo mas mesmo tudo, e ainda só passou um ano e.......(um ano não, semanas...), o tempo da justiça é outro, e os estatutos dos militares das Forças Armadas valem o que valem como se tem visto, e tenhamos portanto muita mas mesmo muita pachorra para aturar tudo isto.
Desgraçado País.
AC
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quarta-feira, 26 de setembro de 2018
HÁ SILÊNCIOS INTERESSANTES
No debate parlamentar desta tarde, o CDS resolveu questionar António Costa, se continuava a manter confiança no ministro Azeredo Lopes e no CEME.
A resposta foi rápida mas com uma "nuance", silêncio absoluto quanto ao general chefe do Exército.
Interessante.
Vai parecendo cada vez mais óbvio que Rovisco Duarte, pelo menos no fim do mandato (ABRIL 2019) leva guia de marcha para casa.
Claro que Marcelo o condecorará pelos altos serviços prestados.
AC
No debate parlamentar desta tarde, o CDS resolveu questionar António Costa, se continuava a manter confiança no ministro Azeredo Lopes e no CEME.
A resposta foi rápida mas com uma "nuance", silêncio absoluto quanto ao general chefe do Exército.
Interessante.
Vai parecendo cada vez mais óbvio que Rovisco Duarte, pelo menos no fim do mandato (ABRIL 2019) leva guia de marcha para casa.
Claro que Marcelo o condecorará pelos altos serviços prestados.
AC
"Os Lusíadas" e o presente
Periodicamente, passo os olhos por livros ou parte deles, dos vários que tenho em casa. É o caso da obra "excelsa"
Nela encontro sempre algo que me mostra o retrato actual do meu País. Observar o debate parlamentar da tarde de hoje contribui para as certezas que se têm há muito. E, portanto, aqui vai:
Por exemplo:
Canto II, VI
Pergunta-lhe depois.........
...............
...............do peito lhe desterra
Toda a suspeita e cauta fantasia;
Por onde o Capitão seguramente
Se fia da infiel e falsa gente.
Ou então
Canto X, LVIII
.......
Quem faz injúria vil e sem razão
Com forças e poder em que está posto,
Não vence; que a vitória verdadeira,
É saber ter justiça, nua e inteira. AC
Periodicamente, passo os olhos por livros ou parte deles, dos vários que tenho em casa. É o caso da obra "excelsa"
Nela encontro sempre algo que me mostra o retrato actual do meu País. Observar o debate parlamentar da tarde de hoje contribui para as certezas que se têm há muito. E, portanto, aqui vai:
Por exemplo:
Canto II, VI
Pergunta-lhe depois.........
...............
...............do peito lhe desterra
Toda a suspeita e cauta fantasia;
Por onde o Capitão seguramente
Se fia da infiel e falsa gente.
Ou então
Canto X, LVIII
.......
Quem faz injúria vil e sem razão
Com forças e poder em que está posto,
Não vence; que a vitória verdadeira,
É saber ter justiça, nua e inteira. AC
OS PODEROSOS
Entre outras manias, vícios, ou taras, chamem-lhe o que quiserem, tenho por hábito passar em revista periódica OCS nacionais e internacionais já passados. Há sempre coisas que merecem ser revisitadas já depois de esfriadas.
Estive a reler vários dos exemplares do Jornal de Negócios que em determinada época dos anos costuma ter durante semanas umas graças acerca de poderosos!!!! PODEROSOS, vejam bem.
No Passado dia 7 de Setembro o Jornal de Negócios designou Marcelo Rebelo de Sousa como o mais poderoso entre 50 candidatos ao título, entre portugueses e portuguesas e estrangeiros e estrangeiras.
Estive a rever os critérios desta espécie de concurso e são: poder da fortuna, rede empresarial, influência política, influência mediática e perenidade!
Marcelo foi o mais poderoso pelo 2º ano. É obra!!!
Sobretudo quando o seu antecessor nunca passou do 21º lugar, tendo Marcelo ganho o "ouro" em 2017 e 2018 e o bronze em 2016.
Ah, Costa, o nosso Costa, o António Costa, ficou em 2º, à frente de Xi Jinping o presidente Chinês que foi 3º, e de Angela Merkel que foi 4ª.!!!!!! É obra.
Os jornalistas são mesmo engraçados.
Nada subservientes, venerandos, agradecidos, curvados e sem dores nas costas.
E dizem que a nossa democracia está madura...............
AC
Entre outras manias, vícios, ou taras, chamem-lhe o que quiserem, tenho por hábito passar em revista periódica OCS nacionais e internacionais já passados. Há sempre coisas que merecem ser revisitadas já depois de esfriadas.
Estive a reler vários dos exemplares do Jornal de Negócios que em determinada época dos anos costuma ter durante semanas umas graças acerca de poderosos!!!! PODEROSOS, vejam bem.
No Passado dia 7 de Setembro o Jornal de Negócios designou Marcelo Rebelo de Sousa como o mais poderoso entre 50 candidatos ao título, entre portugueses e portuguesas e estrangeiros e estrangeiras.
Estive a rever os critérios desta espécie de concurso e são: poder da fortuna, rede empresarial, influência política, influência mediática e perenidade!
Marcelo foi o mais poderoso pelo 2º ano. É obra!!!
Sobretudo quando o seu antecessor nunca passou do 21º lugar, tendo Marcelo ganho o "ouro" em 2017 e 2018 e o bronze em 2016.
Ah, Costa, o nosso Costa, o António Costa, ficou em 2º, à frente de Xi Jinping o presidente Chinês que foi 3º, e de Angela Merkel que foi 4ª.!!!!!! É obra.
Os jornalistas são mesmo engraçados.
Nada subservientes, venerandos, agradecidos, curvados e sem dores nas costas.
E dizem que a nossa democracia está madura...............
AC
THE ECONOMIST
Revista que veio à luz do dia em 1843. Está a comemorar o seu 175º aniversário.
Como tudo na vida, coisas muito interessantes, outras menos.
Este nº, que me custou 7,50 €, relembra a folhas 5 - "Published since September 1843 to take part in a severe contest between intelligence, which presses forward, and unworthy timid ignorance obstructing our progress".
Revista que veio à luz do dia em 1843. Está a comemorar o seu 175º aniversário.
Como tudo na vida, coisas muito interessantes, outras menos.
Este nº, que me custou 7,50 €, relembra a folhas 5 - "Published since September 1843 to take part in a severe contest between intelligence, which presses forward, and unworthy timid ignorance obstructing our progress".
Concretamente em Portugal a luta cada vez é mais terrível.
Veja-se que sector se quiser da nossa sociedade. O exemplo recente dos táxis é elucidativo, com muitos a dizer que não bloquearam nada e inclusive um comentador de blogue muito conhecido a confirmar que eles coitadinhos não fizeram nada de ilegal.
Como se vê nesta fotografia, digo eu!
AC
26 SETEMBRO
> 1888 - Nasceu o poeta T. S. Elliot
> 1925 - Faleceu Cândido de Figueiredo, fundador da Sociedade de Geografia de Lisboa
> 1960 - EUA, campanha eleitoral, debate televisivo Kennedy-Nixon
> 1968 - Marcelo Caetano a Presidente do Conselho de Ministros
> 2008 - Faleceu Paul Newman
> 2018 - Director da PJM recolheu ao presídio militar de Tomar
AC
> 1888 - Nasceu o poeta T. S. Elliot
> 1925 - Faleceu Cândido de Figueiredo, fundador da Sociedade de Geografia de Lisboa
> 1960 - EUA, campanha eleitoral, debate televisivo Kennedy-Nixon
> 1968 - Marcelo Caetano a Presidente do Conselho de Ministros
> 2008 - Faleceu Paul Newman
> 2018 - Director da PJM recolheu ao presídio militar de Tomar
AC
terça-feira, 25 de setembro de 2018
A TELENOVELA TANCOS
Pelo que se vai vendo, continuamos de prestígio em prestígio.
Ouvi há pouco o jurista Rui Pereira, homem ligado ao PS e ex-ministro socialista, a dizer, preto no branco - não há perigo para a segurança quando é roubado material de guerra?
Na CM TV arrasou completamente os sacos de vento políticos, civis e outros, que tiveram /têm o atrevimento de mentir sempre e ocultar.
Ah, e devemos estar perante a tal farsa anunciada com veemência meses atrás.
Banditismo, desvio real de armamento, gangues organizados com gente de várias proveniências..............É TUDO FARSA, INVENTONAS
AC
Pelo que se vai vendo, continuamos de prestígio em prestígio.
Ouvi há pouco o jurista Rui Pereira, homem ligado ao PS e ex-ministro socialista, a dizer, preto no branco - não há perigo para a segurança quando é roubado material de guerra?
Na CM TV arrasou completamente os sacos de vento políticos, civis e outros, que tiveram /têm o atrevimento de mentir sempre e ocultar.
Ah, e devemos estar perante a tal farsa anunciada com veemência meses atrás.
Banditismo, desvio real de armamento, gangues organizados com gente de várias proveniências..............É TUDO FARSA, INVENTONAS
AC
POLÍTICA EXTERNA. RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Como cidadão, regozijo-me por, aparentemente, as relações com Angola estarem a melhorar.
Quero acreditar que houve importante trabalho por baixo da mesa por parte da Presidência da República e do Governo.
À parte a questão do traje à chegada a Luanda, uma palhaçada inaceitável, surgiram uns quantos a tratar apenas do tema do traje piroso do PM e outros, quais mastins, na defesa apenas porque sim e gritando LOAS pela notável visita a Luanda.
Nem tanto ao mar nem tanto à terra.
Piroseira à parte, só imbecis desprezarão a visita em causa, e o seu significado real. O trabalho de António Costa e outros não deve ser desprezado.
A anunciada visita a Lisboa, em Novembro, por parte do presidente Angolano, creio que ajudará a perceber melhor como estão de facto as coisas.
Agora, mais uma vez e infelizmente, exagera-se e de que maneira.
Por exemplo:
> 11 acordos bilaterais - sim, assinados, é positivo, mas as coisas não se alteram no terreno por toque de varinha mágica; vai decorrer muito tempo, até que as dificuldades para as empresas Portuguesas comecem a diminuir; quase todas a quem Angola deve imenso,
> regularização de dívidas Angolanas a empresas Portuguesas - é um caso concreto, e não será por varinha mágica que Angola de repente acumule divisas estrangeiras, o que foi um factor decisivo para os constrangimentos que subsistem, para os não pagamentos, para a impossibilidade de efectuar transferências;
> fim da dupla tributação nas transações comerciais - óptimo sinal de mudança, mas vai demorar um pouco a completar a legislação, a burocracia, dos dois lados,
> aumento de voos Luanda - Lisboa - aguardemos, para observar a realidade TAP e da companhia Angolana.
Em síntese, passo decisivo, mas calma, aguardemos.
AC
Como cidadão, regozijo-me por, aparentemente, as relações com Angola estarem a melhorar.
Quero acreditar que houve importante trabalho por baixo da mesa por parte da Presidência da República e do Governo.
À parte a questão do traje à chegada a Luanda, uma palhaçada inaceitável, surgiram uns quantos a tratar apenas do tema do traje piroso do PM e outros, quais mastins, na defesa apenas porque sim e gritando LOAS pela notável visita a Luanda.
Nem tanto ao mar nem tanto à terra.
Piroseira à parte, só imbecis desprezarão a visita em causa, e o seu significado real. O trabalho de António Costa e outros não deve ser desprezado.
A anunciada visita a Lisboa, em Novembro, por parte do presidente Angolano, creio que ajudará a perceber melhor como estão de facto as coisas.
Agora, mais uma vez e infelizmente, exagera-se e de que maneira.
Por exemplo:
> 11 acordos bilaterais - sim, assinados, é positivo, mas as coisas não se alteram no terreno por toque de varinha mágica; vai decorrer muito tempo, até que as dificuldades para as empresas Portuguesas comecem a diminuir; quase todas a quem Angola deve imenso,
> regularização de dívidas Angolanas a empresas Portuguesas - é um caso concreto, e não será por varinha mágica que Angola de repente acumule divisas estrangeiras, o que foi um factor decisivo para os constrangimentos que subsistem, para os não pagamentos, para a impossibilidade de efectuar transferências;
> fim da dupla tributação nas transações comerciais - óptimo sinal de mudança, mas vai demorar um pouco a completar a legislação, a burocracia, dos dois lados,
> aumento de voos Luanda - Lisboa - aguardemos, para observar a realidade TAP e da companhia Angolana.
Em síntese, passo decisivo, mas calma, aguardemos.
AC
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
OLHA, Vital Moreira a chamar ridículo à criatura
Sim, à criatura que berrou na AR, vou dizer pela 4ª vez - O INFARMED VAI para o PORTO
Como se vê. Os sublinhados são meus.
Sim, à criatura que berrou na AR, vou dizer pela 4ª vez - O INFARMED VAI para o PORTO
Como se vê. Os sublinhados são meus.
E ainda alguns amigos acham que é excessivo alcunhar esta gente de aldrabões e vigaristas.
AC
........"O caso do Infarmed vem pôr a ridículo o anunciado processo de desconcentração da sede de serviços públicos do Estado. RIP! Parafraseando um célebre dito de Luís XIV, também Lisboa pode dizer: "O Estado sou eu"!
........"O caso do Infarmed vem pôr a ridículo o anunciado processo de desconcentração da sede de serviços públicos do Estado. RIP! Parafraseando um célebre dito de Luís XIV, também Lisboa pode dizer: "O Estado sou eu"!
domingo, 23 de setembro de 2018
DOMINGO
Excelente dia.
Lazer, apoiar ascendente, matar saudades de um local excelente e também através de muito bem confecionado almoço,
e acabar o dia com banho de cultura e a brincar com o neto mais novo.
Abençoados Krzysztof Penderecki ("Largo", para violoncelo e orquestra) Béla Bartók (concerto para orquestra, BB 123) e Orquestra Metropolitana de Lisboa, que assim me ajudaram a carregar baterias.
Excelente dia.
Lazer, apoiar ascendente, matar saudades de um local excelente e também através de muito bem confecionado almoço,
e acabar o dia com banho de cultura e a brincar com o neto mais novo.
Abençoados Krzysztof Penderecki ("Largo", para violoncelo e orquestra) Béla Bartók (concerto para orquestra, BB 123) e Orquestra Metropolitana de Lisboa, que assim me ajudaram a carregar baterias.
Cultura, no caso concreto a música, que me ajuda a melhor ir compreendendo a vida.
António Cabral (AC)
HENRIQUE
Henrique, sempre que olho para si interrogo-me - quantos políticos /elites desde há trinta anos são efectivamente apaixonados pelo mar?
Ocorrem-me de imediato estes nomes: Hernani Lopes, Mário Ruivo, Tiago de Pitta e Cunha, Vieira Matias, Pinto de Abreu.
Continuo a pensar que, sobretudo ao nível dos sucessivos titulares de orgãos de soberania muita pompa, circunstância, discursatas e sacos de vento. Como dizia um anúncio antigo, "falam falam mas.......
Oxalá estivesse enganado.
Bem, quanto a encontrar amigos da Marinha..............
AC
Henrique, sempre que olho para si interrogo-me - quantos políticos /elites desde há trinta anos são efectivamente apaixonados pelo mar?
Ocorrem-me de imediato estes nomes: Hernani Lopes, Mário Ruivo, Tiago de Pitta e Cunha, Vieira Matias, Pinto de Abreu.
Continuo a pensar que, sobretudo ao nível dos sucessivos titulares de orgãos de soberania muita pompa, circunstância, discursatas e sacos de vento. Como dizia um anúncio antigo, "falam falam mas.......
Oxalá estivesse enganado.
Bem, quanto a encontrar amigos da Marinha..............
AC
POIS......."Os poucos que assistem à farsa com o horror que esta merece aproveitam para se despedir do melhor país do mundo a fingir que não é uma vergonha, nas mãos de criaturas que não têm nenhuma".
Pois........uma concordância e uma discordância.
Concordância - não têm vergonha nenhuma
Discordância - não eram assim tão poucos
António Cabral (AC)
sábado, 22 de setembro de 2018
AINDA as TRANSPARÊNCIAS e PGR
Tenho estado a ler vários textos em inglês acerca dos EUA e concretamente sobre a dívida, economia, Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Senado e Câmara de Representantes, e as eleições cíclicas/ intermédias (2 em 2 anos) que se aproximam.
A propósito do STJ americano, e da nomeação de um novo e aparentemente muito questionável juiz, recordei uma fase interessante da minha vida, mesmo muito interessante, profissionalmente e, também, pela vivência e observação na "estranja" do mundo desse tempo.
Holanda, 1991, 1992.
A diferença horária permitiu-me acompanhar na TV muitas das sessões das "audições" do nomeado "Judge Thomas" perante o Congresso.
Procedimento que, nos EUA, obriga os indicados para cargos na máquina do Estado a sentarem-se em frente dos eleitos pelos cidadãos para, por um lado, quererem ouvir as ideias que eles têm para os lugares para que estão apontados e, por outro lado, passar a vida deles a pente fino ou coisa parecida.
Dispenso-me de abordar aquela parte que muitas vezes ocorre como está agora a acontecer, em que vão pesquisar amantes, casos, infidelidades e etc.
No caso do "Judge Thomas" foram buscar, se a memória não falha, casos denunciados de "afaires" diversos no passado do homem que, ainda assim, acabou por passar o teste severo, e lá ficou com o cargo vitalício.
Estou a falar disto tendo bem presente o caso da nomeação da nova PGR.
Porque, veio-me à cabeça, mais uma vez como periodicamente me acontece desde 1992, se não devíamos ter no nosso País um procedimento semelhante ao que vigora nos EUA, audições parlamentares, sérias.
Não decorreria daqui um aumento de responsabilidade e de poder democrático conferido à Assembleia da República?
Será que isso contribuiria para minimizar os tachos por compadrio ou amiguismo ou colega de loja?
Recordo, entre outros, quem poderia passar por esse crivo: presidentes dos Tribunais Constitucional e de Contas, PGR, os 4 chefes militares, Provedor de Justiça, presidente da CGD.
E CEO de todas as empresas públicas?
Na questão da transparência, parece haver quem defenda a não renovação dos cargos públicos independentes, para não afectar a independência dos titulares.
É sempre interessante ler e ouvir estes respeitáveis entendimentos sobretudo a propósito da recente telenovela PGR.
Mais interessante ainda vindo de alguns que se esquecem, convenientemente, dos Presidentes da República socialistas que trataram de agradar no primeiro mandato. Cavaco Silva, que nunca me foi simpático como cidadão, penso que ainda assim não o fez. Já Marcelo............
Apelos aos princípios se convier, caso contrário...........
São as transparências habituais dos defensores das amplas liberdades, dos socialistas morando dentro da gaveta, e de muitos pacóvios ou não desde os insulares aos continentais (eh..eh...)....................
AC
Tenho estado a ler vários textos em inglês acerca dos EUA e concretamente sobre a dívida, economia, Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Senado e Câmara de Representantes, e as eleições cíclicas/ intermédias (2 em 2 anos) que se aproximam.
A propósito do STJ americano, e da nomeação de um novo e aparentemente muito questionável juiz, recordei uma fase interessante da minha vida, mesmo muito interessante, profissionalmente e, também, pela vivência e observação na "estranja" do mundo desse tempo.
Holanda, 1991, 1992.
A diferença horária permitiu-me acompanhar na TV muitas das sessões das "audições" do nomeado "Judge Thomas" perante o Congresso.
Procedimento que, nos EUA, obriga os indicados para cargos na máquina do Estado a sentarem-se em frente dos eleitos pelos cidadãos para, por um lado, quererem ouvir as ideias que eles têm para os lugares para que estão apontados e, por outro lado, passar a vida deles a pente fino ou coisa parecida.
Dispenso-me de abordar aquela parte que muitas vezes ocorre como está agora a acontecer, em que vão pesquisar amantes, casos, infidelidades e etc.
No caso do "Judge Thomas" foram buscar, se a memória não falha, casos denunciados de "afaires" diversos no passado do homem que, ainda assim, acabou por passar o teste severo, e lá ficou com o cargo vitalício.
Estou a falar disto tendo bem presente o caso da nomeação da nova PGR.
Porque, veio-me à cabeça, mais uma vez como periodicamente me acontece desde 1992, se não devíamos ter no nosso País um procedimento semelhante ao que vigora nos EUA, audições parlamentares, sérias.
Não decorreria daqui um aumento de responsabilidade e de poder democrático conferido à Assembleia da República?
Será que isso contribuiria para minimizar os tachos por compadrio ou amiguismo ou colega de loja?
Recordo, entre outros, quem poderia passar por esse crivo: presidentes dos Tribunais Constitucional e de Contas, PGR, os 4 chefes militares, Provedor de Justiça, presidente da CGD.
E CEO de todas as empresas públicas?
Na questão da transparência, parece haver quem defenda a não renovação dos cargos públicos independentes, para não afectar a independência dos titulares.
É sempre interessante ler e ouvir estes respeitáveis entendimentos sobretudo a propósito da recente telenovela PGR.
Mais interessante ainda vindo de alguns que se esquecem, convenientemente, dos Presidentes da República socialistas que trataram de agradar no primeiro mandato. Cavaco Silva, que nunca me foi simpático como cidadão, penso que ainda assim não o fez. Já Marcelo............
Apelos aos princípios se convier, caso contrário...........
São as transparências habituais dos defensores das amplas liberdades, dos socialistas morando dentro da gaveta, e de muitos pacóvios ou não desde os insulares aos continentais (eh..eh...)....................
AC
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COISAS da TRANSPARÊNCIA
Ainda a propósito da telenovela PGR, mais uma vez vários defendem que foram muitos claros, transparentes, e que até o são há décadas.
Ainda a propósito da telenovela PGR, mais uma vez vários defendem que foram muitos claros, transparentes, e que até o são há décadas.
Quem sou eu para dizer, quanto mais provar, que é ou não exactamente assim.
Mas uma coisa posso dizer sem receio de errar, é que é exactamente pelos procedimentos de há décadas de muitos dos vários "meninos e meninas", pelas suas transparências, pelas suas ligações, pela clareza, pelo serviço devotado à causa pública, pelo enveredar pelo direito administrativo (que até dá mais dinheiro), pelo afastar de compadrios/ nepotismos/ amiguismos/ favorecimentos/ informação privilegiada e lojas, que Portugal é o que é!
Outra coisa pode ser lembrada, a maioria dos meus concidadãos poderá ser e estou convencido que anda lá muito perto, PACÓVIA, uma cambada de PACÓVIOS, no linguajar de uma "integra" pessoa que por aí anda, mas existem uns milhares que o não são.
Pode ter-se cara de parvo, o que não é indício seguro de que se é parvo.
Mas quer os actuais inquilinos dos palácios quer os seus mastins continuam a safar-se nas suas esperteza porque o pessoal é de facto muito manso.
Quando alguns se insurgem, em termos adequados e sempre dentro de portas, sem publicidade ou alarido em reuniões, não infringindo regras básicas da profissão, e não tendo dores nas costas por terem andado sempre curvos e venerandos e, adicionalmente, mantêm consideração por vários por lhes reconhecer méritos incluindo alguns com quem tiveram desaguisados, ás vezes, com sorriso e claros indícios de amizade e consideração, são indicados como tendo o nariz empinado. Título que se aprecia e guarda, sobretudo por ter vindo de quem veio. Conheço muito bem um assim!!!
Mas, como esse, também não sou parvo.
Podem Marcelo, Sócrates, Ricardo Salgado, Costa, outros Costas, e outros Salgados, Medinas, Catarinas e Louçãs, Arménios e companhia, dizer o que quiserem, que os bebés não chegam de Paris.
Quando me F**** e não me beijam na boca fico muito irritado.
E tenho uma colecção enorme de casos concretos, da profissão e fora dela, para me virem com falsidades para memória futura.
AC
22 SETEMBRO
> 1792 - Proclamação da primeira República Francesa
> 1833 - Regressada de França, D.Maria II chega ao Tejo
> 1862 - Importante, decisiva, proclamação da emancipação dos escravos por parte de Abraham Lincoln
> 1979 - Angola, José Eduardo dos Santos sucede a Agostinho Neto como presidente da república
> 1982 - Pancadaria Irão - Iraque; durou até 1988
AC
> 1792 - Proclamação da primeira República Francesa
> 1833 - Regressada de França, D.Maria II chega ao Tejo
> 1862 - Importante, decisiva, proclamação da emancipação dos escravos por parte de Abraham Lincoln
> 1979 - Angola, José Eduardo dos Santos sucede a Agostinho Neto como presidente da república
> 1982 - Pancadaria Irão - Iraque; durou até 1988
AC
sexta-feira, 21 de setembro de 2018
A PROPÓSITO da PGR (1)
Na sequência do meu postal anterior, umas palavras adicionais.
Primeiro, mais uma vez, jogaram bem, próprio de mafiosos.
Segundo, o que define a Constituição desta ainda desgraçada República.
CRP
Artº 220º (Procuradoria-Geral da República)
…...
3. O mandato do Procurador - Geral da República tem duração de seis anos, sem prejuízo do disposto na alínea m) do artigo 133º.
Artº 133º - (Competência quanto a outros orgãos)
Compete ao Presidente da República, relativamente a outros orgãos:
…..
m) Nomear e exonerar, sob proposta do Governo, o presidente do Tribunal de Contas e o Procurador-Geral da República
Como é evidente, a esmagadora maioria dos meus concidadãos está-se borrifando para a CRP, excepto no que toca a direitos. DEVERES não, aliás a CRP expressa poucos, e nem expressa as coisas por ordem alfabética como deveria ser, em meu entender naturalmente, DEVERES primeiro, e depois os DIREITOS.
Mas não, é o País em que todos querem ser doutores ou engenheiros, e cuidam dos seus direitos. Deveres, isso é que era bom.
No processo que agora teve desfecho com a sorrateira nomeação da nova PGR ao fim do dia 20 de Setembro pp, depois da "sapiência", quase parecendo uma coisa que não me permito aqui expressar, que eu tenha reparado nunca veio a público notícia clara dos desejos de António Costa, de Marcelo Rebelo de Sousa, ou da própria Joana Marques Vidal. Admito que em privado Costa tenha indicado sem margens para dúvidas que não a queria, o que me parece quase certo, escudado ainda por cima na CRP. E atiçou os mastins logo em Janeiro, sendo que um dos dois maiores mastins destilou baba há pouco dias.
Palpita-me que Marcelo não se incomodasse muito com o assunto, creio mesmo que nada se incomodou, e obviamente que disfarçaria hoje, de tarde, na conferência sobre corrupção onde lhe endereçou muitos elogios muitos sorrisos. Entretanto, vários, nos OCS e não só, foram minando os terrenos. E a maioria sem perceber.
Na sequência do meu postal anterior, umas palavras adicionais.
Primeiro, mais uma vez, jogaram bem, próprio de mafiosos.
Segundo, o que define a Constituição desta ainda desgraçada República.
CRP
Artº 220º (Procuradoria-Geral da República)
…...
3. O mandato do Procurador - Geral da República tem duração de seis anos, sem prejuízo do disposto na alínea m) do artigo 133º.
Artº 133º - (Competência quanto a outros orgãos)
Compete ao Presidente da República, relativamente a outros orgãos:
…..
m) Nomear e exonerar, sob proposta do Governo, o presidente do Tribunal de Contas e o Procurador-Geral da República
Como é evidente, a esmagadora maioria dos meus concidadãos está-se borrifando para a CRP, excepto no que toca a direitos. DEVERES não, aliás a CRP expressa poucos, e nem expressa as coisas por ordem alfabética como deveria ser, em meu entender naturalmente, DEVERES primeiro, e depois os DIREITOS.
Mas não, é o País em que todos querem ser doutores ou engenheiros, e cuidam dos seus direitos. Deveres, isso é que era bom.
No processo que agora teve desfecho com a sorrateira nomeação da nova PGR ao fim do dia 20 de Setembro pp, depois da "sapiência", quase parecendo uma coisa que não me permito aqui expressar, que eu tenha reparado nunca veio a público notícia clara dos desejos de António Costa, de Marcelo Rebelo de Sousa, ou da própria Joana Marques Vidal. Admito que em privado Costa tenha indicado sem margens para dúvidas que não a queria, o que me parece quase certo, escudado ainda por cima na CRP. E atiçou os mastins logo em Janeiro, sendo que um dos dois maiores mastins destilou baba há pouco dias.
Palpita-me que Marcelo não se incomodasse muito com o assunto, creio mesmo que nada se incomodou, e obviamente que disfarçaria hoje, de tarde, na conferência sobre corrupção onde lhe endereçou muitos elogios muitos sorrisos. Entretanto, vários, nos OCS e não só, foram minando os terrenos. E a maioria sem perceber.
A própria JMV entendeu nunca se manifestar publicamente, nunca quebrar o “tabu”. Porque o deveria fazer? Penso que fez bem, foi trabalhando. Quem tinha a responsabilidade e a legitimidade sobre o assunto que se preocupasse. Confessou aliás que nunca falaram com ela sobre o assunto.
A sensação que me fica é que, de facto, a Dra Joana Marques Vidal foi afastada por reiteradamente incomodar poderosos, de bandas e cores variadas, mas com muita ênfase para os Sócrates e Varas neste Portugal de corrupção, banqueiros poderosos aliás sempre rodeados dos do costume para os defender, poderosos do futebol os quais são poderosos porque entrelaçados com outros poderosos bem conhecidos.Não sou jurista de formação, mas algumas pequeninas coisas sei do “Direito”.
Natural e infelizmente, os partidos políticos e muitos políticos comportaram-se como é costume, enlameando tudo. Uma corja. Politizaram uma coisa que nunca o deveria ter sido. Mas quer Costa quer Marcelo, nunca fizeram voz grossa para desqualificar essas atitudes, em crescendo desde Janeiro passado. "Ah, é a riqueza da democracia". Ah, é a independência dos poderes. Quando convém, digo eu.
A recondução de JMV devia ser uma coisa natural face ao trabalho havido? Não sei, e não sendo jurista, o que me parece é que a CRP é clara quando ao mandato longo de 6 anos. Vários interpretam que da leitura do 133º é possível a recondução, penso que quererão dizer, se um PR quiser forçar.........
Mas no meio de explicações e desmentidos que já vieram hoje a público, aumenta a minha convição da porcaria que esteve por detrás da decisão de 20 de Setembro.
Não sou jurista, mas parece-me fazer sentido um mandato longo e único. JMV parece ter desenvolvido um muito bom trabalho.
Para começar, e para lá dos processos, penso que limpou de facto muita porcaria do antecedente. Vejo por aí muitos a tecerem considerações sobre os poderes efectivos do PGR. Não sendo jurista, atrevo-me a dizer que a maioria soa-me a disparate. Vejo poucos a escrever sobre a matéria com segurança, com conhecimento, e com referências.
Alguns dizem que no estado actual do MP, já não é a pessoa A ou B que é requerida para um melhor combate à corrupção. O MP é uma estrutura muito hierarquizada e com muitos magistrados novos, e portanto (afirmação SEM se RIR) o poder político já não pode mudar rumos de investigações. (???????)
Talvez não tenham conhecimento de um certo País e de um certo ministro da justiça que fez exactamente isso por portas travessas. Ah, dizem, porque os titulares dos processos são autónomos. POIS!
O ex-PM Passos Coelho entendeu publicitar o seu desconsolo e saudar e homenagear JMV. Liberdade que lhe asssite mas é mais uma politização do caso. Diz, a meu ver, coisas que me parecem corresponder à realidade, mas o resultado disso é nulo. Necessário, desnecessário?
Passo Coelho fala na - sem surpresa - que para mim também não foi. A manchete do Expresso, que alguns ridicularizaram como exemplo de mais um “não acertar uma”, pelo contrário, tenho-a como integrante do brilhantismo da manobra Marcelo-Costa. Muitos engoliram.
Marcelo, sobre as palavras de PC, dirá com o sorrizinho habitual,
não não, fiz em 21 de Setembro um elogio para memória futura e quando for a posse da nova PGR vou medalhar JMV!
Passos Coelho não terá lido bem a CRP. Há quem interprete que o PR pode reconduzir. Tenho as maiores dúvidas, mas não sou jurista.
Falar em noite das facas longas talvez seja excessivo. O que penso está acima reflectido.
Mas é evidente que a democracia no nosso País enfrenta ainda perigos claros de subversão do sistema. Por isso, vários se apoderaram de bocados do que é de todos nós. É por demais evidente, que muitos que são hoje titulares de orgãos de soberania são/ foram Socretinos. É preciso nunca esquecer. NUNCA.
Quando alguns lembram a oligarquia portuguesa penso que acertam em grande medida. E nada me comove uns pantomineiros prosseguirem os meses com frases como - há anos que não estou com ele.
Por último, o PR, muito amigo dos seus amigos, entendeu que a nova PGR preenche todos os requisitos para a função/ cargo.
Vamos aguardar.
Mas no meio de explicações e desmentidos que já vieram hoje a público, aumenta a minha convição da porcaria que esteve por detrás da decisão de 20 de Setembro.
Não sou jurista, mas parece-me fazer sentido um mandato longo e único. JMV parece ter desenvolvido um muito bom trabalho.
Para começar, e para lá dos processos, penso que limpou de facto muita porcaria do antecedente. Vejo por aí muitos a tecerem considerações sobre os poderes efectivos do PGR. Não sendo jurista, atrevo-me a dizer que a maioria soa-me a disparate. Vejo poucos a escrever sobre a matéria com segurança, com conhecimento, e com referências.
Alguns dizem que no estado actual do MP, já não é a pessoa A ou B que é requerida para um melhor combate à corrupção. O MP é uma estrutura muito hierarquizada e com muitos magistrados novos, e portanto (afirmação SEM se RIR) o poder político já não pode mudar rumos de investigações. (???????)
Talvez não tenham conhecimento de um certo País e de um certo ministro da justiça que fez exactamente isso por portas travessas. Ah, dizem, porque os titulares dos processos são autónomos. POIS!
O ex-PM Passos Coelho entendeu publicitar o seu desconsolo e saudar e homenagear JMV. Liberdade que lhe asssite mas é mais uma politização do caso. Diz, a meu ver, coisas que me parecem corresponder à realidade, mas o resultado disso é nulo. Necessário, desnecessário?
Passo Coelho fala na - sem surpresa - que para mim também não foi. A manchete do Expresso, que alguns ridicularizaram como exemplo de mais um “não acertar uma”, pelo contrário, tenho-a como integrante do brilhantismo da manobra Marcelo-Costa. Muitos engoliram.
Marcelo, sobre as palavras de PC, dirá com o sorrizinho habitual,
não não, fiz em 21 de Setembro um elogio para memória futura e quando for a posse da nova PGR vou medalhar JMV!
Passos Coelho não terá lido bem a CRP. Há quem interprete que o PR pode reconduzir. Tenho as maiores dúvidas, mas não sou jurista.
Falar em noite das facas longas talvez seja excessivo. O que penso está acima reflectido.
Mas é evidente que a democracia no nosso País enfrenta ainda perigos claros de subversão do sistema. Por isso, vários se apoderaram de bocados do que é de todos nós. É por demais evidente, que muitos que são hoje titulares de orgãos de soberania são/ foram Socretinos. É preciso nunca esquecer. NUNCA.
Quando alguns lembram a oligarquia portuguesa penso que acertam em grande medida. E nada me comove uns pantomineiros prosseguirem os meses com frases como - há anos que não estou com ele.
Por último, o PR, muito amigo dos seus amigos, entendeu que a nova PGR preenche todos os requisitos para a função/ cargo.
Vamos aguardar.
Se o tempo vier a demonstrar o contrário aí será ouvido - ah não, não comento, o MP é completamente autónomo.
AC
AC
A PROPÓSITO da FUTURA PGR
Brilhante, é uma palavra que me ocorre.
Enquanto o jornal Expresso e outros cantavam loas sobre o tabu de Marcelo, enquanto designadamente o Expresso quase garantia a recondução da actual PGR, enquanto Marcelo se despedia da sua Faculdade e da Universidade, pouco depois da "sapiência", o "sítio" da Presidência informava a sucessão de Joana Marques Vidal.
BRILHANTE, penso que é o mínimo que se pode dizer da condução deste processo por parte dos PM e PR.
Agora, os jornais e os jornalistas e as "comentadeiras" avençadas e não avençadas, e as dos partidos políticos, irão fazer todas as elucubrações, quem perde e ganha, e por aí fora.
Aparentemente, se percebi bem, espero que sim, a senhora agora designada é da mesma "escola" e não será tola nenhuma.
Aguardemos.
Mas, eu arriscaria dizer, que bastará não estragar o que foi feito até ao presente e lembrar, SEMPRE, que mais vale ter cuidado que remediar depois, que pode já ser tarde.
AC
Brilhante, é uma palavra que me ocorre.
Enquanto o jornal Expresso e outros cantavam loas sobre o tabu de Marcelo, enquanto designadamente o Expresso quase garantia a recondução da actual PGR, enquanto Marcelo se despedia da sua Faculdade e da Universidade, pouco depois da "sapiência", o "sítio" da Presidência informava a sucessão de Joana Marques Vidal.
BRILHANTE, penso que é o mínimo que se pode dizer da condução deste processo por parte dos PM e PR.
Agora, os jornais e os jornalistas e as "comentadeiras" avençadas e não avençadas, e as dos partidos políticos, irão fazer todas as elucubrações, quem perde e ganha, e por aí fora.
Aparentemente, se percebi bem, espero que sim, a senhora agora designada é da mesma "escola" e não será tola nenhuma.
Aguardemos.
Mas, eu arriscaria dizer, que bastará não estragar o que foi feito até ao presente e lembrar, SEMPRE, que mais vale ter cuidado que remediar depois, que pode já ser tarde.
AC
DEFESA NACIONAL e os MALABARISTAS do COSTUME
Costa prometeu mais investimento em Defesa
(retirado de jornal Público; apenas o título a rosa é o do jornal; o primeiro é meu; os sublinhados são da minha responsabilidade)
Tenho estado a recordar coisas recentes vindas a público.
Uma é esta.
Num discurso no passado dia do Estado-Maior General das Forças Armadas, não sei se por algum assessor lhe ter mostrado o boneco em baixo, sem contudo lhe explicar que não real e de cá, mas sim que é um boneco muito antigo publicado nos EUA,
o primeiro-ministro reafirmou que a intenção é a de fazer crescer as despesas “de defesa até atingir 1,66% do PIB em 2024” o que, acrescentando fundos comunitários, pode chegar a “1,98% do PIB nesse mesmo ano.
Um investimento que para Costa “encerra uma grande exigência e constitui para o país um enorme desafio. Mas é um desafio que deve ser encarado como uma oportunidade”, disse no discurso perante os vários chefes das Forças Armadas. É uma “oportunidade para modernizar e reforçar as capacidades das Forças Armadas, na medida em que a protecção do interesse nacional assim o exige. Mas, ao mesmo tempo, apostando em capacidades de duplo uso que venham ao encontro de outras necessidades do país”, disse
“Sempre que possível, deve-se investir nas Forças Armadas e na Defesa Nacional de uma forma que crie oportunidades de robustecimento do sistema científico e tecnológico e da indústria nacionais, favorecendo a criação de emprego qualificado no país, estimulando as exportações, desenvolvendo e valorizando as nossas infra-estruturas, dinamizando, enfim, a nossa economia", acrescentou.
Já no que diz respeito à aposta integrada no reforço da defesa a nível europeu, o primeiro-ministro considera que esta tem sofrido “avanços extraordinários, em particular no último ano”. Para António Costa, o empenho de Portugal no reforço da área da defesa europeia é estratégico, apesar de, admite, o “alcance provavelmente só ao longo dos próximos anos poderemos apreciar plenamente”.
Além das missões no exterior, aos militares, o primeiro-ministro agradeceu “o apoio às populações, em particular em situações de emergência que obrigam ao reforço da nossa protecção civil, designadamente no âmbito do sistema de gestão integrada dos fogos rurais”.
Este PM, como muitos dos seus antecessores, canta bem mas pouco encanta, a mim pelo menos nada encanta.
Porque fica a sensação de mais uma aldrabice pomposa?
Na fotografia que apareceu nos jornais parece legítimo pensar que o PM estava ainda muito contraído ao assistir ao desfile militar, quase dando a impressão de ainda lhe doer o estômago. Qualquer coisa que comeu e lhe fez mal, algum petisco da zona de Tancos?
Estando a passar em região pelos arquivos recentes, escrevo isto tudo sobre coisa relativamente recente depois de, mais uma vez, verificar a crescente incoerência entre os discursos pomposos e a realidade. Como é o caso da lástima em que se encontra o hospital das Forças Armadas.
Sobre isto, o actual comandante supremo das Forças Armadas devia ser forte.
AC
(retirado de jornal Público; apenas o título a rosa é o do jornal; o primeiro é meu; os sublinhados são da minha responsabilidade)
Tenho estado a recordar coisas recentes vindas a público.
Uma é esta.
Num discurso no passado dia do Estado-Maior General das Forças Armadas, não sei se por algum assessor lhe ter mostrado o boneco em baixo, sem contudo lhe explicar que não real e de cá, mas sim que é um boneco muito antigo publicado nos EUA,
o primeiro-ministro reafirmou que a intenção é a de fazer crescer as despesas “de defesa até atingir 1,66% do PIB em 2024” o que, acrescentando fundos comunitários, pode chegar a “1,98% do PIB nesse mesmo ano.
Um investimento que para Costa “encerra uma grande exigência e constitui para o país um enorme desafio. Mas é um desafio que deve ser encarado como uma oportunidade”, disse no discurso perante os vários chefes das Forças Armadas. É uma “oportunidade para modernizar e reforçar as capacidades das Forças Armadas, na medida em que a protecção do interesse nacional assim o exige. Mas, ao mesmo tempo, apostando em capacidades de duplo uso que venham ao encontro de outras necessidades do país”, disse
“Sempre que possível, deve-se investir nas Forças Armadas e na Defesa Nacional de uma forma que crie oportunidades de robustecimento do sistema científico e tecnológico e da indústria nacionais, favorecendo a criação de emprego qualificado no país, estimulando as exportações, desenvolvendo e valorizando as nossas infra-estruturas, dinamizando, enfim, a nossa economia", acrescentou.
Já no que diz respeito à aposta integrada no reforço da defesa a nível europeu, o primeiro-ministro considera que esta tem sofrido “avanços extraordinários, em particular no último ano”. Para António Costa, o empenho de Portugal no reforço da área da defesa europeia é estratégico, apesar de, admite, o “alcance provavelmente só ao longo dos próximos anos poderemos apreciar plenamente”.
Além das missões no exterior, aos militares, o primeiro-ministro agradeceu “o apoio às populações, em particular em situações de emergência que obrigam ao reforço da nossa protecção civil, designadamente no âmbito do sistema de gestão integrada dos fogos rurais”.
Este PM, como muitos dos seus antecessores, canta bem mas pouco encanta, a mim pelo menos nada encanta.
Porque fica a sensação de mais uma aldrabice pomposa?
Na fotografia que apareceu nos jornais parece legítimo pensar que o PM estava ainda muito contraído ao assistir ao desfile militar, quase dando a impressão de ainda lhe doer o estômago. Qualquer coisa que comeu e lhe fez mal, algum petisco da zona de Tancos?
Estando a passar em região pelos arquivos recentes, escrevo isto tudo sobre coisa relativamente recente depois de, mais uma vez, verificar a crescente incoerência entre os discursos pomposos e a realidade. Como é o caso da lástima em que se encontra o hospital das Forças Armadas.
Sobre isto, o actual comandante supremo das Forças Armadas devia ser forte.
AC
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